sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sinais sobre o uso de drogas

PRINCIPAIS SINTOMAS E SINAIS DE CONDUTA
ATENÇÃO: A constatação de dois ou três sintomas não significa afirmar positivamente que o jovem está usando drogas. Contudo, está indicando que ele carece de uma melhor observação e acompanhamento!
SINAIS GERAIS DO USO DE QUALQUER DROGA
Mudanças bruscas no comportamento.Queda do rendimento escolar ou abandono dos estudos.Queda na qualidade do trabalho, inquietação, irritabilidade, insônia ou, ao contrário, depressão e sonolência.Atitudes furtivas ou impulsivas, uso de óculos escuros mesmo sem excesso de luz, camisas de manga longa mesmo no calor.Usos de sons em alto volume.Troca do dia pela noite.Síndrome emotivacional.
SINTOMAS E AS PRINCIPAIS DROGAS
Droga: Maconha, Marijuana, Haxixe, O-9-THC.
Principais Sintomas e sinais de conduta: Tagarelice, excitabilidade, risadas ou depressão e sonolência. Aumento do apetite (doces), olhos vermelhos congestos, alucinações, distúrbios na percepção do tempo e do espaço.Elementos acessórios: Odor de relva queimada no local. Presença de vegetal cinza-esverdeado triturado com pequenas sementes lisas, restos de cigarros feitos à mão e odor nas roupas.
Droga: Estimulantes, Anfetaminas ou "Bolinhas" e Moderadores do Apetite.
Principais Sintomas e sinais de conduta: Inquietação, excitabilidade, tagarelice constante, confusão mental, falta de apetite com emagrecimento, insônia, conduta agressiva, boca seca com irritação das narinas (secas), alucinações e dilatação da pupila.Elementos acessórios: Presença de comprimidos, diversos tipos, hábito de fumar cigarros constantemente, inquietação motora (não para quieto).
Droga: Solvente volátil, Cola de Sapateiro ou de Aeromodelismo, Limpa-tipos, Lança-perfume, Fluídos de Limpeza, Éter, Clorofórmio, Benzina, "Loló".
Principais Sintomas e sinais de conduta: Aparência de ébrio, excitação, hilariedade, linguagem enrolada, perda de equilíbrio, olhos vermelhos, nariz escorrendo (constipado), sonolência, inconsciência.Elementos acessórios: Latas ou bisnagas de cola, frascos de lança-perfume, restos de sólidos ou nódoas em panos, lenços ou sacos plásticos.
Droga: LSD, DMT, STP, Mescalina, Psilocibina, "Chá de cogumelo".
Principais Sintomas e sinais de conduta: Alucinações, delírios, confusão mental e dificuldade de raciocínio. Risos e choros, atitudes impulsivas e irracionais. Calafrios, tremores, sudorese, pupilas dilatadas, reações de pânico com sensação de deformação no corpo e objetos.Elementos acessórios: Pequenos comprimidos ou drágeas, cubos de açúcar com manchas, restos de cogumelos (com cheiro de esterco), pequenos frascos.
Droga: Cocaína.
Principais Sintomas e sinais de conduta: Excitação, aumento da atividade, agressividade, idéias delirantes com suspeita de tudo e de todos, palidez acentuada e dilatação da pupila.Elementos acessórios: Septo nasal perfurado e com pequenas hemorragias, pó branco cristalino, objetos metálicos tipo caixa de rapé ou pequenos tubos metálicos.
Droga: Ópio, Morfina, Heroína e Narcóticos da Síntese (Algafan), Pembenyl.
Principais Sintomas e sinais de conduta:Estupor, analgesia, lacrimejamento, coriza, "pupila em cabeça de alfinete", sonolência.Elementos acessórios: Pós brancos cristalinos ou escuros, ampolas, frascos de xarope, seringas hipodérmicas e acessórios, agulhas, manchas de sangue na roupa, feridas, cicatrizes e abcessos no corpo, dedos queimados.
fonte: DENARC-SP - DIPE

Planejamento Familiar e Drogas


Durante anos a família luta para responder a um planejamento que envolve gastos patrimoniais, sociais, afetivos e morais. Os planos de cada ente familiar são simultâneos e por várias vezes sujeitos a impedimentos e escolhas. O fato é que a resposta aparece após vinte, vinte cinco anos, quando não mais cedo.

“Todos deveríamos em algum momento da existência questionar nossas vidas e analisar pelo que estamos lutando. Quem não consegue fazer este questionamento será servo do sistema, viverá para trabalhar, cumprir obrigações profissionais e apenas sobreviver. Por fim, sucumbirá no vazio.[1]

Planejamento familiar destruído é o que acontece quando esses planos são sabotados por algo ou por alguém. No nosso caso em estudo é por algo e por alguém. A droga e o traficante. Este tópico quer reforçar a consciência dos responsáveis pelos planos familiares que, também faz parte deste plano, o acompanhar. A situação seria como em jogo de futebol, já depois da metade do segundo tempo, time ganhando, sofrêssemos dois gols, por culpa de nossa negligência e partíssemos para a segunda divisão. Na segunda divisão estariam as mazelas esportivas, os campos desconhecidos e mal cuidados. Droga e traficante são os elementos que devemos estar atentos. Eles existem, estão próximos de sua casa e próximos de seus filhos. Eles são dois dos responsáveis pela destruição do planejamento familiar e de tudo o que você investiu para ter felicidade.
[1] Nunca desista dos seus sonhos / Augusto Cury – Rio de Janeiro : Sextante, 2004, pág. 28

Novo livro do Dr. Içami Tiba


segunda-feira, 22 de junho de 2009

O que seu filho quer ser quando crescer?


Talvez esta seja uma das perguntas mais importantes que um pai deva fazer ao seu filho durante todo o seu desenvolvimento. Este desejo de ser algo envolve algumas concepções de formação de caráter e personalidade que, se acompanhados, indicarão o caminho que esta criança/jovem esta começando a seguir.
Dr. Içami Tiba, em seu livro Anjos Caídos - como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente – Editora Gente, 12.º edição, explica os cinco pilares que são quebrados quando do uso de drogas: ética, disciplina, gratidão, religiosidade e cidadania. Estes pilares nada mais são que representações do superego adquirido de uma forma positiva.
Todo desenvolvimento humano normal em família possui como pano de fundo a identidade do superego dos pais. Às vezes mais liberais, às vezes mais conservadores, mas sempre com um objetivo explicito ou implícito. A criança e o jovem quando acompanhadas iniciam uma escalada própria rumo a sua libertação econômica, religiosa, moral, familiar que consiste em lutar contra as dificuldades naturais (escola, relacionamentos, auto-aceitação, colocação no mercado de trabalho, etc...). Surge então o desejo de ser algo profissionalmente. Este singelo querer impulsiona a criança, o jovem a lutar para adquirir condições de realizar o que deseja. O poder destruidor das drogas, e talvez este seja o pior malefício que ela pode causar é o de interferir nos sonhos das pessoas, naquilo a que eles estariam se propondo ser.

“Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe: Que tamanho tem o universo? Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu: O universo tem o tamanho do seu mundo.
Perturbada ela novamente indagou: Que tamanho tem meu mundo? O pensador respondeu: Tem o tamanho dos seus sonhos.
Se os seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.
Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances.
A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos. A presença dos sonhos faz de idosos, jovens, e ausência de sonhos faz jovens, idosos[1].”

O desejo de ser torna-se confuso, distante e oportunista. Passa-se a querer tudo, mas perde-se o foco. Os pilares conquistados na personalidade da criança ou jovens começam a se afrouxar. Como ter um plano sem uma disciplina?

“Disciplina é a capacidade de se organizar globalmente para resolver situações diárias, sem estar aprisionado a métodos. Ela abole a necessidade de cobrança externa, já que o ser humano assume suas responsabilidades”[2].

Quanto mais ao longe estiver à disciplina, distante também estarão os resultados pretendidos. As drogas interferem no ciclo do sono e no ciclo da fome. Disciplina biológica quebrada reflete-se na disciplina psicológica. Este o primeiro indicio da presença das drogas.
A ética também se afrouxa. Entramos na seara da mentira. A mentira para esconder a quebra da disciplina, os resultados negativos, as explicações de “furos”. A qualidade do comportamento de uma pessoa será medida pela ética que ela possui.
Se avançarmos um pouco mais nos malefícios psicológicos do uso de drogas encontraremos a perda da gratidão. Se o uso de drogas envolve um “pool” de conseqüências nefastas tanto individualmente como coletivamente, causando um embaraço enorme para aqueles que usam e se escondem atrás de suposta aparência de normalidade, nos perguntamos como um filho, um pai, um marido, uma esposa pode comprometer estas pessoas, a partir de uma escolha própria, escolha esta prejudicial? A explicação está na diminuição ou até desaparecimento da gratidão.

“Um dos sentimentos fortes que unem as pessoas e completam o amor ao próximo é a gratidão; Ao cortar o sentimento de gratidão, a droga se insurge contra à civilização. Quem vive civilizadamente tem de estar grato a tudo o que pode usufruir da humanidade: tudo o que existe à nossa volta foi mantido, melhorado, inventado ou criado por alguém, algum dia, em algum lugar”.[3]

De forma pratica quem ira sentir de perto a falta de gratidão serão as pessoas mais próximas. Gratidão e religiosidade. O sentimento humano baseia-se em relacionamentos.
O relacionamento familiar pleno, voltado para promover saúde física, psicológica e relacional infere-se na religiosidade. Não estamos falando de religião, mas de religiosidade. Estamos falando de família, de sentimento de pertencer a ela e de que ela também nos pertence. O uso da droga faz com que a menosprezemos.

“Um integrante não pode ser sempre mais importante que a família toda. Se assim fosse, a religiosidade estaria centrada neste integrante, e não na família.” [4]

Por fim, a cidadania desaparece.

“A qualidade do relacionamento humano, o que não se encontra em nenhum outro animal” [5]

Aqui é notório o efeito degradante em nossa sociedade. Cidadania é escolha em prol do bem comum. São direitos e deveres. Requer participação. O drogado não participa, ele apenas esta presente, porém confuso. Suas idéias são incompletas, são inexatas, são fáceis. Suas soluções frágeis como seu próprio aparelho psíquico.

“A juventude mundial está perdendo a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Desejos não resistem às dificuldades da vida, sonhos são projetos de vida, sobrevivem ao caos.”[6]



















[1] Nunca desista dos seus sonhos / Augusto Cury – Rio Janeiro : Sextante, 2004, pág. 11 e 12.
[2] Anjos Caídos – como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente, Editora Gente, 12.º edição, pág. 87.
[3] Ibidem, pág. 89.
[4] Ibidem, pág. 90.
[5] Ibidem, pág. 92.
[6] Nunca desista dos seus sonhos / Augusto Cury – Rio de Janeiro : Sextante, 2004, pág. 12

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Como Reconhecer o Início do Uso de Drogas


Sabemos que o uso de drogas se relaciona com alguns fatores de ordem psicológica e social. As necessidades de cada pessoa, suas vontades e personalidade influenciam na atitude de usar ou não usar drogas. O conhecer esta pessoa é o inicio da “investigação” sobre a possibilidade ou não dela estar usando droga. Psicologicamente pessoas depressivas têm mais suscetibilidade para se drogar. A euforia após o uso da droga faz com que o usuário acredite naquela alegria insustentável. Neste ponto, a pessoa triste começa a se tornar mais animada, porém mais fácil de se irritar. Alías, este é o primeiro grande sintoma do uso de droga, a irritação. A sociabilidade também é um indicativo. Com as drogas a pessoa começa a querer ficar sozinha ou acompanhada de apenas alguns amigos. O círculo de amizades vai diminuindo. Amigos que trabalham, estudam, que não podem ter uma vida relacionada às drogas começam a se afastar. Temos então dois sinais importantes: irritabilidade e diminuição da sociabilidade original.
Estes dois sinais são básicos e indiscutíveis. Note-se que apesar de indiscutíveis, esses sinais não são definitivos. Digamos que estes são sinais que qualquer observador que conheça minimamente a pessoa a ser observada pode identifica-los. A partir daí inicia-se uma averiguação mais importante.

1º Edição - junho 2009