terça-feira, 25 de maio de 2010

Las Drogas


Guerra às Drogas: US$ 1 trilhão gastos inultilmente. Balanço de 40 anos feito pela Associated Press


1. A agência norte-americana Associated Press (AP) é a mais antiga do mundo e está entre as três maiores difusoras de informação e conteúdo jornalístico.
Além de difundir informação, a AP apresenta, na seção Impact, análises políticas. E essas análises são capazes, pelo prestígio editorial, de mexer com a cabeça dos americanos e influenciar a opinião pública.
Para a AP, os 40 anos de War on Drugs promovida pelos EUA resultaram em trilhões de dólares jogados no ralo e milhares de vidas perdidas sem nenhum resultado útil. Pelos cálculos da AP, foram gastos inutilmente US$ 1 trihão.
Com base em dados, o editorial-balanço da AP destaca que a War on Drugs (iniciada na presidência de Richard Nixon depois do fracasso no Vietnã e para justificar as centenas de soldados americanos que voltaram ao país dependentes de heroína) resultou no aumento do consumo e da violência, esta cada vez mais brutal.
Na matéria Impact, um dos alvos é o presidente Barack Obama e o seu czar antidrogas Gil Kerlikowske, um ex-policial. E Obama é atacado pela sua “nova estratégia para enfrentar a questão das drogas”, lançada em 11 de maio passado.
Segundo a AP, a estratégia de Obama é enganosa. Ou seja, o presidente diz uma coisa e realiza outra. Na verdade, Obama muda apenas no discurso. Isto porque, conforme ressalta a AP, dá prosseguimento à política de guerra às drogas dos seus antecessores:“A sua administração cuidou de aumentar – e virou recordista – os financiamentos às autoridades judiciárias e de polícia, seja em termos absolutos de dólares, seja em termos porcentuais. Neste ano de 2010, o aparato repressivo receberá US$10 bilhões dos US$15,5 bilhões disponíveis para enfrentar amplamente o problema representado pelas drogas ilícitas”.
Em outras palavras, Obama, no início do seu mandato presidencial, considerou a War on Drugs um grande equívoco dos seus antecessores. E prometeu mudanças. Só que o presidente, por exemplo, deu sinal verde para a construção de bases militares, voltadas ao combate militarizado às drogas, na Colômbia e próximas à fronteira com a Venezuela.
Como se nota, trata-se a mesma geoestratégia militarizada usada pelos antecessores, objeto da política de Guerra às Drogas fora do território norte-americano. A propósito, era intenção de Obama realizar, no Afeganistão, uma adaptação do Plan Colombia. Pretendia erradicar, manualmente (não com aviões a despejar herbicidas, como na Colômbia), as áreas de plantio de papoula. Como percebeu que os senhores da guerras (chefes de etnias) eram contrários, Obama mudou de idéia.
Até agora e com relação ao fenômeno representado pelas drogas ilícitas, a AP produziu as críticas mais contundentes contra o presidente Obama.
Só para recordar, o ponto fulcral da “nova estratégia” apresentada por Obama está na redução, nos próximos cinco anos (1) de 15% no número de usuários de drogas proibidas e (2) de 15% nas mortes logo após, ou logo depois, do consumo. Para isso, o governo promete incrementar e priorizar a prevenção e o tratamento.
PANO RÁPIDO. Apesar da mudança anunciada (a War on Drugs dar lugar à prevenção e ao tratamento), continuam a atuar os chamados tribunais para dependentes químicos.
Nesses tribunais, quem é encontrado com droga proibida para uso próprio é indagado se prefere ser submetido a tratamento compulsório ou se opta pela prisão. No primeiro caso, é avisado que se voltar a ser surpreendido com drogas para uso, cumprirá duas penas, com a última agravada pela reincidência.
Os tribunais para dependentes químicos, regiamente contemplados com recursos financeiros na estratégia Obama, nada mais são do que uma invenção do antecessor W. Bush e sua política de militarização. Trata-se de uma vertente judiciária repressiva da War on Drugs. É a vertente da criminalização e da prisão do usuário.
Tudo mudar para que rudo continue como está, é fórmula muito antiga e anunciada no livro O Gattopardo, do grande escritor Tomasi di Lampedusa. Pelo jeito, Obama leu e gostou.
Wálter Fanganiello Maierovitch

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Denominação de Origem (Doc do vinho) também para maconha, coca e heroína

Terra Brasil

O apreciador de vinho sempre dá uma olhada, antes de comprar, no rótulo da garrafa. Isto para verificar se existe o carimbo “DO” (Denominação de Origem-região específica) ou “DOC” (Denominação de Origem Controlada). Segundo contam os especialistas em vinho, os dois expediente, “DO” e “DOC” tranqüilizam o consumidor, que já foi muito enganado.
Na França, todo o policial e consumidor acreditam que a maconha, o haxixe, o óleo e o queijo de haxixe disponibilizados no mercado interno do país são originários do Marrocos. Não pelo “DO” ou “DOC”, mas porque o Marrocos, que tem o seu produto interno bruto (PIB) dependente da erva canábica, é o maior produtor mundial.
Para se ter idéia, o Marrocos atende a 30% do consumo mundial e, só para Europa, é responsável por 80% do ofertado.
A produção marroquina anual é estimada em 2.700 toneladas. Só no Vale do RIF são cultivados 120.500 hectares e mais de 96 mil famílias estão envolvidas e dependem da produção da erva, do haxixe e do óleo.
Como as máfias não observam limitações de fronteiras e são precursoras do Tratado de Maastricht (criou o Mercado Comum Europeu) as drogas proibidas ofertadas estão cada vez mais misturadas e impuras. A certeza dos franceses não mais se sustenta quanto ao consumo de produto canábico marroquino. Por outro lado, as máfias ainda não usam o “DO” e o “DOC”.
Com efeito. Um grupo de cientistas autralianos desenvolveu uma técnica que consegue, com relação ao chá, maconha, coca e heroína, identificar o país e a região de origem. Assim, a referida técnica poderá ajudar as autoridades na repressão e melhorar os dados recolhidos pelos observatórios internacionais, como, por exemplo, o Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência.
O grupo australiano trabalhou apenas com amostras de chá. Trata-se de grupo da Universidade da Austrália Ocidental e que se dedica à química analítica e forense.
Segundo o estudo produzido, “a técnica chamada ‘geographical provenancing’, além de assegurar qualidade e autenticidade dos produtos, poderá servir para identificar a origem de drogas como cannabis, heroína e coca”.
O professor John Waltling, responsável pelo grupo de pesquisadores, declarou em entrevista: “Analisamos o chá porque a polícia alfandegária não nos permitiu importar cannabis, coca e heroína. Desejamos deixar claro que é possível analisar um produto natural e descobrir as origens. Já temos a ‘ impressão digital’ de plantações de chá da Índia e de outros países do mundo”
Pano Rápido. Para o professor Walting, o grande valor da pesquisa é o de fornecer precioso dado científico a ajudar na repressão ao tráfico ilegal de drogas.
Referido professor frisou, com relação à identificação da origem, que a “planta absorve matérias do solo (ou da solução hidropônica se é cultivada artificialmente). Também nela conterá o indicativo de um elemento do fertilizante empregado, ou à geologia e tipo de solo, etc, etc”. Com igual técnica, prossegue o professor, pode-se demonstrar que a heroína, ou a coca, ou a maconha, vêm de uma particular região geográfica.
—Wálter Fanganiello Maierovitch–

Mick Jagger quer legalização da maconha em ilha britânica



RIO - O Rolling Stone Mick Jagger quer que o governo britânico libere o uso da maconha em uma ilha para testar se a legalização é capaz de reduzir os índices de violência.
Segundo o site Contactmusic, o cantor sugere que a experiência seja realizada em Isle of Man (protetorado da Coroa Britânica no Mar da Irlanda) por um tempo limitado. Jagger acredita que os jovens sempre terão interesse em experimentar drogas, mesmo cientes dos riscos de graves efeitos colaterais.

"Toda a questão da legalização das drogas é preocupante. Essa experiência é como você testar um novo produto em uma pequena comunidade ou em uma ilha em algum lugar. E, na Inglaterra, eles sempre testam novos aparelhos de telefone em Isle of Man. Eles têm uma sociedade em cativeiro.", afirmou o cantor ao apresentador de TV americano Larry King.
"Então, eu disse, vocês devem testar a legalização das drogas em Isle of Man e ver o que acontece... O ser humano tem uma propensão a querer consumir drogas de alguma maneira", completou o cantor.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Marina propõe plebiscito sobre maconha


Candidata diz ser contra a descriminalização da droga e o procedimento, mas defende debate pela sociedade
Isabel Marchezan:
A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, se disse contrária à descriminalização da maconha e ao aborto, mas defendeu plebiscitos para que a população decida qual deve ser a regulação sobre os assuntos. Sabatinada no Painel RBS, ontem, em Porto Alegre, ela também defendeu redução da jornada de trabalho.
A pré-candidata verde disse não ter convicção de que a liberação do uso da maconha ajudaria a reduzir o tráfico.
— Não sou favorável (à legalização da maconha). Existem pessoas sérias favoráveis, achando que ajudaria a combater o tráfico de drogas, como é o caso do Gabeira (o deputado Fernando Gabeira, pré-candidato a governador do Rio pelo PV) e do presidente Fernando Henrique, do PSDB. Eu me uno às pessoas que acham que a questão é complexa para imaginar que, com descriminalização ou liberalização, ajudaríamos a resolver o problema. Como não é decisão do Executivo, é do Congresso, proponho um plebiscito para que a sociedade tenha a oportunidade de debater.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Maconha ao volante. Cai outro mito do proibicionismo

1. Droga psicoativa no volante tira o sono e aguça os sentidos. Por outro lado, não fornece pré-aviso de quando o seu efeito vai acabar.
Os caminhoneiros brasileiros, usuários do chamado “rebite”, sabem do risco e dos inúmeros companheiros que morreram quando o efeito da droga findou. Sem aviso prévio, eles mergulharam num sono profundo, com total perda de controle do veículo e da carga transportada.
Na Europa e nos EUA as campanhas e as fiscalizações são intensas. Álcool ou drogas proibidas são detectadas em confiáveis e seguros testes aplicados nas estradas. Nada de bafômetro, um equipamento superado e, por lá, já não aceito como prova técnica para condenar em processo judicial ou para sustentar imposição de sanção administrativa por infração à lei de trânsito.
2. Quanto à maconha, vários estudos realizados a partir dos anos 70 apontavam para riscos decorrentes de redução da atenção e dos reflexos. A maconha é uma droga cujo princípio ativo tem a capacidade de perturbar o sistema nervoso central.
3. Um novo estudo científico acaba de ser apresentado, com resultado surpreendente. A sua conclusão joga uma pá de cal em cima do mito do risco maior.
O estudo focou na capacidade do jovem em dirigir veículos automotores sob efeito de maconha, já com TCH (princípio ativo) mais potente que aqueles objeto de anteriores pesquisas.
O trabalho decorreu do fato de um motorista em cada grupo de seis jovens dirigir sob efeito de maconha, fumada com finalidade recreativa, lúdica.
A avaliação é do Olin Neuropsychiatry Research Center de Hartford. Acaba de ser publicado na revista científica Journal of Psychoative Drugs.
Os pesquisadores testaram 85 jovens sob efeito canábico.
Pela primeira vez numa pesquisa desse gênero participaram jovens do sexo feminino, ou seja, 35 mulheres.
Além da simulada prova da direção sem obstáculos ou surpresas, os participantes foram postos em situações especiais, surgidas de improviso. Também passaram por simulações que comumente distraem a atenção de um motorista.
O grupo que havia feito uso da erva canábica não apresentou — ao dirigir nas simulações relativas às situações normais ou com obstáculos surpreendentes — nenhuma reação diferente do grupo dos que dirigiam sóbrios.
Os pesquisadores concluíram que, como regra, aquele que dirige sob efeito de maconha tende a trafegar em velocidade reduzida. Existe um freio inibitório.
A única diferença notada diz respeito à capacidade de atenção ao volante. Colocados em situações geradores de distrações, os grupos de usuários de maconha apresentou uma “mínima capacidade de perda de concentração”.
Nenhuma diferença foi notada entre homens e mulheres testados sob efeito canábido.
Pano Rápido. Trata-se de um estudo científico que vai se abrir a críticas e contestações. Se vingar, cai mais um mito, que apontava para a desatenção e perda de reflexos.
Mais um mito, registre-se. O maior deles era o do risco de morte por overdose para os fumantes de maconha.
Cientificamente, ficou demonstrado que a dose só será mortal se uma pessoa fumar 4 kg de maconha ao dia. Ora, nenhuma pessoa no mundo está em condições de fumar 4 kg ao dia.Wálter Fanganiello Maierovitch

Lula e o pacote de medidas contra o uso de drogas no país


Edson Luiz
Publicação: 18/05/2010 08:24 Atualização: 18/05/2010 08:24
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar um pacote de medidas para combater o uso de drogas no país. O plano nacional, que será apresentado aos prefeitos de todo o país na quinta-feira, envolve três ministérios, a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e terá como um dos focos principais o consumo do crack, que teve um aumento substancial, principalmente entre jovens. Um dos itens do projeto será a criação de centros de tratamento para drogados e a construção de 11 Postos Especiais de Fronteira (Pefrons) nos estados que fazem fronteira com países da América do Sul. O projeto será apresentado hoje ao presidente em exercício, José Alencar.O plano terá a coordenação do Ministério da Justiça, que ficará encarregado das políticas de repressão e prevenção. À pasta da Educação caberá a obrigação de disseminar nas escolas informações sobre o uso de drogas, enquanto o Ministério da Saúde deverá construir unidades de tratamento ao usuário, principalmente nas regiões em que há um volume excessivo de consumo, como nas cracolândias. A Senad vai elaborar programas para que a vítima seja tratada também em casa, uma tentativa de ressocialização do viciado.O governo já definiu que os postos espalhados pela fronteira contarão com a presença de representantes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional de Segurança Pública. Na carona da guerra contra o tráfico de drogas, serão combatidos outros tipos de crimes, como contrabando. Há ainda a intenção de aumentar os chamados territórios da paz, com novas unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) nos estados, que providenciam tratamento psicossocial para as famílias das vítimas e para os viciados.A decisão de adotar novas medidas contra o uso de drogas foi tomada pelo presidente, depois de um encontro entre vários ministros. Lula pediu que o projeto fosse feito em conjunto entre as pastas da Justiça, Educação e Saúde, além da Senad. “Esse tipo de droga (o crack) é o que nos preocupa mais”, disse o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. E ele justifica: o crack vicia mais rapidamente, o que demanda providências imediatas do poder público.Há uma semana, o assessor técnico do Ministério da Saúde Francisco Cordeiro, da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, deu pistas de como será a participação da pasta no plano. As ações, segundo ele, devem contar com a ampliação do atendimento de dependentes nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), criação de casas de apoio, disseminação dos projetos de consultório de rua, além do aumento do número de leitos na rede pública de saúde.Os atuais 231 Caps específicos para o tratamento de usuários de drogas — de um total de 1.502 centros — são insuficientes para atender a crescente demanda de pessoas que desejam largar o vício.CirculaçãoAs autoridades não sabem estimar o volume de pedras que está à venda pelo Brasil, mas as apreensões realizadas pelas polícias mostram que a circulação da droga aumenta a cada ano. Em São Paulo, por exemplo, o crescimento foi de 370% em dois anos, enquanto no Paraná, há cinco anos, foram retiradas 118 mil pedras das ruas.Só que as preocupações do governo também têm reflexos na pré-campanha eleitoral da candidata de Lula, Dilma Rousseff. Isso porque a questão da segurança ainda é um dos itens negativos que aparecem nas pesquisas de opinião pública, apesar de o Ministério da Justiça apostar na eficácia do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), onde pretende investir R$ 6,7 bilhões no setor até 2011.ParceriasCiente de que o governo federal prepara um plano nacional para o enfrentamento do crack, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, apressou-se em divulgar, durante programa de seu partido exibido na semana passada, seu posicionamento sobre o tema. “Nós, brasileiros e brasileiras, vamos estar nessa luta. E nós, mães, vamos estar na linha de frente”, destacou. Acompanhada de um grupo de mulheres, Dilma afirmou que a epidemia do crack deve ser abordada com apoio e carinho, mas com autoridade.E numa demonstração que a preocupação ultrapassa a esfera do governo para fazer parte também de uma eventual administração tucana, o pré-candidato do PSDB, José Serra, discursou no início da noite de ontem no Horto de Juazeiro do Norte, onde fica o santuário de Padre Cícero, e também abordou a guerra contra o crack.Aos pés da estátua, Serra anunciou que, se for eleito, vai construir a ferrovia Transnordestina, acabar com as filas para consultas médicas e criar o Ministério da Segurança.O tucano disse ainda que uma das prioridades do novo ministério será o combate às drogas, em especial ao crack. O pré-candidato pretende repetir o modelo de São Paulo, com parcerias entre governo e instituições religiosas para gerir clínicas de tratamento. Segundo ele, o combate ao crack exige uma política nacional porque o sistema de distribuição da droga é similar a crimes como o contrabando de armas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Médicos querem criar agência para regular uso medicinal da maconha



Dr. Elisaldo Carlini - Unifesp

Brasil proíbe que 'Cannabis' possa ser transformada em remédio.Confira entrevista com especialista que defende uso terapêutico da droga.

Iberê Thenório Do G1, em São Paulo

Começa nesta segunda-feira (17), em São Paulo, um encontro científico internacional para discutir a criação de uma agência reguladora para o uso medicinal da maconha no Brasil. Hoje, o país não permite que os princípios ativos da planta possam se transformar em remédios.

A fundação de um órgão desse tipo é uma exigência da Organização das Nações Unidas. Em países como os EUA, Canadá, Reino Unido e Holanda, a Cannabis já é usada como analgésico, estimulador do apetite ou para o controle de vômitos.

Aqui, o grande defensor de terapias com a maconha é o médico Elisaldo Carlini, que organizou o evento. Segundo ele, as substâncias presentes na planta são muito úteis para serem deixadas de lado. "Há centenas de trabalhos científicos mostrando os efeitos terapêuticos da maconha", afirma.
A maconha já foi considerada quase uma divindade na neurologia para tratamento das dores de origem nervosa."

De acordo com o médico, não é de hoje que se conhece o efeito benéfico da droga. A prova de sua afirmação está em um livro de medicina de 1888, comprado por seu avô, onde a Cannabis constava como remédio.
Carlini, porém, não é favorável à liberalização da maconha para uso recreativo, e nem se encaixa no estereótipo "bicho-grilo", muitas vezes associado aos usuários da droga.
Professor de medicina na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ele tem 79 anos e já foi chefe da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, a atual Anvisa. Hoje, dirige o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e é membro do comitê de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool e drogas.
Confira, abaixo, trechos da conversa que o G1 teve com o médico da Unifesp.
G1 - As substâncias químicas da maconha são tão importantes para a medicina a ponto de haver esse esforço para a criação de uma agência reguladora?
Elisaldo Carlini - Essas substâncias estão reconquistando uma posição que elas tinham no início do século XIX e no início do século XX, quando a maconha era considerada quase uma divindade na neurologia para tratamento das dores de origem nervosa.


Livro de medicina de 1888 já falava sobre o uso da maconha como remédio.
O próprio Dr. John Russell Reynolds, que era médico da Rainha Vitória na Inglaterra no fim do século XIX, dizia que a maconha, quando administrada na dose adequada - e o produto controlado nas suas qualidades -, era um dos medicamentos mais preciosos.
Depois se perdeu totalmente essa visão, e a maconha foi considerada uma droga maldita, uma droga que a ONU coloca como especialmente perigosa, ao lado da heroína, o que é uma coisa totalmente irreal.

Exemplos de uso terapeutico da maconha:
Atenuação de dores crônicas da esclerose múltipla
Diminuição de náuseas durante a quimioterapia
Aumento de apetite para tratamento de anorexia e Aids
Redução da pressão interna do olho no glaucoma
G1 - Não se corre o risco de esses remédios serem usados para "fins recreativos"?
Elisaldo Carlini - Se não houver os devidos cuidados, pode acontecer. É como a morfina, que está disponível, todos os pacientes têm o direito de ter, mas que não deve ficar "à solta", não se pode ter na prateleira de uma farmácia sem maiores cuidados. Terá que haver uma legislação que garanta o controle adequado, como existe na morfina.
Em alguns países onde o delta-9-THC [uma das substâncias da maconha] está sendo comercializado, não há exemplo de desvio. Nesses casos, o fato de a maconha ter se transformado em medicamento tirou um pouco o encanto, o desafio às regras que é muito comum o jovem querer praticar.
G1 - Os pacientes podem ficar dependentes desses remédios?
Elisaldo Carlini - A OMS fez um estudo mundial para investigar casos de dependência causados pelo delta-9-THC e não conseguiu encontrar.
G1 - Como é possível pesquisar maconha no Brasil, já que a venda da droga é proibida?
Terá que haver uma legislação que garanta
o controle adequado,
como existe
no caso da morfina"
Elisaldo Carlini
Elisaldo Carlini - É complicado. Você tem de fazer um projeto que seja aprovado pela sua universidade, onde o comitê de ética opina. Aí é necessário conseguir uma aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também da Anvisa, que tem de aprovar o projeto para liberar a droga. Então a droga tem de ser importada dos Estados Unidos, da Alemanha, onde há cultivo legal. E o governo dos países que vão exportar para o Brasil têm de aprovar, também.
G1 - Você é a favor da liberalização da maconha?
Elisaldo Carlini - Sou a favor da "despenalização". Eu acho que o enfrentamento do uso de qualquer droga não passa por repressão e prisão. Passa por uma educação em que o indivíduo tem de saber o que ele está fazendo. Já esse "liberou total" que estão querendo não traz benefício nenhum. Eu, particularmente, não sou a favor. Mas eu não sou contra a discussão desse assunto.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cannabis terapeutica. Consegnata a malato da Asl Avezzano


droghe.aduc.it

Marco Di Paolo, 42 anni, di Cansano (L'Aquila), ex poliziotto e malato di sclerosi multipla, e' il primo italiano ad avere ricevuto marijuana gratis dalla Asl a scopo terapeutico, in virtu' di una sentenza del Tribunale di Avezzano (L'Aquila), basata sul rispetto dell'articolo 32 della Costituzione, che riconosce il diritto inviolabile alla salute.La consegna della sostanza e' avvenuta nella farmacia dell'ospedale di Sulmona alla presenza degli avvocati dell'uomo, Bartolo De Vita e Maria Teresa Saporito. 'E' una vittoria di tutte le persone che soffrono e che sono costrette, per inspiegabili posizioni ideologiche e politiche - ha detto Di Paolo - a fare a meno di un medicinale che si e' dimostrato, anche scientificamente, essere molto piu' efficace e conveniente dei farmaci attualmente in commercio in Italia'.Sulla vicenda e' intervenuto il farmacologo e direttore dell'Istituto Mario Negri, Silvio Garattini, secondo il quale l'atto di dare marijuana ad un paziente e' 'fatto a scopo compassionevole e molto discutibile, perche' creera' confusione tra la gente'. 'Non ci sono dati che validino l'uso della marijuana come terapia per la sclerosi multipla - spiega Garattini - ne' pronunce dell'autorita' regolatoria. Quando si autorizza a dare della marijuana cosi', da fumare, bisognerebbe calcolare anche i danni di queste 'prescrizioni ingiuntive'.Questa pianta infatti e' cancerogena e tossica quando viene fumata, piu' del fumo di sigaretta'.L'istanza, presentata sette mesi fa, era stata accolta dal Tribunale nel febbraio scorso e oggi Di Paolo ha ricevuto la prima fornitura (270 grammi) che gli consentira' di curarsi per i prossimi tre mesi (tre grammi al giorno).Subito dopo il comitato 'Marco Di Paolo' - sorto a sostegno della battaglia legale portata avanti dall'ammalato - ha fatto partire una raccolta di firme per garantire l'accesso gratuito ai farmaci cannabinoidi da parte dei pazienti affetti da gravi patologie croniche come Sla, sclerosi multripla e ictus.La cura di marijuana costa circa 12 mila euro all'anno a paziente - che potrebbero diventare 5 mila euro se venisse prodotta in Italia - molto meno comunque dei farmaci convenzionali. 'La Regione Abruzzo - ha spiegato l'avvocato De Vita - spende molto e male per l'assistenza sanitaria ai pazienti con patologie neurologiche. La revisione del piano sanitario puo' essere l'occasione per riorganizzare il sistema di assistenza'. "Sono lieto che, pur a colpi di sentenze, l'ideologia venga spazzata via da evidenze scientifiche e cliniche. La persona deve essere sempre al centro dell'azione politica, senza pregiudizi". Cosi' il senatore del Pd Ignazio Marino commenta la somministrazione della sostanza a uso terapeutico di cannabis, avvenuta nell'ospedale di Sulmona a un paziente malato di Sclerosi multipla."Mi chiedo perche' dobbiamo pagare 12 mila euro una cura che ne costerebbe 5 mila, se solo si consentisse di coltivare in Italia lamarijuana a scopo terapeutico", aggiunge Marino."Da anni esistono farmaci derivati dalla cannabis e le ricerche sulla sclerosi multipla dimostrano che possiamo utilizzarli - precisa il senatore, che e' anche medico - sia nei trattamenti sintomatici che come prevenzione di danni maggiori. Usiamo dunque l'Istituto di farmaceutica militare per aiutare i 60 mila malati di sclerosi multipla italiani ai quali ogni anno si aggiungono 1800 nuovi casi. La legge attuale - conclude Marino - non aiuta le tante persone malate che potrebbero trarre beneficio dalla somministrazione attenta ed oculata dei cannabinoidi. Ignorare tanta sofferenza - dice - e' ipocrita e cinico." La novita' nella vicenda di Sulmona e' il fatto che un giudice abbia obbligato, con un provvedimento d'urgenza, un'azienda sanitaria locale a fornire gratuitamente, al di fuori di un trattamento ospedaliero, un medicinale particolarmente costoso a un paziente cronico affetto da una gravissima malattia degenerativa che versi nella condizione di non poter affrontare la spesa necessaria per l'acquisto di tali farmaci. Lo sottolinea il sottosegretario alla presidenza del consiglio Carlo Giovanardi.'Non e' l'uso terapeutico di un farmaco a base di cannabis per un paziente affetto da sclerosi multipla, la novita' introdotta dal giudice del lavoro del Tribunale di Avezzano con l'ordinanza 2 febbraio 2010, oggi resa esecutiva con la consegna del prodotto dai sanitari dell'ospedale di Sulmona' fa notare Giovanardi ricordando che 'risalgono al 2007, i decreti ministeriali che, da un lato, inseriscono il THC, il principio attivo della cannabis, tra i medicinali della Tabella II allegata al testo unico in materia di sostanze stupefacenti, e dall'altro, disciplinano le operazioni di importazione di questi medicinali dai luoghi di produzioni situati in Paesi esteri dal momento che nessuna azienda farmaceutica ha mai intrapreso presso le nostre Autorita' sanitarie l'iter autorizzativo per immissione in commercio in Italia di farmaci che contengano tale principio attivo'.Chiarito questo Giovanardi chiede: 'e' giusto caricare sul Servizio sanitario nazionale il costo di una sorta di galenico industriale con riferimento al quale, a oggi, non esistono in letteratura, evidenze scientifiche di reale efficacia terapeutica e i cui presunti effetti terapeutici possono essere adeguatamente raggiunti con l'impiego di altri farmaci tradizionali meno costosi, senz'altro piu' sperimentati e di provata efficacia?'.

Zé Celso Martinez


Isso de punir tem que mudar. Sou a favor da total proibição do crack, mas a cocaína e a maconha devem ser tratados pelos ministérios da Saúde e da Cultura. A maconha é um santo remédio. Eu tô fumando um baseado agora, porque sou cardíaco e a maconha dilata minhas artérias e melhora a respiração. Tenho uma produtividade muito grande com ela. Cocaína não posso cheirar, tenho problemas cardíacos. Freud usava cocaína para escrever. Há casos graves, eu sei, mas o crack que é o problema. Discordo da ideia de punição. Acho que Dilma poderia ir muito mais longe. Ela era do PDT, tem essa origem trabalhista, precisa resgatar esse lado. E eu adorava o Brizola!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dilma e o Crack

Revista Época
qua , 12/5/2010
Ricardo Mendonça1 Tags: , , ,
Na sua primeira entrevista como candidada oficial do PT à presidência, em fevereiro, Dilma Rousseff falou à revista ÉPOCA sobre sua grande preocupação com o crack, droga que se alastra pelo país: “Não acho que podemos tratar da droga com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. Crack mata, é muito barato e está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades”, disse.
Em entrevistas para outros veículos impressos, no rádio e na TV, como na conversa com o apresentador José Luiz Datena, Dilma voltou a falar sobre crack. Seu posicionamento, a promessa de “enfrentar essa ameaça com autoridade, carinho e apoio”, também aparece no site da candidata. E agora, reaparece constantemente na TV, numa propaganda política veiculada desde o Dia das Mães. Cercada por outras mulheres, Dilma concova a sociedade para “vencer a luta” contra o crack (assista ao vídeo abaixo)
É difícil encontrar alguém que discorde dos perigos associados ao crack e do aumento de sua penetração no interior do país. Mesmo assim, o crack está longe de ser a droga mais consumida no Brasil. Também não parece ter sido alvo prioritário de uma política do governo Lula com força para virar propaganda eleitoral, como é o Bolsa Família ou o PAC. A dúvida é: por que Dilma tem dado tanta ênfase ao assunto?
No meio político, circulam duas hipóteses. A primeira é que o tema serve para associar a imagem de Dilma ao público que atualmente mais apresenta rejeição a sua candidatura: as mulheres, em especial as de meia idade, potenciais mães de adolescentes sujeitos a cair no vício. O segundo motivo seria criar um embaraço para seu principal adversário, o tucano José Serra. É razoável supor que o assunto droga tenha se tornado um pouco mais espinhoso para Serra depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passou a defender a descriminalização da maconha. A atual posição de FHC, completamente diferente daquela implementada por seu governo (1995-2002), é defendida por alguns dos estudiosos mais sérios da área. Devido à conhecida carga de preconceito que envolve o assunto droga em diversos ambientes, porém, trata-se uma posição difícil de ser explicada em campanha eleitoral.
O que os especialistas em drogas têm achado dessa, digamos, “overdose de crack” na campanha de Dilma? Falei com um deles, o antropólogo Mauricio Fiore, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos. Eis sua opinião:
“O crack, hoje, é a droga que mais assusta mesmo, superando até a cocaína, que é bem mais disseminada. Agora, uma coisa é o que os políticos costumam falar sobre drogas em campanhas eleitorais, outra é a política de drogas que adotam em seus governos. A abordagem de Dilma parece populista e conservadora. Se for mesmo só um contraponto eleitoreiro e oportunista à posição de FHC, é lamentável, péssimo sinal. Se Dilma vencer e quiser dar essa ênfase toda ao assunto no governo, terá que tomar cuidado para não cair na tentação populista de adotar uma política autoritária. O primeiro erro seria criar uma rede compulsória de internação. A rede de internação cresceu no governo Lula, é verdade, e precisa crescer mais. Mas a política não pode descambar para a internação industrial, sem critério, tendência preocupante que já pode ser observada em alguns lugares, como São Paulo. Isso não resolve. O segundo desafio é rejeitar qualquer tentativa de aumento da criminalização. A pena para qualquer tipo de tráfico, hoje, é de 5 a 15 anos. Há projetos no Congresso que estabelecem o dobro para o tráfico de crack. Aceitar esse caminho fácil seria outro erro. Isso foi feito há 20 anos nos Estados Unidos e não deu certo. Lotaram as prisões, principalmente de jovens negros, mas o consumo e o tráfico não caiu. Agora, perceberam o erro e já estão recuando.”

AP IMPACT: After 40 years, $ 1 trillion, US War on Drugs failed to meet any of its goals

Los Angeles Times

MEXICO CITY (AP) — After 40 years, the United States' war on drugs has cost $1 trillion and hundreds of thousands of lives, and for what? Drug use is rampant and violence even more brutal and widespread.Even U.S. drug czar Gil Kerlikowske concedes the strategy hasn't worked."In the grand scheme, it has not been successful," Kerlikowske told The Associated Press. "Forty years later, the concern about drugs and drug problems is, if anything, magnified, intensified."This week President Obama promised to "reduce drug use and the great damage it causes" with a new national policy that he said treats drug use more as a public health issue and focuses on prevention and treatment.
Nevertheless, his administration has increased spending on interdiction and law enforcement to record levels both in dollars and in percentage terms; this year, they account for $10 billion of his $15.5 billion drug-control budget.Kerlikowske, who coordinates all federal anti-drug policies, says it will take time for the spending to match the rhetoric."Nothing happens overnight," he said. "We've never worked the drug problem holistically. We'll arrest the drug dealer, but we leave the addiction."His predecessor, John P. Walters, takes issue with that.Walters insists society would be far worse today if there had been no War on Drugs. Drug abuse peaked nationally in 1979 and, despite fluctuations, remains below those levels, he says. Judging the drug war is complicated: Records indicate marijuana and prescription drug abuse are climbing, while cocaine use is way down. Seizures are up, but so is availability."To say that all the things that have been done in the war on drugs haven't made any difference is ridiculous," Walters said. "It destroys everything we've done. It's saying all the people involved in law enforcment, treatment and prevention have been wasting their time. It's saying all these people's work is misguided."___In 1970, hippies were smoking pot and dropping acid. Soldiers were coming home from Vietnam hooked on heroin. Embattled President Richard M. Nixon seized on a new war he thought he could win."This nation faces a major crisis in terms of the increasing use of drugs, particularly among our young people," Nixon said as he signed the Comprehensive Drug Abuse Prevention and Control Act. The following year, he said: "Public enemy No. 1 in the United States is drug abuse. In order to fight and defeat this enemy, it is necessary to wage a new, all-out offensive."His first drug-fighting budget was $100 million. Now it's $15.1 billion, 31 times Nixon's amount even when adjusted for inflation.Using Freedom of Information Act requests, archival records, federal budgets and dozens of interviews with leaders and analysts, the AP tracked where that money went, and found that the United States repeatedly increased budgets for programs that did little to stop the flow of drugs. In 40 years, taxpayers spent more than:— $20 billion to fight the drug gangs in their home countries. In Colombia, for example, the United States spent more than $6 billion, while coca cultivation increased and trafficking moved to Mexico — and the violence along with it.— $33 billion in marketing "Just Say No"-style messages to America's youth and other prevention programs. High school students report the same rates of illegal drug use as they did in 1970, and the Centers for Disease Control and Prevention says drug overdoses have "risen steadily" since the early 1970s to more than 20,000 last year.— $49 billion for law enforcement along America's borders to cut off the flow of illegal drugs. This year, 25 million Americans will snort, swallow, inject and smoke illicit drugs, about 10 million more than in 1970, with the bulk of those drugs imported from Mexico.— $121 billion to arrest more than 37 million nonviolent drug offenders, about 10 million of them for possession of marijuana. Studies show that jail time tends to increase drug abuse.— $450 billion to lock those people up in federal prisons alone. Last year, half of all federal prisoners in the U.S. were serving sentences for drug offenses.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tráfico de drogas usa portadores de Alzheimer

Nos aeroportos, está cada vez mais difícil a vida das “mulas” transportadoras de drogas proibidas, pela vigilância policial implacável.
O conceito de mula ficou, em termos de vigilância em aeroportos, mais amplo. Engloba também terroristas camicases. Não se restringe mais ao transportador de drogas, mas inclui os fanáticos dispostos a explodir aviões, de preferência em vôos com destino aos EUA.
Como as polícias nos aeroportos estão muito atentas e prontas a identificar e reprimir as mulas, uma nova estratégia está sendo empregada por narcotraficantes internacionais e virou objeto de preocupação na Europa.
Com efeito, portadores idosos de Alzheimer estão recebendo, pelo correio, pacotes individualizados nas suas casas. Na etiqueta, o nome é grafado corretamente e o destinatário chamado a assinar a guia comprobatória do recebimento. Esses pacotes logo desaparecem, sem lembrança por parte do doente. Dentro dele, que chega em nome do paciente de Alzheimer são encontradas porções de cocaína pura, debaixo de chinelos ou echarpes.
O último pacote descoberto e apreendido era proveniente da Venezuela. O destinatário, um aposentado de 80 anos, residente em Milão e portador de Alzheimer. Com o pacote na mão, o aposentado foi detido e conduzido, pelo policial disfarçado de carteiro, ao departamento de investigação. E ficou comprovada a sua absoluta incapacidade até para perceber o que estava sucedendo.
Com base na cooperação internacional entre países-membros da União Europeia, o alarme de atenção já foi disparado e campanhas de esclarecimento são preparadas.
Para policiais com experiência na repressão, tudo é planejado para o recebimento do pacote, com alguém pronto a recolher a droga. A ordem para os policiais da linha de frente é não esquecerem de verificar encomendas que cheguem da Venezuela, pois os descobertos com cocaína e destinados a vítimas de Alzheimer foram expedidos por lá.
Wálter Fanganiello Maierovitch

Lya Luft


Livro foca os caminhos do nosso tempo
Em entrevista, a escritora fala sobre os "mitos modernos" e sobre seu novo livro, Múltipla escolha.
Com uma trajetória literária de 30 anos e um repertório de 20 livros publicados, Lya Luft volta à cena num ensaio que reflete sobre os caminhos do nosso tempo. Caminhos e direções que, em sua multiplicidade, indicam não apenas paisagens distintas, mas, sobretudo, escolhas.
Em foco, questões fundamentais, como a velhice e a juventude, os novos dilemas e tabus da sexualidade, a comunicação virtual, as fronteiras entre o privado e o público, drogas, violência, bondade e perversidade, o mal-estar social: elementos-chave da nossa rotina diária.
"Mitos modernos" que criamos para se tornarem senhores de nossa vontade. Em Múltipla escolha (Editora Record), a escritora indaga, debate e transgride com o fervor de alguém que refuta a mediocridade e escolhe a vida. - Em Múltipla escolha, você diz que audácia e fervor são duas palavras de que gosta especialmente. Creio que sejam boas também para descrever a essência de seu novo livro. Quais foram suas principais motivações para escrevê-lo?

Gosto desse jeito mais direto de falar com meu leitor sobre, no fundo, partes do drama existencial humano, e algumas loucuras da nossa sociedade, nossa cultura. Esse tipo de ensaio, no sentido mais original da palavra, "ensaiar -discorrer sobre algum tema", é mais um modo de me expressar. Simples assim. -

Sobre outro trecho do livro: "Sempre foi duro vencer o espírito do rebanho". Você se lembra do momento específico em que percebeu que não poderia fazer parte dele? E sendo essa uma decisão trabalhosa, árdua, houve ocasiões em que cogitou desistir de ir contra o fluxo? Tenho um livro de crônicas chamado Pensar é transgredir. Parte da tarefa de viver é descobrir quem somos, o que queremos, o que podemos, o que devemos, etc. "Parar para pensar? Nem pensar!", dizem muitos.
"Se pensar, eu desmorono". Talvez desde pequena eu tenha gostado de pensar. Tenho um lado alegre e divertido, outro muito quieto e contemplativo: esse, eu uso para escrever. Nele, e no de "viver", a gente tem de inventar seus jeitos, seus lugares, suas pessoas, seus afetos, seus gostos, suas crenças, e perseguir isso um pouco, ou acabamos como amebas amorfas. A vida de repente passou, e a gente nem se deu conta. Eu sempre me dei conta. E às vezes mais doloroso, mas de modo geral muito mais interessante.


Seu livro reflete sobre a invasão e os descontroles da era digital e suas ferramentas e nossa ignorância sobre o que há de mais essencial na vida. Você acredita que as gerações futuras saberão domar melhor tais recursos, usando-os, em suas próprias palavras, para "ampliar nossos espaços interiores" ou ainda é pessimista a respeito? Nunca fui pessimista. Viver exige um certo otimismo. Arrastar-se pela vida com autopiedade e ressentimento? Melhor morrer. Acho que o ser humano faz muitas bobagens, mas também consegue corrigir algumas, e tem lá sua grandeza. Se despoluíram alguns rios da Europa, por que não despoluiriam a vida humana? Penso que todas as novidades abrem horizontes incríveis e fascinantes. A gente só tem de aprender a dominá-Ias, não ser escravo delas.


Entre aqueles que chama de "mitos modernos", quais acredita serem os mais daninhos para o indivíduo?O "ter de" é um feitor de escravos muito cruel. Ter de ser magra, linda, inteligente, forte, rico, blablabla. A mim, sempre fora do esquadro, me impressiona a crueldade do "ter de ser" físico.
Nossa cultura valoriza de tal maneira o material, o físico, o sucesso, a fama, os lugares da moda, vive tão presa na camisa de força dos estereótipos, que sobra pouco interesse e espaço para outra visão de si mesmo, das pessoas, dos prazeres, do mundo. Acho que nos valorizamos muito pouco enquanto seres humanos pensantes.


Seu livro faz um protesto recorrente contra o uso de drogas, lícitas ou não, pelas suas implicações humanas e sociais. Sobre a descriminalização de algumas drogas, você escreveu que "não acha a menor graça". Poderia falar mais a respeito?

Tenho basicamente horror a qualquer droga (enquanto adição), e incluo sempre a bebida. Horror não significa que eu não curta uma taça de champanha, um vinho bom, um gim tônica.
Significa que, do álcool à maconha, à cocaína, ao crack e às drogas medicamentosas, tenho visto muita desgraça, destruição pessoal, familiar, etc. Não se brinca com drogas como não se brinca com arma de fogo: pode disparar e matar.
Não creio que a sociedade ou mesmo a medicina e psiquiatria tenham ainda uma boa explicação, resposta, orientação, sobre as drogas. Além do mais, acredito firmemente que, sim, cada vez que alguém fuma uma inocente maconhinha ou cheira uma cocaína, está fazendo continência a um traficante cuja bala amanha pode matar meu filho, teu neto, teu amado. Talvez eu seja careta nesse assunto: que seja.

LA República Checa, paraíso de los laboratórios ilegales de metanfetaminas

El consumo de metanfetaminas o "speed" es relativamente bajo en Europa, pero la República Checa sobrepasa con creces al resto de sus países vecinos en el número de laboratorios clandestinos de esta droga detectados en su territorio: 457 de un total de 483 en toda la Unión Europea.
(Praga, República Checa). El año pasado el Centro de Control Europeo de Drogas y Adicciones (EMCDDA) se unió a la Europol para estudiar el consumo de metanfetaminas en Europa. Los datos que se conocen hasta ahora son provisionales, y no hay cifras de todos los países del continente, pero los resultados recopilados hasta el momento distan de ser ambiguos: de los 483 laboratorios de metanfetamina descubiertos en Europa en 2008, todos menos 26 estaban localizados en la República Checa, un pequeño país de 10,3 millones de habitantes. Alemania, que tiene una población ocho veces mayor, ha declarado haber descubierto 11 laboratorios en el mismo periodo. El tercero en la lista es el vecino de los checos y antiguo socio, Eslovaquia, con cuatro laboratorios descubiertos en 2008, aunque se cree que la presencia de laboratorios, y el consumo de este tipo de drogas, es mucho mayor. “La República Checa es el mayor productor de metanfetaminas de Europa en pequeños laboratorios clandestinos”, asegura Jakub Frydrych, director de la división antidroga de la policía checa. “La proporción del problema en Eslovaquia tiene que ver con el hecho de que ellos son más pequeños que nosotros; pero aún así están básicamente ante el mismo problema que nosotros”. La metanfetamina es un estimulante sintético que se puede producir en laboratorios caseros, y las autoridades creen que estos tipos de instalaciones van en aumento. “La policía checa desmonta entre 300 y 400 laboratorios clandestinos cada año. Son básicamente pequeños, pero aún así se puede considerar un éxito”, dice Frydrych. Quizás sea un éxito, pero nadie sabe cuántos laboratorios hay realmente. Llamada también “speed” o “meta”, la metanfetamina en la República Checa se conoce además popularmente como Pervitin, que fue la marca comercial de la droga cuando la empezó a fabricar legalmente una farmacéutica alemana antes de la II Guerra Mundial. Los soldados alemanes la utilizaron como estimulante durante la guerra. Después de la contienda, comenzó a recetarse como remedio de numerosos males, “incluida la depresión, déficit de atención, alcoholismo, obesidad y anorexia”, según el estudio de Europol. Hacia la década de 1960, sin embargo, se empezaron a detectar entre sus consumidores efectos secundarios relacionados como la paranoia, alucinaciones y violencia, por lo que la droga se prohibió y dejó de comercializarse. Calificada a veces como la cocaína de los pobres, la metanfetamina (que se puede inyectar, esnifar, fumar y tomar) cuesta casi un tercio de lo que vale la coca, según Frydrych . Un gramo de metanfetamina cuesta entre 800 y 1.000 coronas en las calles de Praga, mientras que la cocaína cuesta entre 2.200 y 3.000 coronas, según la pureza del material. Nadie sabe a ciencia cierta por qué los checos y eslovacos parecen tener un apetito tan desproporcionado por la metanfetamina, que se ha convertido en una droga muy popular en los ambientes discotequeros. Frydrych cree que se puede deber a que estos países todavía están experimentando con los límites de la libertad individual, tras la caída del comunismo. “Todavía 20 años después de la revolución en nuestro país aún estamos probando la democracia”, afirma. “Esta es una razón por la que estamos todavía experimentando con fenómenos como las drogas. El derecho a consumir drogas en nuestro país se relaciona a menudo con las libertades individuales básicas”. Sananim, una ONG fundada en 1990, es una de las principales organizaciones checas para la rehabilitación de drogadictos, y en su página web dice que ofrece servicios de “prevención, tratamiento y resocialización”. Martina Teminova, que preside el consejo ejecutivo de Sananim, asegura que la situación está bajo control, pero que le preocupa que las informaciones en torno al consumo de drogas pueda conducir a la sociedad a criminalizar a los adictos. “Hay algunas tendencias [de la opinión pública] que sugieren que las personas drogodependientes deberían de ser encarceladas... Esta no es una manera muy útil de terminar con este problema. Estoy totalmente en contra”, dice. Teminova y Frydrych coinciden en reconocer que un programa de intercambio de jeringuillas ha dado resultados muy positivos en la lucha contra el contagio del sida. Terminova dice además que con terapia y rehabilitación los adictos a las drogas pueden volver a ser miembros perfectamente activos de la sociedad. “Nuestros clientes, después de recibir los tratamientos, pueden reintegrarse perfectamente en la sociedad”, asegura. Roman, un antiguo adicto a la meta de 33 años, es un ejemplo de ello. Después de un intento de suicidio y de dos fallidos tratamientos de desintoxicación, dice que lleva seis años sin consumir drogas, y cinco casado. Es uno de los operarios de mantenimiento de Sananim, aunque él superó su adicción en otro centro. Román dice que probó las drogas a los 14 años por la presión de los amigos, y que no paró en los siguientes 13 años. Ahora, dice, sabe dónde está la línea entre las drogas y la libertad para experimentar con ellas. “No hay que empezar. Al principio usas las drogas, pero al final son las drogas las que te usan a ti”, afirma.

EUA: Barack Obama enfoca prevenção e tratamento no combate às drogas

EUA: Barack Obama enfoca prevenção e tratamento no combate às drogas
Fernando Eichenberg
WASHINGTON - Ao anunciar, nesta terça-feira, o novo plano nacional do governo de combate às drogas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou acenar com uma mudança de abordagem do sempre polêmico tema. A estratégia elaborada pelo diretor do Departamento de Política Nacional de Fiscalização das Drogas (ONDCP, na sigla em inglês), Gil Kerlikowske, alcunhado como o czar antidrogas do governo Obama, tenta desviar o foco da questão da Justiça criminal para a saúde pública. Em resumo: mais prevenção e tratamento, mas sem deixar de lado a repressão, doméstica e no exterior.
- Essa estratégia apela a uma abordagem equilibrada na confrontação do complexo desafio do uso de drogas e suas consequências - resumiu Obama.
" É uma doença, é diagnosticável e é certamente algo que pode ser tratado, mas não é uma guerra "
A intenção da Casa Branca é mudar o discurso bélico e repressivo de "guerra contra as drogas", estimulado nos anos de governo George W. Bush.
- É uma doença, é diagnosticável e é certamente algo que pode ser tratado, mas não é uma guerra. Muda toda a discussão sobre terminar com a guerra contra as drogas e requer que temos a responsabilidade de reduzir nosso próprio uso de drogas neste país - disse Kerlikowske.
O plano estabelece vários objetivos em um prazo de cinco anos, entre eles o de reduzir o uso de drogas por adolescentes em 15% e, entre adultos, em 10%. A meta também é diminuir o número de usuários crônicos em 15%, a incidência de mortes provocadas pelas drogas em 15% e a frequência de condutores de veículos drogados em 10%. A nova política pretende incentivar programas comunitários e expandir o tratamento dispensado aos viciados em drogas, incluindo centros médicos comuns, além dos especializados.
Para cumprir o prometido, o governo federal aumentou em 3,5% os recursos para o combate ao abuso e ao tráfico de drogas, um total de U$ 15,5 bilhões para o próximo ano fiscal, que começa em outubro. A política de prevenção contará com U$ 1,7 bilhão, um aumento de 13,4%. Os fundos destinados ao tratamento receberão U$ 3,9 bilhões - mais 3,7%. Para combater o tráfico, o aumento será de 1,9%, U$ 3,9 bilhões, sendo U$ 579 milhões para a Força-Tarefa para o Cumprimento da Legislação sobre Droga e Crime Organizado (OCDETF, na sigla em inglês), que atua principalmente no sudoeste dos EUA.
O novo plano descarta a descriminalização da maconha - embora reforce as garantias para seu uso medicinal - invoca a reforma da política de drogas com o fim da disparidade criminal entre o crack e a cocaína e desestimula o encarceramento para a maioria dos usuários, apontando para programas comunitários e alternativos para evitar a prisão como primeira opção.
Analistas criticam o fato de que o novo plano mantém a ênfase no uso e não no abuso de drogas e que a prevenção e o tratamento ainda são minoritários no destino de recursos - 36% contra 64% para as medidas de combate. Matthew Robinson, especialista em política de drogas da Universidade dos Apalaches, acredita que o novo plano da Casa Branca ainda é tímido em propostas de mudanças, mas também aponta algumas virtudes:
- O plano reconhece que o vício em drogas é uma doença e especifica que a política federal de controle de drogas deve ser assistida pelas diferentes partes envolvidas, incluindo famílias, escolas, comunidades, médicos. Isso é certamente uma mudança em relação ao governo Bush, que repetidamente caracterizava o uso da droga com uma falha moral ou pessoal - disse.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Marcha da Maconha em BH

Proibida em diversos Estados do Brasil, a Marcha da Maconha foi liberada pela Justiça do Estado de Minas e, caso não haja recurso da decisão, deve ocorrer na tarde deste sábado (8) em Belo Horizonte. Às vésperas do evento, porém, especialistas que participam do 1º Simpósio Sul Americano de Políticas sobre Drogas, que também acontece na capital mineira e termina hoje, divergem sobre o tema e defendem a revisão da lei que trata do usuário.
Confira também

Legalizar maconha não enfraquece crime
Pronasci: faltam dados sobre usuários de crack
Em sua decisão, divulgada nesta sexta-feira (7), a juíza Neusa Maria Guido, da Primeira Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, argumentou que não havia motivos para censurar o direito de expressão dos participantes – que defendem um debate maior sobre o consumo da maconha. - É plena a liberdade de exteriorizar o pensamento, quer sejam em discussões, palestras, seminários e marchas devidamente organizadas. Ela determinou, contudo, que a passeata seja monitorada pela Polícia Militar.DebateUm dos responsáveis pelo simpósio que aborda principalmente a expansão do consumo do crack no país, o subsecretario de Políticas Antidrogas de Minas Gerais, Cloves Eduardo Benevides, defendeu a humanização do tratamento aos usuários, mas ponderou que o Brasil não está estruturalmente preparado para descriminalizar o uso de entorpecentes.- Mandar o usuário para a prisão não é o caminho. Mas deixar de assisti-lo é levá-lo, em última análise, de volta para a cadeia. Já o presidente da ANJT (Associação Nacional de Justiça Terapêutica), Ricardo Oliveira da Silva, vai além, e defende a revisão de um dos pontos da lei 11.343/06, que prevê que a pessoa flagrada com pequena quantidade de drogas seja punida com ou uma advertência, ou por meio da prestação de serviços, ou por medidas educativas. A legislação foi tema de amplo debate durante o evento.- O usuário deveria ter de escolher entre responder a um processo criminal ou ser submetido a um tratamento. Só uma advertência não vai fazer com que ele se afaste das drogas.Na contramão dos colegas, a juíza aposentada Maria Lúcia Karam, do Rio de Janeiro, argumentou que a proibição do uso de entorpecentes é inconstitucional. Para ela, que integra uma ONG (organização não governamental) que defende descriminalização das drogas, o consumo de entorpecentes deveria ser um direito e uma escolha pessoal. Já para o sociólogo Flávio Sapori, coordenador do Instituto Minas pela Paz, embora a violência seja em grande parte gerada pela ilegalidade das drogas, liberar o uso no Brasil seria incoerente. - A descriminalização das drogas só faz sentido se fosse uma decisão mundial.Polêmico, o impasse não parece ter um fim próximo, mas promete esquentar os debates entre os pré-candidatos à Presidência, que devem ser questionados pelos eleitores sobre seus posicionamentos sobre o tema.

Festival em Amsterdã defende legalização da maconha na Holanda

AFP
HAIA — Centenas de partidários da legalização da maconha na Holanda participaram de uma manifestação neste sábado em um parque de Amsterdã, em ocasião da segunda edição do festival "Dia da liberação da maconha", indicaram os organizadores.
"Queremos pôr a questão da legalização na agenda política, mostrando a maconha de maneira positiva", declarou à AFP Derrick Bergman, porta-voz da Associação para o Fim da Proibição da Maconha (VOC), organizadora do evento.
A organização previu para de 12h00 (07h00 de Brasília) às 22H00 (17h00), shows, discursos, exibições de filmes e pontos de venda de 'baseados'.
Desde 1976, a posse e o consumo de cinco gramas de maconha -substância vendida em cafés licenciados pelas prefeituras- podem ser punidos com uma multa, mas não com um processo na justiça.
Esta "política de tolerância" se transformou, no entanto, em um quebra-cabeça para as autoridades. O cultivo e a venda de grandes quantidades de maconha, proibidos, mas necessários para abastecer os cafés que a vendem legalmente, estão nas mãos de grupos criminosos, e renderiam cerca de 2 bilhões de euros anuais, de acordo com dados de 2009 divulgados pela Polícia.
"Parece-nos que esta política é muito hipócrita; serve apenas para que os delinquentes enriqueçam mais. O problema não é a planta, e sim a sua proibição", defende Derrick Bergman.

War on (some) drugs

Edmonton Journal

" Bill revived for minimum sentences on drug crimes," The Journal, May 6.
So, federal Justice Minister Rob Nicholson has decreed that it is a good use of tax money and police resources to track down people who grow five marijuana plants or fewer, drag them through the courts and give them six months in jail at our expense.
Politicians do not learn from their mistakes. They prohibited the manufacture and sale of alcohol from 1919 to 1933, and it was an unmitigated disaster. It created a crime wave, the likes of which had never been seen before, and not just because peaceful, otherwise law-abiding citizens became criminals with the stroke of a pen. It created a black market for liquor and spawned an unimaginable wave of criminal activities.
Have you noticed the crime rate rising in the illegal drug trade? The politicians never learn. They've declared war, of all the stupid ideas, on various plant extracts that are unpopular with neopuritans: cocaine, marijuana, heroin, etc. It's not a war on all drugs -- really dangerous drugs like Ritalin, Prozac, and scores of others are being actively promoted.
This war is just on recreational drugs -- and not even on all of them, just some of them.
All of these things were legal in the 19th century and were never serious problems. Sure, some people abused them, just like they do today. But they were cheap in a free market, and no one had to resort to crime to support their habit.
Drug addiction is a sad and terrible thing, but there would be less of it if kids were brought up right, and now a lot of fools want the government to do their job for them.
Depression also destroys lives. Shall we have that outlawed too? Overeating is a deadly vice, so busybodies are working to outlaw that, with laws against salt and fat. Smoking, which should be a property rights issue, is now going to be banned in parks.
I am tired of having my money squandered to promote the neopuritanical interests of elected officials.
Paul Champion, Calmar

Marcha divide opiniões sobre uso de drogas

ZERO HORA
10 de maio de 2010
MACONHA EM DEBATE
Marcha divide opiniões sobre uso de drogas
Caminhada no sábado à tarde, na Capital, reuniu grupos a favor e contra a liberação do consumo
A discussão está longe do fim. Enquanto alguns acreditam que o consumo de drogas é um caso de saúde pública, outros ressaltam que é necessária uma repressão mais intensa.Políticos como o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aderiram à causa. A Marcha da Maconha, realizada sábado, no Parque da Redenção e em outras cidades no país, reacende a polêmica.A caminhada, que defende uma nova política pública de drogas, foi promovida na Capital pelo Coletivo Princípio Ativo e reuniu cerca de 300 participantes.Infiltrados na manifestação, policiais fardados e à paisana acompanharam a ação, que foi pacífica. Com uma muda de bananeira embaixo do braço, para simbolizar que a maconha seria uma planta comum, o psicólogo Ricardo Cecchin, 33 anos, era um dos defensores.– O usuário existe e está aí. Acredito que deveria haver uma legalização gradual do Estado. Na Espanha, por exemplo, é permitido um plantio caseiro de até seis pés de maconha por casal. Essa é uma possibilidade – sugere.Segundo um dos organizadores da caminhada, Leonardo Guinther, a intenção é promover um debate na sociedade gaúcha sobre a política das drogas. O grupo defende que o tema é uma questão de saúde pública e não criminal.Se de um lado um grupo se manifestava a favor, do outro jovens também mostraram que acreditam na necessidade de uma repressão mais intensa. Segurando a faixa “Não legalize”, o universitário Rodrigo Carvalho, 20 anos, ao lado dos amigos Flávio Tavares, 19 anos, Daniel Vidal, 20 anos, e Arthur Petry, 21 anos, resolveu expor uma opinião diferente.– Queremos mostrar que nem todo mundo quer usar maconha. O Brasil não tem capacidade para suportar uma legalização. É preciso uma repressão total – destaca o estudante.Com a experiência de mais de 30 anos na Polícia Civil, o diretor-geral do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), João Bancolini, acredita que dizer “sim às drogas” seria como deixar uma porta aberta para o consumo.Solução passa por ações de prevenção e repreensãoPara o delegado, a solução são ações intensas de prevenção e combate ao uso. Desde 2006, usuários de drogas ilícitas não são encarcerados quando flagrados consumindo entorpecentes. Isso faz com que traficantes utilizem esse artifício em seu favor.Há alguns anos, Bancolini acompanhou o drama de um amigo que perdeu a filha vítima das drogas.– Minha experiência diz que a maconha é a porta de entrada para outras drogas. Liberar seria um grande erro. O dependente deve ser tratado, só que há muitos usuários que são traficantes em potencial – ressalta.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aprueban consumo medicianl de Marihuana en Washington

Aprueban consumo medicinal de Marihuana en Washington
Por: Vanessa de la Torre / Washington
Sólo falta la firma del alcalde Adrian Fenty para que la ley entre en vigencia. El Congreso tiene 30 días para revisarla.
Adrian Fenty debe firmar para que la ley entre en vigencia.

El Concejo de la capital estadounidense aprobó en una segunda instancia y por mayoría absoluta una ley que permite el uso médico de la marihuana. Si bien la nueva norma permite su uso sólo con condiciones muy específicas, existe preocupación en algunos sectores políticos de Washington por el mensaje de flexibilidad que se está enviando.
De ahora en adelante, un paciente que sufre de VIH/Sida, cáncer o cualquier enfermedad terminal podrá consumir hasta dos onzas de marihuana medicinal. Lo que no podrá hacer es sembrar su propia hierba ni fumar en lugares públicos. De igual forma, se instalarán centros de producción, distribución y venta.
La medida, sin embargo, va en contravía de la política antidrogas de Estados Unidos. “No creemos que la legalización de un producto como este tenga sentido”, afirmó a El Espectador el subsecretario de Estado para Narcóticos, David Johnson. “Pero creo que el mensaje es el de una democracia en la que hay opiniones diferentes. Hemos hablado muy claro sobre las dimensiones del problema”, recalcó.
Para algunos analistas el mensaje es bien equivocado pues en plena guerra contra las drogas se penaliza su consumo en Colombia y en la capital en donde se dictan las normas, se flexibiliza. “Estamos buscando soluciones a una política fracasada. El primer paso es la marihuana, que se legaliza para reducir los costos en nuestra sociedad, pero no estamos dispuestos a cambiar las cosas en Colombia”, explica el profesor Bruce M. Bagley, experto en tráfico de drogas y política latinoamericana de la Universidad de Miami.
Según él, detrás de esta ley hay una necesidad inmediata de reducir costos en las cárceles de Estados Unidos. “En California, por ejemplo, cada prisionero en la cárcel cuesta 49 mil dólares por año”, señala.
El periódico The Washington Post señaló recientemente que Washington es la ciudad con más alto consumo de marihuana de EE. UU. Las cifras más recientes de la Administración de Abuso de Sustancias y Servicios de Salud Mental lo confirman. Los datos señalan que 11% de los jóvenes mayores de 26 años consumen la hierba.
Su uso es tan frecuente que la mayoría de oficinas del gobierno hacen exámenes periódicos a sus empleados para detectar su consumo. Ahora sólo falta esperar la aprobación del Congreso, que tendrá 30 días para pronunciarse sobre esta ley.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Marcha da Maconha no Rio de Janeiro





01/05/2010 19h19

Cerca de 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da Marcha da Maconha, realizada na tarde deste sábado (1°) na orla da Zona Sul do Rio. Para os organizadores, no entanto, o evento reuniu de três a quatro mil pessoas. Embalados pelo som da banda Vegetal, os manifestantes cantaram e gritaram palavras de ordem, pedindo a legalização do consumo e do plantio individual da planta.
No final da marcha, no Arpoador, os manifestantes acenderam velas para lembrar as vítimas da guerra do tráfico de drogas. Segundo o organizador do evento, Ricardo Cinco, se o uso da droga fosse legalizado e descriminalizado, não haveria tanta morte a se lamentar na cidade.
A marcha, que saiu do Jardim de Alah, no Leblon, começou com cerca de 300 pessoas e 45 minutos de atraso. Os organizadores tiveram dificuldade para liberar o uso do carro de som. Depois de resolvido o problema, os manifestantes, a maioria jovens, saíram pela orla, comfaixas, cartazes e até máscaras com o rosto de ídolos, como Bob Marley, Marcelo D2, Gilberto Gil, Che Guevara e Chico Buarque.
O universitário Diego Mello diz que Jesus usavaóleo de cânhamo para curar os doentes(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Como em todos os anos, o ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, marcou presença defendendo uma política menos hipócrita no que se refere às leis contra as drogas.
Cartaz polêmico
Com um cartaz onde se lia "Jesus usava maconha", o universitário Diego Mello, de 21 anos, defendia o uso recreativo e terapêutico da droga, acrescentando que Jesus promovia a cura banhando os doentes em óleo de cânhamo. Diego, que tem de fazer acompanhamento pelo Narcóticos Anônimos desde o ano passado, quando foi detido fumando maconha - diz que existe uma vasta literatura estrangeira que prova isso."Fui preso, mas não abandono minhas convicções. Acho que se a maconha fosse liberada viveríamos num mundo muito menos violento e muito melhor. Seguirei lutando sempre”, disse o estudante.
Os irmãos Helena, de 80 anos, e Hélio, de 79, lutamcontra a hipocrisia (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Os irmãos Hélio Xavier, de 79 anos, e Helena, 80 anos, moradores da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, fizeram questão de participar da marcha. Com uma hérnia de disco, Helena disse que caminharia o quanto aguentasse.
“Venho aqui defender a legalização, para acabar com essa hipocrisia, com essa violência”, disse Helena.
Hélio, professor aposentado da rede pública em Brasília, conta que, na década de 50, já defendia a descriminalização da droga.
“Continuo coerente e consciente até hoje, defendendo meus pontos de vista”, disse o aposentado, que afirma que vai marchar com os jovens até que a droga seja descriminalizada.
O único incidente registrado durante a marcha ficou por conta de um rapaz, que, flagrado ao pichar um poste e um banco com o desenho da planta, foi detido pela PM.

Marcha da maconha arrasta multidão no Recife




JC On Line


02.05.2010 20h22
Cerca de 800 pessoas foram às ruas com gritos de ironia envolvendo o nome da polícia

Reunindo cerca de 800 pessoas, aconteceu na tarde de hoje, a 3ª Marcha da Maconha do Recife. O ato durou cerca de duas horas e caminhou da Rua do Apolo à Rua da Moeda. Com a irreverência e o bom-humor característicos, a marcha correu tranquila, mesmo com a detenção de um militante, que portava a droga em baixa quantidade.Em uníssono, o coro conduzido pelo carro de som provocou com “ei polícia, maconha é uma delícia”. Em outros momentos entoaram “um, dois, três, quatro, cinco, mil, vamos legalizar a maconha no Brasil”.Durante o percurso, discursos que associavam a proibição da maconha ao cerceamento da liberdade do indivíduo e ao apoio ao tráfico.“A questão da ilegalidade é político-econômica. Comprovadamente as drogas lícitas são as que mais matam. Quem é contra o tráfico, defende a legalização”, protestou Marcílio Cavalcanti de Lima, da coordenação da marcha.Se juntaram ao movimento, o diretor da TV Pernambuco Roger de Renor que garantiu que no próximo ano, a estatal cobrirá os evento, e os políticos Osmar Ricardo, vereador do PT e Edilson Silva, presidente do Psol e pré-candidato ao governo de Pernambuco.“Não tenho medo de perder votos. Estou lutando pelo que acredito”, defendeu Edilson.“Tem muito político que usa e esconde a cara, tem muitos outros que não usam, mas defendem”, disse Gilberto Borges, um dos organizadores do evento.No Marco Zero, a marcha cruzou ocasionalmente com a orquestra comandada pelo maestro forró. Além do Chico Sciense e hip hop que tocaram no carro de som, o frevo fez a marcha pular.

FHC ve logros: em lucha antinarco y en economía


Cecilia Téllez en Berlín

En México no sólo la economía se recupera y nos hace ir en sentido correcto, también avanza la estrategia integral instrumentada por el gobierno federal en el combate al crimen organizado.Tal fue la premisa que expuso a empresarios y políticos alemanes el presidente Felipe Calderón durante su visita de Estado a Alemania. La percepción sobre este tema por parte de Alemania llegó por la noche, durante la cena que en honor de Calderón ofreció el presidente Horst Köhler.El mandatario alemán destacó que la democracia, el Estado de derecho y los derechos humanos son valores compartidos por Europa y América Latina.“Pero no basta con reivindicar estos sublimes objetivos, estos valores exigen un esfuerzo enérgico de nuestra parte, con gran atención seguimos, señor presidente, su lucha contra el crimen organizado en México”, dijo a Calderón.En su estancia de un día en Berlín, el mandatario cumplió una apretada agenda de actividades, entre las cuales destacó una caminata con el alcalde-gobernador de Berlín, Klaus Wowerei, frente a la Puerta de Brandemburgo, y la inauguración formal de la Exposición Frida Kahlo, que en su apertura hace cinco días, congregó a más de tres mil personas para verla. “Frida es una mexicana universal, pero sé que ha dejado de ser sólo mexicana y se ha convertido en un icono del arte y un icono mundial de la fortaleza femenina”, dijo.Al reunirse con integrantes de la Fundación Adenauer y de la Unión Cristiano Demócrata, partido que es presidido por la canciller Ángela Merkel, Calderón presumió que su lucha por hacer valer un Estado de derecho en México ha cosechado buenos resultados.“Se han debilitado estructuras criminales, como lo revelan cifras récord en materias de aseguramientos y decomisos vinculados al tráfico de drogas, además de diversos golpes asestados a bandas de secuestradores”, expuso Calderón.Previamente, bajo una lluvia constante por la mañana fue recibido con honores militares en el Palacio de Bellevue por el presidente Horst Köhler.Al lugar acudieron alumnos de la escuela bilingüe Franz Meyer, algunos de los cuales se vistieron con trajes típicos regionales y agitando banderitas mexicanas; así le dieron la bienvenida Luego, con su esposa Margarita Zavala montó guardia y depositó una ofrenda floral en el monumento de la Nueva Guardia, dedicado a las víctimas de la guerra y la violencia. Un militar alemán interpretó la marcha luctuosa “Yo tuve un camarada”, alusiva a quienes cayeron en la batalla.Posteriormente, el presidente acudió al Museo Martin Gropius Bau, a cuya entrada se encuentran dos efigies de hombres descabezados, para realizar un recorrido por la Exposición Frida Kahlo, una retrospectiva de más de 150 obras (45 de ellas de colecciones privadas).Recordó que la pintora mexicana, cuyo padre Guillermo Kahlo era alemán, es y ha sido, por sus raíces, un punto de unidad entre México y Alemania.Agregó que Frida Kahlo amó al arte, a Diego Rivera y a muchas personas que la acompañaron en su vida. “Pero sobre todo amó al pueblo de México, amó la mexicanidad, amó sus raíces a través de su obra que revalora lo mexicano, lo indígena, las tradiciones populares, que a la vez da un salto insólito hacia el arte moderno que coloca a Frida, no sólo entonces, sino ahora, a la vanguardia mundial”.Para concluir sus actividades, el Presidente asistió a una cena de Estado que en su honor ofreció el mandatario alemán Horst Köhler, con quien en el curso del día tuvo un encuentro privado en el que intercambiaron puntos de vista sobre diversos temas de la agenda multilateral, como la reforma de la Organización de las Naciones Unidas, y el desafío que representa el cambio climático para la humanidad. Durante la cena, el presidente de Alemania ofreció el apoyo de su país a la Cumbre sobre Cambio Climático que se realizará en México.

FHC presume "cifras récord" de decomiso de drogas

www.eluniversal.com.mx

El presidente Felipe Calderón también presumió aquí golpes contra bandas de secuestradores y “cifras récord” en el aseguramiento de drogas.
Así como dijo a empresarios teutones que México se encuentra fuerte y que tomó las medidas para enfrentar cinco jinetes del Apocalipsis, entre ellos la derrota del “caballo” de la crisis económica, ante políticos resaltó los logros en su lucha contra la criminalidad.
“Las medidas de seguridad instrumentadas por México, en el marco de una estrategia integral, han debilitado las estructuras criminales, como lo revelan cifras récord en materia de aseguramientos y decomisos vinculados al tráfico de drogas, además de diversos golpes asestados a bandas de secuestradores”, informó la Presidencia de la República en un comunicado emitido hoy.
De acuerdo con la información oficial, Calderón, en el marco de la Visita de Estado a la República Federal de Alemania, el Presidente Felipe Calderón Hinojosa se reunió esta tarde con integrantes de la Fundación Konrad Adenauer y de la Unión Cristiano-Demócrata, partido que es presidido por la Canciller Federal Angela Merkel.
En el encuentro compartieron la situación actual de sus respectivos países e intercambiaron puntos de vista sobre los principales desafíos internacionales, como la seguridad, el sistema financiero y el cambio climático, precisó la Presicdencia.
Calderón expuso los cinco ejes rectores en los que trabaja su Gobierno para transformar a México: fortalecimiento del Estado de Derecho, competitividad de la economía, igualdad de oportunidades, desarrollo sustentable y democracia efectiva.
En materia económica, explicó el contenido de las reformas estructurales, como la fiscal, la energética y la de pensiones, que desde el primer día impulsó su Administración y que permitieron a México enfrentar en mejores condiciones la crisis internacional.
Finalmente, el Jefe del Ejecutivo reconoció la valiosa aportación de la Fundación Konrad Adenauer a la cooperación y el entendimiento internacional.
El Presidente Calderón estuvo acompañado por la Secretaria de Relaciones Exteriores, Patricia Espinosa Cantellano, y el Secretario de Hacienda y Crédito Público, Ernesto Cordero Arroyo.
De la Fundación Adenauer y de la Unión Cristiano-Demócrata, asistieron el Viceministro de Economía y Vicepresidente de la Internacional Demócrata Cristiana, Peter Hintze; el Presidente de la Comisión de Relaciones Internacionales, Ruprecht Pohlenz; el Presidente del Grupo Parlamentario México/Alemania, Jürgen Klimeke, y el Vicepresidente de la bancada del CDU, Arnold Vaatz

Mockus: abra el debate sobre la politica de drogas

Opinión 3 Mayo 2010 - 10:22 pm
Mockus: abra el debate sobre la política de drogas
Por: Daniel Pacheco
HOY NADIE DUDA EN AFIRMAR QUE EL narcotráfico está en la raíz de los problemas más graves de Colombia.
Desde la existencia de grupos armados ilegales de derecha e izquierda (narcoparas y narcoguerrillas) hasta la rampante corrupción de políticos y jueces se atribuye, en gran medida, a que Colombia es el mayor productor de cocaína del mundo.
Sin embargo, en plena campaña electoral, las propuestas de los candidatos para encarar el problema de la droga han sido relegadas a la marginalidad de sus programas. El asunto de la droga parece que acapara más atención cuando los candidatos rompen el silencio y admiten con candor el haber fumado marihuana en su juventud. Anécdotas valiosas, sin duda, para recordar que el mundo lleva más de tres décadas enfrascado en una “lucha contra las drogas”, que tanto entonces como ahora, ha mantenido una oferta constante de sustancias ilegales a un accesible precio, a pesar de las enormes inversiones y sacrificios pagados por países como Colombia.
El silencio sobre este tema me parece especialmente sorprendente en la campaña de Antanas Mockus, por ser él integrante de la Comisión Latinoamericana sobre Drogas y Democracia.
Liderada por tres ex presidentes: César Gaviria de Colombia, Ernesto Zedillo de México y Fernando Cardozo de Brasil, la Comisión cuenta además con la participación de 18 académicos, escritores y políticos latinos como Enrique Krauze, Paulo Coelho y el mencionado Antanas Mockus. Su objetivo es “evaluar la eficacia y el impacto de las políticas de combate a las drogas y elaborar propuestas orientadas a políticas más eficientes, seguras y humanas”.
En su informe final, publicado en 2009, la Comisión concluye que “Las políticas prohibicionistas basadas en la represión de la producción y de interdicción al tráfico y a la distribución, así como la criminalización del consumo, no han producido los resultados esperados”. También sostiene que una eventual solución al narcotráfico debe comenzar por “reconocer los fracasos de las políticas vigentes” como una condición para discutir “un nuevo paradigma de políticas más seguras, eficientes y humanas”.
Esto no lo ha hecho Mockus. Preguntado respecto de lo que haría para luchar contra el narcotráfico, volvió a las etéreas propuestas de “consensos nacionales” y “rechazos culturales” para combatir la ilegalidad y el dinero fácil. Como si el problema de narcotráfico de Colombia subsistiera por un defecto endémico de la cultura nacional. ¿Qué pasa, candidato?, si la Comisión que usted mismo integró afirma que este es un fenómeno transnacional exacerbado por las políticas prohibicionistas.
Si alguien tiene la responsabilidad de romper el silencio y abrir el debate sobre las alternativas para combatir el narcotráfico, es Antanas Mockus. Además de su participación en la Comisión, Mockus ha sido el candidato que promueve un cambio para hacer políticas públicas sobre la deliberación de ideas. Y en el tema del narcotráfico, las que Mockus pueda aportar vienen reforzadas por la posibilidad real de que sea el próximo presidente de Colombia.