quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tráfico de drogas usa portadores de Alzheimer

Nos aeroportos, está cada vez mais difícil a vida das “mulas” transportadoras de drogas proibidas, pela vigilância policial implacável.
O conceito de mula ficou, em termos de vigilância em aeroportos, mais amplo. Engloba também terroristas camicases. Não se restringe mais ao transportador de drogas, mas inclui os fanáticos dispostos a explodir aviões, de preferência em vôos com destino aos EUA.
Como as polícias nos aeroportos estão muito atentas e prontas a identificar e reprimir as mulas, uma nova estratégia está sendo empregada por narcotraficantes internacionais e virou objeto de preocupação na Europa.
Com efeito, portadores idosos de Alzheimer estão recebendo, pelo correio, pacotes individualizados nas suas casas. Na etiqueta, o nome é grafado corretamente e o destinatário chamado a assinar a guia comprobatória do recebimento. Esses pacotes logo desaparecem, sem lembrança por parte do doente. Dentro dele, que chega em nome do paciente de Alzheimer são encontradas porções de cocaína pura, debaixo de chinelos ou echarpes.
O último pacote descoberto e apreendido era proveniente da Venezuela. O destinatário, um aposentado de 80 anos, residente em Milão e portador de Alzheimer. Com o pacote na mão, o aposentado foi detido e conduzido, pelo policial disfarçado de carteiro, ao departamento de investigação. E ficou comprovada a sua absoluta incapacidade até para perceber o que estava sucedendo.
Com base na cooperação internacional entre países-membros da União Europeia, o alarme de atenção já foi disparado e campanhas de esclarecimento são preparadas.
Para policiais com experiência na repressão, tudo é planejado para o recebimento do pacote, com alguém pronto a recolher a droga. A ordem para os policiais da linha de frente é não esquecerem de verificar encomendas que cheguem da Venezuela, pois os descobertos com cocaína e destinados a vítimas de Alzheimer foram expedidos por lá.
Wálter Fanganiello Maierovitch

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