terça-feira, 1 de junho de 2010

War on Drugs - México - General Rebolo, czar antidrogas do México, na lista de pagamentos do cartel de Tijuana


General Rebolo
General Rebolo, czar antidrogas do México, na lista de pagamentos do cartel de Tijuana
O presidente mexicano Felipe Calderón perdeu o apoio popular à sua “guerra às drogas”. Uma guerra iniciada em parceria com o então presidente George W. Bush. Ela teve início no primeiro dia do mandato de Calderón, em 1º de dezembro de 2006.
Todos os cidadão mexicanos, no início entusiastas da War on Drugs, perceberam, a partir de 2008, a vitória dos cartéis sobre as forças governamentais. Pior, cerca de 70% dos mortos nessa guerra eram civis inocentes, sem qualquer correlação com a questão das drogas.
Segundo dados divulgados, em 2008 a War on Drugs mexicana produziu 6 mil mortos: 1.600 moravam em Ciudad Juarez. E os cartéis, para desafiar o exército mexicano envolvido por Calderón na guerra às drogas, adotaram, em 2010, a tática de cortar a cabeça dos mortos e espalhá-las nas pistas de estradas movimentadas.
Ontem, tropas do exército mexicano encontram um cemitério clandestino com 25 cadáveres. Esse cemitério era usado pelo o cartel do Golfo para enterrar algumas das vítimas que tinham sido sequestradas e cujo valor fixado para o resgate não havia sido pago. O cemitério clandestino fica no estado de Guerrero, na cidade de Taxco.
Um dos corpos encontrados, sem cabeça, era de Luiz Navarro, diretor do Centro de Reinserção Social da cidade de Morelos. Navarro tinha sido sequestrado no sábado 29 e sua cabeça foi cortada em quatro partes. Cada parte foi depositada em prédios diferentes da administração pública.
Junto aos pedaços da cabeça de Navarro foram deixadas mensagens, com ameaças de morte a funcionários públicos, federais, estaduais e municipais.
Pano Rápido. No México, apenas o presidente Calderón ainda não percebeu que a política de guerra às drogas de modelo norte-americano não dá bons resultados. Deveria ter escolhido outro caminho e percebido que o problema maior está na corrupção das suas polícias.
Até o czar antidrogas do México, general Gutierrez Rebolo (foto), já esteve na “gaveta” do cartel Tijuana. Depois de preso por pressão norte-americana, Rebolo disse necessitar do dinheiro do tráfico para poder sustentar uma dezena de amantes.
Wálter Fanganiello Maierovitch

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