terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito

Inaugurarán centro de tratamiento de drogas en Barrios Alto

Promovido por DEVIDA y la Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito Lima 03 diciembre 2012 - 
Módulo se implementa en Barrios altos por su cercanía a zonas donde los dependientes de drogas no tienen acceso a servicios.

Lima
Este jueves se inaugurará el módulo de atención para personas con problemas de uso y abuso de alcohol y otras drogas en el Centro de Salud “Juan Pérez Carranza”, ubicado en Barrios Altos.
La implementación de este módulo forma parte del Proyecto Regional para el Tratamiento de Farmacodependientes y sus consecuencias sociales (Treatnet), promovido por la Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito (UNODC), y estará dirigido a adolescentes, jóvenes y población en general mediante una atención ambulatoria.
Con esto, el Treatnet intenta concientizar a la población en general y a los trabajadores del sector salud sobre el tratamiento profesional que deben recibir las personas dependientes de estas sustancias.
La coordinadora de Treatnet en Latinoamérica, Isabel Palacios, indicó a INFOREGIÓN que desde el proyecto “se está abordando la dependencia de drogas como una enfermedad física” y no como un tema que se tenga que resolver por otros mecanismos, por lo que trabajar desde los centros de salud y hospitales es central.
“De esta manera, evitamos que haya estigmatización, porque si un dependiente va un centro de salud, no tiene esa mirada de que es un adicto o un marginal, no, porque está yendo ahí como la persona que tiene diabetes o como el que tiene problema de asma”, señaló.
Palacios refirió que es importante concienciar a la población sobre este tema, ya que todos conocemos a alguna persona que tiene este problema, pero que “la familia, la sociedad y los profesionales no saben cómo abordar”.
“Desde UNODC estamos impulsando este tema y poniéndolo sobre el tapete, a fin de que se concientice a las autoridades y a las familias y que sepan que la dependencia de droga es una enfermedad. No es que los tengan que discriminar, o patear o encarcela. Todavía, las autoridades siguen viendo al consumidor como un delincuente, como un perverso, como un vicioso y no es así”, indicó.
Por este motivo, el proyecto Treatnet ya ha implementado otros tres módulos de atención ambulatoria en nuestro país y que funcionan en el Hospital Provincial Docente Belén de Lambayeque, el Centro Penitenciario Sarita Colonia en el Callao y el Hospital de apoyo Santa Rosa de Piura. El módulo de Barrios Altos sería el cuarto.
“Estamos implementándolo en ese lugar, porque está muy cerca de toda la zona donde los dependientes de drogas no tienen acceso a servicios”, precisó Palacios.
Además de estos módulos, se viene realizando una serie de capacitaciones a profesionales de salud en nuestro país. Esto forma parte de un paquete de entrenamiento que surge tras la recopilación de las experiencias que hay en ese tema a nivel mundial y que ha formado la metodología con la que trabajan.
“Ya en el Perú hemos entrenado a más de mil profesionales, entre médicos, psiquiatras, psicólogos y enfermeras de las 23 regiones del país”, aseguró la coordinadora del Treatnet.
Cabe señalar que a la ceremonia de inauguración asistirán la ministra de Salud, Midori De Habich; la alcaldesa de Lima, Susana Villarán; la presidenta ejecutiva de DEVIDA, Carmen Masías; y el representante para Perú y Ecuador de la UNODC, Flavio Mirella.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Kate Winslet recebe críticas por promover filme sobre drogas


Kate Winslet recebe críticas por promover filme sobre drogas

03 de Dezembro de 2012  11h42
Kate Winslet promove o filme 'Quebrando o Tabu', assim como Morgan Freeman Foto: Getty Images
Kate Winslet promove o filme 'Quebrando o Tabu', assim como Morgan Freeman
Foto: Getty Images

A atriz Kate Winslet recebeu críticas por participar da divulgação de um documentário que apoia a descriminalização das drogas, chamadoQuebrando o Tabu. No vídeo de poucos segundos, ela afirma: "sou Kate Winslet e estou quebrando o tabu". 

O documentário tem a direção de um brasileiro:  Fernando Grostein Andrade. Personalidades como Fernando Henrique Cardoso, Gael Garcia Bernal e Bill Clinton aparecem no filme, que, além de Winslet, teve outros nomes de peso em sua divulgação, como Morgan Freeman e Yoko Ono.
 
Kate aparece ao lado de Richard Branson no vídeo (o produtor executivo do documentário é Sam Branson, filho de Richard). Atualmente, ela namora o sobrinho de Richard, Ned Rocknroll.
 
A atriz se disse feliz por promover o filme, mas ouviu críticas de diversas partes. Mary Brett, que integra um grupo anti-maconha, disse que a atitude da ganhadora do Oscar foi "completamente irresponsável".
 
"Kate serve como modelo para muitas pessoas. Esse tipo de mensagens para para as crianças que drogas são boas, e elas não são. Gostaria que ela percebesse o quão idiota ela soa", disse Brett ao jornal Daily Mail.
 
A campanha promovida pelo documentário visa a discutir a questão da legalização e combate à "guerra das drogas".
 
Fontes próximas à atriz disseram à publicação que Kate concorda com o filme, mas não com todas as propostas da campanha, que incentiva a descriminalização de drogas, e que a intenção da atriz foi de promovoder o debate

Política Criminal Equivocada do Estado de São Paulo. O Perfil Profissional do Secretário de Segurança.


Política Criminal Equivocada do Estado de São Paulo.
O Perfil Profissional do Secretário de Segurança.


Qual o preço a pagar por uma política criminal equivocada? Em quanto tempo um governo consegue reestruturar sua segurança pública?

No Estado de São Paulo, PSDB e promotores de justiça comandam a Política Criminal há 20 anos. A sensação de insegurança só aumentou.

Os Secretários de Segurança Promotores de Justiça do Estado de SP são os responsáveis pela política criminal sem planejamento de longo prazo.

(Como realizar uma política criminal de longo prazo nos Estados? Em primeiro estabelecendo princípios, fundamentos e objetivos.)

Será que o perfil profissional de Promotor de Justiça é o ideal para comandar a SSPSP?

Para analisarmos o perfil ideal de um Secretario de Segurança devemos observar as competências do cargo "lato sensu".

O Secretario de Segurança é o responsável pela administração das policias. Com esse poder ele é capaz melhorar ou piorar a policia que desejar.

Caso o Secretário de Segurança pender politicamente para o lado de uma das polícias o equilíbrio necessário entre elas será rompido.

(O necessário equilíbrio entre as instituições policiais)

O Promotor de Justiça é fiscal das polícias. Sua opinião sobre as polícias tende a ser tendenciosa. O crítico punidor é diferente do critico construtivo.

(O MP como crítico punidor das policias)

É fato notório o desconforto existente entre a Polícia Civil e seu fiscal o Ministério Público. O MP se julga o "que pode mais".

Promotores lutam pela competência de investigar. Delegados têm o monopólio constitucional da investigação.

Em São Paulo a atividade política dos promotores centrou-se no PSDB. Delegados há muito são oposição.

Sendo do interesse do MP a investigação criminal, a desqualificação do trabalho da Policia Civil torna-se interessante ao MP.

Um Secretario Promotor de Justiça, ex-fiscal da PC, defendendo a investigação pelo MP e ligado ao PSDB não terá interesse em melhorar a PC.

Imagine esse quadro há 20 anos em SP:

SSP + MP + querer a investigação + Delegados na oposição + PM MP = SUCATEAMENTO da Policia Civil

A prova do SUCATEAMENTO da PC está na atual situação das delegacias do interior, na desmotivação e na desvalorização salarial dos Delegados de Polícia.

Entendemos que membros do MP, pelas razões expostas não possuam a devida isenção necessária para o cargo de Secretário de Segurança Pública do Estado.

Portanto, a política criminal do Governo do Estado de SP começa equivocar-se já na escolha de seu Secretário de Segurança.

“The New York Times” relaciona morte de PMs a falta de apoio e baixos salários



Domingo, 02 de Dezembro de 2012 – 15h11
Polícia-SP: Jornal relaciona morte de PMs a falta de apoio e baixos salários
FolhaPress
SÃO PAULO, SP, 2 de dezembro (Folhapress) – O jornal americano “The New York Times” voltou a retratar a violência em São Paulo em artigo de opinião publicado ontem. De acordo com o jornal, o alto número de policiais militares assassinados está relacionado aos salários baixos e a falta de apoio oferecida pelo Estado aos PMs.
O texto foi assinado por Graham Denyer Willis – candidato a pós-doutorado em estudos e planejamento urbano no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e que realiza pesquisa focada na cidade de São Paulo.
Segundo a publicação, a polícia de São Paulo vive uma guerra contra o PCC. “Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 – número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade”.
Para o pesquisador, o alto número de PMs assassinados é reflexo da falta de apoio que recebem do governo, já que com salários baixos, os soldados são forçados a viverem em comunidades pobres, próximo a membros de facções criminosas.
“Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança”, diz o artigo.
O caso de Marta Umbelina da Silva de Moraes, 44, primeira mulher a morrer nos assassinatos em série de PMs na Grande São Paulo, é citado no artigo. No dia 3 de novembro, a soldado – que realizava trabalhos administrativos e nunca prendeu ninguém – levou ao menos dez tiros ao chegar em casa, na Vila Brasilândia, também zona norte, depois de ter ido buscar a filha caçula, de 11 anos.
De acordo com o “NYT”, “o único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço.”
Segundo o texto, é quase impossível “subir os degraus corporativos da força policial”. “Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica”. Sem conseguir deixar as comunidades pobres, os policiais são forçados a esconder a profissão, evitar qualquer tipo de contato social, tornar-se corrupto ou até mesmo participar de grupos de milícia, diz o artigo.
O pesquisador afirma que os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. “Apesar de ter aumentado modestamente o salário dos policiais nos últimos anos, [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] fez pouco para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão”.
Para Willis, a troca da cúpula de Segurança Pública do Estado é um avanço, mas a nova liderança deve estar aberta “a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema”.
“O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais”, conclui o artigo.
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O Que Está Matando a Polícia Brasileira?



Na noite de sábado, 3 de novembro, Marta Umbelina da Silva, uma policial militar de São Paulo e mãe solteira de três filhos, foi assassinada na frente de sua filha de 11 anos, na porta de sua casa em Brasilândia, uma comunidade desfavorecida na Zona Norte da cidade.
By GRAHAM DENYER WILLIS
Os registros da polícia mostram que Marta, 44 anos, nunca havia prendido ninguém em seus 15 anos de carreira. Ela era uma entre centenas de oficiais de baixo escalão encarregados principalmente da administração interna.
A maior cidade da América Latina continua descendendo em uma violenta rixa sangrenta entre a polícia e uma facção do crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 — número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade.
Essa estatística esconde uma história mais profunda sobre as cidades latino-americanas, sua polícia e a guerra contra as drogas.
O único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço. Os assassinatos têm se concentrado nas áreas pobres da cidade e muitas vezes ocorrem na porta de suas casas. As vítimas costumam ser conhecidas em suas comunidades e moradoras de zonas controladas pelo crime organizado, longe da proteção proporcionada nas partes ricas da cidade.
Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança.
Nos anos 1990, facções criminosas como o PCC emergiram em prisões violentas e começaram a disputar territórios urbanos. O controle relapso das armas de fogo, as fronteiras pouco vigiadas e o lucrativo tráfico de drogas tornaram a situação pior.
“A gente jogou bola juntos quando éramos crianças” − contou-me recentemente um policial civil chamado André, referindo-se aos traficantes locais − “mas eu consegui seguir pelo caminho certo”. André cresceu em Jardim Ângela, bairro de São Paulo antes considerado o mais perigoso do planeta pela Organização das Nações Unidas.
Sua infância se assemelha à de muitas crianças pobres. Ele morava em uma casa construída por seus avós imigrantes e estudava em escola pública. Na adolescência, escapou de gangues de traficantes rivais e de grupos de extermínio formados por policiais fora de serviço. Comuns em muitas cidades brasileiras, esses esquadrões anticrime variam de justiceiros locais a grupos paramilitares conhecidos como milícias.
Recentemente, André precisou deixar o Jardim Ângela, depois de ser acusado de delação por traficantes. Atualmente, para viver em relativo anonimato em outra parte da cidade, ele precisa emendar turnos em três ou quatro empregos.
Muitos dos que hoje são policiais civis e militares foram amigos ou colegas de escola dos atuais membros do crime organizado. Vários policiais têm parentes que se casaram com criminosos e, às vezes, continuam morando ao lado ou de frente uns para os outros. Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica. Sem se afastar do trabalho para estudar durante alguns anos, é impossível subir os degraus corporativos da força policial.
Com poucos meios de sair das comunidades carentes, os policiais encontram outras maneiras de sobreviver. Alguns deixam suas armas e distintivos no trabalho. Outros assumem identidades diferentes em suas vizinhanças como professores de história, motoristas de táxi ou seguranças privados, ou passam despercebidos por grupos criminosos simplesmente por não se socializarem. Há também os policiais corruptos que pertencem à “folha de pagamento” das organizações criminosas, assim como aqueles que escolhem se tornar milicianos.
Em junho, antes da crise atual, um policial civil me disse que a coexistência com o PCC tem a mesma dinâmica de contenção da Guerra Fria e as consequências reais da destruição mutuamente garantida.
Embora tentem, os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já testemunhou tamanha violência anteriormente. Alckmin governou o estado antes de uma série de ataques do PCC em 2006 e aumentou modestamente os salários dos policiais militares nos últimos anos, o que não tem feito muito para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão.
Há um grande abismo entre o que os políticos acreditam que deveria acontecer e as consequências de suas ações para os policiais em áreas pobres. Na verdade, prometer a submissão das facções à autoridade, como fez Alckmin, atiça o fogo da retaliação. Sua recente afirmação de que “quem não reagiu está vivo” – uma nova versão da frase usada pelo ex-governador Luiz Antônio Fleury para descrever o massacre de 111 detentos no presídio de Carandiru − provocou o PCC, disparando a contagem dos corpos e trazendo São Paulo de volta a uma era de repressão policial. As vítimas são, geralmente, os alvos mais próximos e fáceis — pessoas como Marta.
A polícia não pode atender às expectativas públicas enquanto estiver preocupada em esconder sua própria identidade. As propostas para a segurança pública precisam refletir essa realidade. O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais.
A recente troca na secretaria de segurança pública e no comando das polícias militar e civil é um avanço, mas é necessário que essa nova liderança esteja aberta a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema.
Uma coisa é certa: sem uma nova abordagem, a violência talvez nunca diminua verdadeiramente.
Graham Denyer Willis é doutorando em Estudos e Planejamento Urbano no Massachusetts Institute of Technology. Este artigo foi traduzido do inglês por Aline Domingues e Camila Teicher.http://www.nytimes.com/2012/12/02/opinion/sunday/in-brazil-poverty-is-deadly-for-police-officers-portuguese.html?pagewanted=2