quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Portugal's unorthodox war on drugs

Portugal's unorthodox war on drugs
Portugal decriminalized the possession of recreational drugs 10 years ago. Could its policy provide lessons for U.S. lawmakers?
posted on September 30, 2010, at 7:15 AM

Marijuana use has plummeted since Portugal decriminalized drugs. Photo: Corbis SEE ALL 25 PHOTOS
As Californians prepare to vote on whether to legalize marijuana possession in the state, it may be worth looking to Europe to see how liberal drug policies work — specifically in Portugal, where the possession of drugs has not carried a criminal penalty since 2001. (Watch a report about Portugal's loose drug laws.) Here is a look at how decriminalization has helped — and hindered — Portugal's war against drug abuse:
Why did Portugal decide to decriminalize drugs?During the 1990s, the country had one of the highest rates of hard-drug use in Europe, with 100,000 heroin addicts. Instead of cracking down on drug abusers, the government decriminalized the possession of drugs for personal use in June 2001. "The idea is to get away from punishment toward treatment," a government spokesperson said at the time.
What happens if you are caught using drugs in Portugal?Drug users must meet with a panel of psychologists, social workers, and legal advisors, and agree to undergo treatment for addiction instead of going to prison. This penalty covers all recreational drugs, from marijuana to heroin. Possession over a certain amount can still land you in jail, as can dealing and trafficking.
Did it work?It depends on whom you ask. According to libertarian think tank the Cato Institute, illegal drug use among Portuguese teenagers declined after 2001, and 45 percent of the country's heroin addicts sought medical treatment. Marijuana use in particular has plummeted — only 10 percent of Portuguese adults are now pot smokers, less than the proportion of Americans who are regular cocaine users. But critics of the policy, such as the Association for a Drug-Free Portugal, say overall consumption of drugs in the country has actually risen by 4.2 percent since 2001 and claim the benefits of decriminalization are being "over-egged."
What lesson could this have for California, and the U.S. as a whole?Imposing a "Portugal plan" would be a "major step in the right direction" for California, says Bob Morris at California Independent Voters Network. Decriminalizing or legalizing drugs would break the hold of Mexican drug cartels, and thousands of former druggies would become "law-abiding taxpayers" rather than prison-bound wards of the state. But others say it could never happen in the U.S. "The war on drugs is a real industry, especially where prisons have been privatized," says AIDS expert Dr. Evan Wood, quoted in AOL News. The result is a "political quagmire" whenever decriminalization is mentioned.

Droga/Berlusconi. Punire di piu i consumatori...negara le politiche di tutta Ue?


Droga/Berlusconi. Punire di piu' i consumatori.... negare le politiche di tutta Ue?



Articolo di Donatella Poretti *
10 settembre 2010 17:02

Il nostro capo del Governo, nel suo intervento al forum per la democrazia di Yaroslav, per meglio combattere il traffico di droga ha auspicato piu' forti sanzioni sul consumo individuale per un periodo di almeno tre anni. Ovviamente gli ha fatto eco il sottosegretario Carlo Giovanardi. Non so se Silvio Berlusconi abbia detto questo per omaggiare i suoi colleghi russi che, in materia, sono un disastro, peggio degli italiani; e mi auguro, per il nostro Paese, che affermazioni del genere rientrino nella sfera abituale di quelle in cui il premier sostiene di non essere stato capito... e dice il contrario. So bene, invece, che cio' che puo' combattere il traffico di droghe e relativa gestione da parte delle delinquenze internazionali, non e' certo l'aumento di sanzioni per i consumatori. Ci sono due approcci alla lotta per la droga: sulla domanda e sull'offerta. Finora i trattati internazionali hanno consentito l'approccio di quasi tutti gli Stati su entrambi gli ambiti. Chi ha avuto un polso duro su entrambi ha solo peggiorato la situazione (gli Usa in particolare). Chi ha usato il polso duro contro l'offerta e politiche di riduzione del danno e decriminalizzazione sulla domanda, ha ottenuto qualche risultato, soprattutto nel trattare da malati e non delinquenti i tossicodipendenti e impedire che le forze dell'ordine fossero essenzialmente concentrate nella caccia al giovane che fuma lo spinello piuttosto che spacciatori e trafficanti.Ed e' guardando ai risultati che si fanno le politiche, non solo a cio' che sembra chiederci l'alleato di turno (Russia nella fattispecie). Ovviamente sto parlando di politiche per gli interessi degli amministrati e non politiche per consolidamento e rafforzamento del proprio potere, che' queste ultime non guardano in faccia nessuno... figuriamoci i milioni di consumatori clandestini che ci sono nel nostro Paese. Nel momento in cui diversi ex-presidenti di Paesi Latinoamericani si stanno schierando per la decriminalizzazione del consumo e l'intensificazione della lotta alla delinquenza, nel momento in cui la California si appresta ad uno storico referendum per la legalizzazione della marijuana che viene dato per vincente; nel momento in cui quasi tutti gli Stati europei stanno perseguendo con successo politiche di riduzione del danno.... ..... il nostro capo del Governo decide, sulla scena internazionale, di ributtare il nostro Paese indietro di decenni? Bah, speriamo di non aver capito.....* senatrice Radicali/Pd

ONU: Narcotráfico socava democracia, denuncia Guatemala

The Associated Press
NACIONES UNIDAS -- El tráfico de drogas "ha socavado" las instituciones democráticas de Guatemala y se ha extendido "de manera preocupante" en la región, declaró el martes el representante del país ante las Naciones Unidas.
"En la última década se ha enraizado en nuestro país un conjunto de actividades ilícitas vinculadas con el crimen organizado", dijo Gert Rosenthal, representante permanente de Guatemala ante la ONU. "El tráfico de personas, armas y estupefacientes y el blanqueo de dinero se han extendido de forma preocupante, ante el doble embate que significa la capacidad de los grupos del crimen organizado de cooptar, combinado con su capacidad de intimidar".
Guatemala se ha unido a los esfuerzos regionales de vecinos como México para combatir ese serio problema, dijo Rosenthal, quien mencionó la creación de la Comisión Internacional contra la Impunidad en su país.
El representante nicaragüense habló ante la Asamblea General de la ONU que se lleva a cabo en estos días en Nueva York.
Rosenthal aprovechó para pedir una reforma del Consejo de Seguridad, exhortando a que sea más democrático.
"Pensamos que es crucial darle mayor legitimidad a este foro, lo cual redundaría en beneficio de todos los principales órganos, y de la organización en su conjunto", declaró. Read more: http://www.elnuevoherald.com/2010/09/28/811007/onu-narcotrafico-socava-democracia.html#ixzz111WYnXHn

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Apreensão de Maconha - Unodc


World Drug Report 2010 - UNODC




Relatório Mundial sobre Drogas 2010 revela tendências de novas drogas e de novos mercados
23 de junho de 2010 - O Relatório Mundial sobre Drogas 2010, divulgado nesta quarta-feira pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mostra que o consumo de drogas está se deslocando em direção a tendências de novas drogas e de novos mercados. O cultivo de drogas está diminuindo no Afeganistão (ópio) e nos países andinos (coca), e o consumo de drogas tem se estabilizado nos países desenvolvidos. Entretanto, há sinais de aumento no consumo de drogas nos países em desenvolvimento, além de um aumento no consumo de substâncias do tipo anfetamina (ATS, na sigla em inglês) e no abuso de medicamentos sob prescrição em todo o mundo.
Redução do cultivo de ópio e de coca
O Relatório mostra que a oferta mundial dos dois tipos de drogas mais problemáticos - opiáceos e cocaína - continua em declínio. A área global de cultivo de ópio caiu quase um quarto (23%) nos últimos dois anos, e a produção de ópio deve cair drasticamente em 2010, devido a uma praga que pode destruir até um quarto da papoula do Afeganistão. O cultivo de coca, que diminuiu 28% na última década, manteve a tendência de queda em 2009. A produção mundial de cocaína diminuiu de entre 12% e 18% no período de 2007 a 2009.
Heroína: diminuição da produção, mas poucas apreensões
O potencial global de produção de heroína caiu 13% para 657 toneladas em 2009, refletindo uma menor produção de ópio no Afeganistão e em Mianmar. A quantidade de heroína que efetivamente chega ao mercado é muito menor (cerca de 430 toneladas), uma vez que grandes quantidades de ópio estão sendo armazenadas. O UNODC estima que existam atualmente mais de 12 mil toneladas de ópio afegão estocadas - o que equivale a cerca de dois anos e meio de demanda global ilícita de opiáceos. O mercado global de heroína, estimado em US$ 55 bilhões, está concentrado no Afeganistão (país responsável por 90% da oferta), na Rússia, no Irã e na Europa Ocidental, que, juntos, consomem metade da heroína produzida no mundo. Embora o Afeganistão seja o maior produtor de opiáceos do mundo, o país apreende menos de 2% dessa produção. Irã e Turquia lideram os índices de apreensão, sendo responsáveis por mais da metade de toda a heroína apreendida no mundo em 2008. As taxas de interceptação em outros lugares são muito menores. Ao longo da rota do norte, os países da Ásia Central somente apreendem meros 5% das 90 toneladas de heroína que cruzam seu território em direção a Rússia. Por sua vez a Rússia, que consome 20% da produção de heroína do Afeganistão, apreende apenas 4% desse fluxo. Os números são ainda piores ao longo da rota dos Bálcãs: alguns países do Sudeste da Europa, incluindo estados membros da União Europeia, interceptam menos de 2% da heroína que atravessa seu território.
O mercado de cocaína está mudando
O Relatório Mundial sobre Drogas 2010 revela que o consumo de cocaína tem diminuído significativamente nos Estados Unidos, nos últimos anos. O valor de varejo no mercado de cocaína nos Estados Unidos diminuiu cerca de dois terços na década de 1990, e cerca de um quarto na década passada. "Um dos motivos para a violência associada às drogas no México é que os carteis estão lutando por um mercado que está diminuindo", disse o Diretor Executivo do UNODC, Antonio Maria Costa. "Essa disputa interna é benéfica para a América, pois a escassez de cocaína está resultando em menores índices de dependência, preços mais elevados e menor pureza nas doses". De certa forma, o problema atravessou o Atlântico: na última década, o número de usuários de cocaína na Europa duplicou, passando de 2 milhões, em 1998, para 4,1 milhões em 2008. Em 2008, o mercado europeu (estimado em US$ 34 bilhões) chegou a ser quase tão valioso quanto o mercado norte-americano (US$ 37 bilhões). A mudança na demanda acarretou uma mudança nas rotas de tráfico, com uma quantidade crescente de cocaína sendo traficada dos países andinos para a Europa, via África Ocidental. Isso está causando instabilidade na região. "Pessoas que consomem cocaína na Europa estão destruindo florestas nativas dos países andinos e corrompendo governos na África Ocidental", disse Costa.
Uso de drogas sintéticas ultrapassa o de opiáceos e de cocaína somados
O número global de pessoas que usam estimulantes do tipo anfetamina (ATS), estimado em algo entre 30 a 40 milhões, em breve deverá ultrapassar o número somado de usuários de opiáceos e de cocaína. Há também evidências de um crescente abuso de medicamentos vendidos sob prescrição médica. "Não vamos resolver o problema mundial da droga se simplesmente empurrarmos o vício da cocaína e heroína para outras substâncias que causam dependência - e há quantidades infinitas dessas substâncias sendo produzidas por laboratórios clandestinos a custos baixíssimos", advertiu Costa. O mercado das ATS é mais difícil de ser controlado porque a rota do tráfico é muito curta (a produção geralmente ocorre perto dos principais mercados de consumo), e pelo fato de que muitas das matérias-primas são legais e amplamente disponíveis. Os fabricantes são rápidos na comercialização de novos produtos (como quetamina, piperazinas, Mefedrona e Spice) e na exploração de novos mercados. "Essas novas drogas causam um problema duplo. Primeiramente, elas são produzidas num ritmo muito mais rápido do que as normas regulatórias e a lei podem acompanhar. Em segundo lugar, a comercialização dessas drogas é engenhosamente inteligente, pois são fabricadas sob encomenda, de modo a satisfazer as preferências específicas de cada situação", disse Costa. O número de laboratórios clandestinos de ATS relatados aumentou 20% em 2008, inclusive em países onde esses laboratórios nunca antes haviam sido detectados. A fabricação de ecstasy tem aumentado na América do Norte (principalmente no Canadá) e em várias partes da Ásia, e o consumo parece estar aumentando na Ásia. Em outra demonstração da fluidez dos mercados de drogas, o consumo de ecstasy na Europa vem caindo desde 2006.
A maconha continua sendo a droga mais popular do mundo
A maconha continua sendo a substância ilícita mais amplamente produzida e utilizada no mundo: é cultivada em quase todos os países do mundo e consumido por algo entre 130 a 190 milhões pessoas pelo menos uma vez por ano - apesar de esses parâmetros não dizer muito em termos de dependência. O fato de que o consumo de maconha esteja diminuindo em alguns de seus mercados mais valiosos, leia-se América do Norte e partes da Europa, ele representa outra indicação de mudança nos padrões do abuso de drogas. O UNODC encontrou evidências de cultivo indoor de maconha para fins comerciais em 29 países, especialmente na Europa, na Austrália e na América do Norte. O cultivo indoor de maconha é um negócio lucrativo e que, cada vez mais, se torna uma fonte de recursos para grupos criminosos. Com base em dados recolhidos em 2009, o Afeganistão é hoje o maior produtor mundial de haxixe (assim como de ópio).
Tratamento para dependentes é insuficiente
O Relatório Mundial sobre Drogas 2010 expõe uma grave falta de serviços de tratamento para usuários de drogas em todo o mundo. "Enquanto pessoas de países ricos podem pagar pelo tratamento, pessoas pobres e/ou países pobres estão enfrentando as piores consequências à saúde", alertou o chefe do UNODC. O relatório estima que, em 2008, apenas cerca de um quinto dos usuários de drogas dependentes receberam tratamento no ano passado - o que significa cerca de 20 milhões de pessoas dependentes de drogas sem receber tratamento adequado. "Já está na hora de haver acesso universal ao tratamento para as drogas", disse Costa. Ele considera que a saúde é a peça-chave no controle de drogas. "A dependência é um problema de saúde tratável, não uma sentença morte. Os dependentes de drogas devem ser encaminhados para tratamento, não para a prisão. E o tratamento da dependência de drogas deve fazer parte dos serviços de saúde em geral". Ele também fez um apelo por um maior respeito pelos direitos humanos. "Só porque as pessoas usam drogas ou estão atrás das grades, isso não elimina seus direitos. Faço um apelo aos países onde as pessoas são executadas por crimes relacionados com drogas, ou pior, são mortos a tiros por grupos de extermínio, para acabar com essas práticas".
Sinais de alerta nos países em desenvolvimento
Costa destacou os perigos do uso de drogas nos países em desenvolvimento. "As forças do mercado já moldaram as dimensões assimétricas da economia da droga: os maiores consumidores de drogas (os países ricos) impuseram aos países pobres (os principais locais de abastecimento e de tráfico) os maiores danos", disse Costa. "Os países pobres não estão em condições de absorver as consequências do aumento do consumo de drogas. Os países em desenvolvimento enfrentam uma crise iminente que poderá levar milhões de pessoas para o problema da dependência de drogas". Ele citou como exemplos o crescimento do consumo de heroína na África Oriental, o aumento do uso de cocaína na África Ocidental e na América do Sul e o aumento na produção e no abuso de drogas sintéticas no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. "Nós não vamos resolver o problema mundial da droga deslocando o consumo dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento", disse Costa.
Tráfico de drogas e instabilidade
O Relatório Mundial sobre Drogas 2010 traz um capítulo especial sobre a influência desestabilizadora do tráfico de drogas nos países de trânsito, focando em particular no caso da cocaína. Ele mostra como o subdesenvolvimento e a fragilidade dos governos atrai o crime, ao mesmo tempo em que o crime aprofunda a instabilidade. O documento mostra como a riqueza, a violência e o poder do tráfico de drogas podem comprometer a segurança e até mesmo a soberania dos estados. A ameaça à segurança instaurada pelo tráfico de drogas esteve na pauta do Conselho de Segurança das Nações Unidas em diversas oportunidades no ano passado. Embora a violência relacionada às drogas no México receba uma atenção considerável, o Triângulo Norte da América Central, composto por Guatemala, Honduras e El Salvador está sendo ainda mais afetado, com taxas de homicídio muito mais elevadas do que as do México. O Relatório diz que a Venezuela emergiu como um ponto importante de origem para a cocaína traficada para a Europa: entre 2006 e 2008, mais da metade de todos os carregamentos marítimos interceptados com cocaína para a Europa veio da Venezuela. O Relatório destaca a situação de instabilidade na África Ocidental, que se tornou um centro de tráfico de cocaína. O documento observa que "traficantes conseguiram cooptar figuras importantes de algumas sociedades de regime autoritário", citando o caso recente da Guiné-Bissau. Costa pediu mais desenvolvimento para reduzir a vulnerabilidade ao crime e para um maior esforço na aplicação da lei para lidar contra o tráfico de drogas. "Se não enfrentarmos de forma efetiva a ameaça representada pelo crime organizado, nossa sociedade será mantida como refém - e o controle de drogas ficará comprometido por reiteradas manifestações para acabar com as convenções de drogas da ONU, as quais críticos apontam como causa da criminalidade e da instabilidade. Isso irá desfazer o progresso conquistado pelo controle de drogas na última década e desencadear um desastre em termos de saúde pública", alertou. "A menos que a prevenção e o tratamento sejam levados mais a sério, o apoio da opinião pública para as convenções de drogas da ONU irá diminuir".
Acesso ao conteúdo
Texto integral do Relatório Mundial sobre Drogas 2010, em inglês (em alta resolução ou baixa resolução)
Sumário Executivo (em inglês, em alta resolução ou em baixa resolução, ou em espanhol)
Resumo das referências ao Brasil e ao Cone Sul (em português ou espanhol)
Mensagem do Secretário-Geral da ONU pelo Dia Internacional Contra o Tráfico e o Abuso de Drogas (em português, espanhol ou inglês)
Informações adicionais
Marcos Ricardo dos Santos Assessoria de Comunicação - UNODC Brasil e Cone Sul Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime Tel: +55 (61) 3204-7206 Cel: +55 (61) 9149-0973

Drugs in Portugal: Did Decriminalization Work?


Drugs in Portugal: Did Decriminalization Work?

Pop quiz: Which European country has the most liberal drug laws? (Hint: It's not the Netherlands.)
Although its capital is notorious among stoners and college kids for marijuana haze–filled "coffee shops," Holland has never actually legalized cannabis — the Dutch simply don't enforce their laws against the shops. The correct answer is Portugal, which in 2001 became the first European country to officially abolish all criminal penalties for personal possession of drugs, including marijuana, cocaine, heroin and methamphetamine.
At the recommendation of a national commission charged with addressing Portugal's drug problem, jail time was replaced with the offer of therapy. The argument was that the fear of prison drives addicts underground and that incarceration is more expensive than treatment — so why not give drug addicts health services instead? Under Portugal's new regime, people found guilty of possessing small amounts of drugs are sent to a panel consisting of a psychologist, social worker and legal adviser for appropriate treatment (which may be refused without criminal punishment), instead of jail. (See the world's most influential people in the 2009 TIME 100.)
The question is, does the new policy work? At the time, critics in the poor, socially conservative and largely Catholic nation said decriminalizing drug possession would open the country to "drug tourists" and exacerbate Portugal's drug problem; the country had some of the highest levels of hard-drug use in Europe. But the recently released results of a report commissioned by the Cato Institute, a libertarian think tank, suggest otherwise.
The paper, published by Cato in April, found that in the five years after personal possession was decriminalized, illegal drug use among teens in Portugal declined and rates of new HIV infections caused by sharing of dirty needles dropped, while the number of people seeking treatment for drug addiction more than doubled.
"Judging by every metric, decriminalization in Portugal has been a resounding success," says Glenn Greenwald, an attorney, author and fluent Portuguese speaker, who conducted the research. "It has enabled the Portuguese government to manage and control the drug problem far better than virtually every other Western country does."
Compared to the European Union and the U.S., Portugal's drug use numbers are impressive. Following decriminalization, Portugal had the lowest rate of lifetime marijuana use in people over 15 in the E.U.: 10%. The most comparable figure in America is in people over 12: 39.8%. Proportionally, more Americans have used cocaine than Portuguese have used marijuana.
The Cato paper reports that between 2001 and 2006 in Portugal, rates of lifetime use of any illegal drug among seventh through ninth graders fell from 14.1% to 10.6%; drug use in older teens also declined. Lifetime heroin use among 16-to-18-year-olds fell from 2.5% to 1.8% (although there was a slight increase in marijuana use in that age group). New HIV infections in drug users fell by 17% between 1999 and 2003, and deaths related to heroin and similar drugs were cut by more than half. In addition, the number of people on methadone and buprenorphine treatment for drug addiction rose to 14,877 from 6,040, after decriminalization, and money saved on enforcement allowed for increased funding of drug-free treatment as well.
Portugal's case study is of some interest to lawmakers in the U.S., confronted now with the violent overflow of escalating drug gang wars in Mexico. The U.S. has long championed a hard-line drug policy, supporting only international agreements that enforce drug prohibition and imposing on its citizens some of the world's harshest penalties for drug possession and sales. Yet America has the highest rates of cocaine and marijuana use in the world, and while most of the E.U. (including Holland) has more liberal drug laws than the U.S., it also has less drug use.
"I think we can learn that we should stop being reflexively opposed when someone else does [decriminalize] and should take seriously the possibility that anti-user enforcement isn't having much influence on our drug consumption," says Mark Kleiman, author of the forthcoming When Brute Force Fails: How to Have Less Crime and Less Punishment and director of the drug policy analysis program at UCLA. Kleiman does not consider Portugal a realistic model for the U.S., however, because of differences in size and culture between the two countries.
But there is a movement afoot in the U.S., in the legislatures of New York State, California and Massachusetts, to reconsider our overly punitive drug laws. Recently, Senators Jim Webb and Arlen Specter proposed that Congress create a national commission, not unlike Portugal's, to deal with prison reform and overhaul drug-sentencing policy. As Webb noted, the U.S. is home to 5% of the global population but 25% of its prisoners.
At the Cato Institute in early April, Greenwald contended that a major problem with most American drug policy debate is that it's based on "speculation and fear mongering," rather than empirical evidence on the effects of more lenient drug policies. In Portugal, the effect was to neutralize what had become the country's number one public health problem, he says.
"The impact in the life of families and our society is much lower than it was before decriminalization," says Joao Castel-Branco Goulao, Portugual's "drug czar" and president of the Institute on Drugs and Drug Addiction, adding that police are now able to re-focus on tracking much higher level dealers and larger quantities of drugs.
Peter Reuter, a professor of criminology and public policy at the University of Maryland, like Kleiman, is skeptical. He conceded in a presentation at the Cato Institute that "it's fair to say that decriminalization in Portugal has met its central goal. Drug use did not rise." However, he notes that Portugal is a small country and that the cyclical nature of drug epidemics — which tends to occur no matter what policies are in place — may account for the declines in heroin use and deaths.
The Cato report's author, Greenwald, hews to the first point: that the data shows that decriminalization does not result in increased drug use. Since that is what concerns the public and policymakers most about decriminalization, he says, "that is the central concession that will transform the debate."

Time afirma que descriminalização do consumo de drogas em Portugal está a resultar

www.ionline.pt
A lei de 2001 que descriminaliza o consumo de drogas em Portugal está a resultar. A afirmação é da revista Time e tem como base os resultados de um relatório do Cato Institute, um centro de investigação norte-americano.No relatório citado pela revista, pode ler-se que nos cinco anos após a lei ter sido publicada, o consumo de drogas pelos adolescentes Portugueses diminuiu e a taxa de novas infecções com Sida pela partilha de seringas diminuiu. O número de pessoas que procuraram ajuda para lidar com as drogas uplicou.Foi um “sucesso ressonante” disse Glenn Greenwald, o advogado que conduziu a investigação que levou ao relatório: “permitiu ao governo português lidar melhor com o problema das drogas do que qualquer outro país do ocidente”.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Books


Cocaine Nation
Tom Feiling's Cocaine Nation is a shocking, in-depth study of the cocaine industry, taking the reader from the fields of Colombia to the streets of New York. Cutting through the myths about the white trade, this is the story of cocaine as it's never been told before.

Cannabinomics
As we move toward a regulated and economically integrated cannbis trade, Christopher Glenn Fichtner, M.D., calls for a stakeholder-inclusive regulatory process. Cannabinomics reframes the marijuana debate and offers a new paradigm for public conversation on key drug policy isssues of our time.


DPA: Drug Policy Alliance


Time to end the war on marijuana

Time to end the war on marijuana
By Bill Piper, Special to CNN
edition.cnn.com/2010



Bill Piper is the director of national affairs for the Drug Policy Alliance

Bill Piper: Despite all the arrests and money spent, youth marijuana use is increasing
Piper: Overdoses not reported; criminals thrive, jails filled with nonviolent offenders
As we do with alcohol, he writes, bad behavior, not use, should be punished
Marijuana will be legalized, but how many lives and money will be wasted first, Piper asks

(CNN) -- It's as predictable as the sun rising and setting. Even though police made more than 850,000 marijuana arrests last year, a recent government report shows youth marijuana use increased by about 9 percent.
Supporters of the failed war on drugs will no doubt argue this increase means policymakers should spend more taxpayer money next year arresting and incarcerating a greater number of Americans. In other words, their solution to failure is to do more of the same. Fortunately, the "reform nothing" club is getting mighty lonely these days -- 76 percent of Americans recognize the drug war has failed; millions are demanding change.
In the almost 40 years since President Nixon declared a war on drugs, tens of millions of Americans have been arrested and hundreds of billions of dollars have been spent. Yet drugs are just as available now as they were then.
It is hard to find even an elected official who hasn't used marijuana or other illegal drugs. President Obama used drugs. Former President George W. Bush made taped comments that many interpreted as indicating he did too. Then there's Bill Clinton, who famously said he smoked pot but didn't inhale. Al Gore, Newt Gingrich and Sarah Palin admit they used drugs.
Drug use is so widespread the FBI changed its policy of not hiring people with a history of illegal drug use because the policy disqualified so many people that it could not fill its law enforcement positions.
It is long past time to abandon the silly notion that America can be a drug-free nation. --Bill Piper

Crime and Law
The war on drugs hasn't just failed; it's created problems of it own. Laws restricting the availability of sterile syringes have increased the spread of AIDS and hepatitis C.
Aggressive campaigns to arrest and incarcerate drug users have increased drug-related deaths by making drug users too afraid to call 911 when a friend is overdosing. The government's misleading and over-the-top anti-drug messages have made young people mistrust other anti-drug messages from parents and adults.
Mass incarceration of drug offenders has drained state and federal resources, distracted police from dealing with violent crime, and produced a generation of children with one or both parents behind bars instead of at home.
The racial disparities are appalling. As Michelle Alexander so eloquently shows in her new book, "The New Jim Crow," a drug conviction automatically makes a person a second-class citizen who can be legally discriminated against in housing and employment, denied school loans, and barred for life from serving on juries, accessing public benefits and even voting. While African Americans make up only about 13 percent of the U.S. population and about 15 percent of drug users, they make up about 38 percent of those arrested for drug law violations and a mind-boggling 59 percent of those convicted for drug law violations.
Like Prohibition did for alcohol, drug prohibition is also enriching organized crime. Instead of regulating marijuana to control who can access it, policymakers have ceded control of the $400-billion-a-year global drug market to crime syndicates and thugs.
In Mexico, where parts of the country are like Chicago under Al Capone on steroids, 28,000 people have died since President Calderón launched a war three years ago against well-armed, well-funded drug trafficking organizations. The U.S. government doesn't report its prohibition-related deaths, but law enforcement officers, drug offenders and civilians die every day in our country's war on drugs, too.
It is long past time to abandon the silly notion that America can be a drug-free nation. The inconvenient truth in drug policy is that Americans love drugs -- alcohol, caffeine, marijuana, cocaine, and prescription drugs for everything from anxiety to fatigue. Although some people develop problems with their drug use, most do not. This holds true for both legal drugs like alcohol and tobacco, and illegal drugs like marijuana and cocaine. Decades of evidence shows that the average user of any drug doesn't get addicted and doesn't create problems for anyone else. Obviously, some do.
We recognize these facts when it comes to legal drugs. It's why we don't arrest the tens of millions of Americans who drink responsibly, but do arrest people who drive while drunk or get belligerent and start fights. Yet we waste tens of billions of dollars every year arresting Americans for marijuana or other drugs, even when they're not harming anyone. Then we either jam them into overcrowded jails where they take up space that could hold someone who committed a violent offense, or jam them into a treatment program where they take up limited spaces for people who really need help.
What matters most is not how many people use marijuana, alcohol or other drugs, but what's the best way to reduce the problems associated with substance misuse without creating more harmful social problems. Drug use rates rise and fall almost independently of what politicians say and do, but criminalizing drug use makes the situation worse. Prohibition doesn't stop drug use; it makes drug use more dangerous while filling prisons with nonviolent offenders and making crime lords rich. With marijuana use among young people rising despite decades of punitive drug policies, policymakers should reform U.S. drug policy. Or maybe voters will reform it for them.
In November, California voters will vote on Proposition 19, which seeks to control marijuana like alcohol, redirect police resources toward violent criminals, and end California's embarrassingly racist marijuana enforcement once and for all. Polling shows support is about 50-50.
Even if Proposition 19 loses, it will only be temporary. Support for marijuana legalization is growing, and not just in California. Legalization will happen. It's just a question of how many lives and tax dollars will be wasted before it does. Some vested interests, of course, will fight change until the bitter end. Progress has never been accepted by everyone.
The opinions in this commentary are solely those of Bill Piper.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Plínio de Arruda Sampaio defende a legalização da maconha

Plínio Defende A Legalização Da Maconha: “Que Mal Faz Um Baseado?”
Folha de S.Paulo
Apresentando-se como “o candidato do Twitter e da juventude”, Plínio de Arruda Sampaio, 80, defendeu ontem o direito de aborto, a união entre pessoas do mesmo sexo e a legalização de “drogas culturais como a maconha”. Propôs ainda a extinção do Senado – um “valhacouto das oligarquias”.
A uma plateia de 250 jovens durante debate na PUC-RJ, Plínio questionou: “Que mal faz um baseado?” E respondeu: “Maconha faz mal para quem tem distúrbios psíquicos de fuga porque leva ao consumo de drogas mais fortes, como crack e cocaína. Mas esta pessoa precisa de tratamento médico. Drogas culturais -a maconha assim como a bebida (alcoólica)- devem ser não só liberadas como legalizadas.”
Plínio lembrou suas raízes católicas e disse que pessoalmente entendia que a vida começa no instante da concepção, mas defendeu o direito ao aborto: “Não é só legalizar. Se a mulher tiver consciência do ato e de suas causas, não estiver sendo pressionada por ninguém, deve ter direito de fazer o aborto em hospital público”.
Defendeu ainda o “direito de coçar a barriga, ficar à toa”: “Defendemos a redução da jornada de trabalho para 40 horas para que as pessoas possam gozar a existência, não ficar só trabalhando. Temos de combater a desigualdade”, declarou.
À tarde, a direção do PSOL repreendeu Plínio por ter defendido o fim do Senado, alegando que tem postulantes ao posto por todo o país. “Fui repreendido sim e assumo que falo em caráter pessoal. Vou defender esta posição internamente. Se for derrotado, mudo de posição”, disse.
Com apoio no relato do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), Plínio contou bastidores da gravação de sua participação para o “Jornal Nacional”.
Disse que a Rede Globo tenta estigmatizá-lo e que, ao responder à primeira pergunta, reclamou por ter 3 minutos no telejornal contra 12 dos adversários: “A Globo está me colocando na classe econômica e os demais candidatos na classe executiva”. Segundo ele, houve uma negociação com o repórter para que registrasse sua queixa em um tom mais ameno.

Plínio e Serra: Legalização da maconha?

www.noticias.r7.com

Questionado sobre seu programa de governo para as drogas, Plínio pediu a “legalização da maconha”.
- A maconha é uma droga cultural, como a bebida, o fumo. Quando você legaliza a maconha, você coloca a droga de baixo da lei.
Serra lembrou que o crack é feito a partir da cocaína e defendeu o aumento da fiscalização nas fronteiras, especialmente da Bolívia, e a criação do Ministério da Segurança Pública.
- Hoje as fronteiras estão livres.

As drogas e o seu enfrentamento pró-ativo - Dr. Higor Vinicius Nogueira Jorge


Há alguns anos quando se falava sobre o problema das drogas pensávamos em algo distante e que nunca nos atingiria. As drogas faziam parte do cotidiano apenas de certos bairros das grandes cidades.
Infelizmente as coisas mudaram, as drogas passaram a nos preocupar de uma forma cada vez mais intensa e esse problema tem atingido direta ou indiretamente todos os indivíduos, seja o dependente, sejam seus familiares, amigos e vizinhos em todo o Brasil.
Estima-se que existam no Brasil 1,26 milhões de dependentes em crack, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Para enfrentar esse problema é muito importante uma atuação conjunta de órgãos governamentais e comunidade visando à prevenção e combate eficiente as drogas, bem como um tratamento que realmente consiga manter o dependente longe de recaídas e que seja reinserido na sociedade.
A prevenção deve ser permanente e principalmente direcionada a expor para as crianças e adolescentes os malefícios proporcionados pelas drogas. Os jovens devem ter a dimensão de que todas as drogas, sejam lícitas ou ilícitas, proporcionam uma falsa sensação de prazer. Esse prazer com o tempo vai se transformando em dor, na mesma medida que o usuário que até então gozava da liberdade para consumir drogas vai se tornando um escravo do vício. Os adultos também devem ter noção das consequências negativas que as drogas proporcionarão para suas vidas.
É necessário também que os órgãos incumbidos de preservar a segurança pública e por consequência de enfrentar o tráfico de drogas sejam adequadamente valorizados. Essa valorização possui diversos aspectos, dentre eles a expectativa de progressão na carreira, respeito dos superiores e também são necessários salários condizentes com a dignidade e responsabilidade do policial. Também é necessário que a Polícia Civil, a Polícia Militar e os outros órgãos atuem estritamente desenvolvendo suas atribuições constitucionais. No caso da Polícia Civil no desenvolvimento das suas atividades investigativas e de polícia judiciária e a Polícia Militar nas ações ostensivas e repressivas. Quando se fala sobre a necessária valorização das referidas forças de segurança é primordial destacar também a importância da polícia ter recursos humanos adequados. Percebemos como a falta de um efetivo adequado de policiais prejudica a eficiência do trabalho da polícia, bem como se torna muitas vezes um fator determinante da impunidade. A falta de policiais muitas vezes é proporcional ao número de crimes.
Outro aspecto relevante diz respeito ao tratamento dos dependentes de drogas. Temos notado o esforço de muitas pessoas e de suas famílias para sair dessa prisão que representa o vício, contudo a mera força de vontade em boa parte das vezes não é suficiente para que a pessoa consiga voltar a ter uma vida longe das drogas.
O tratamento básico deve ser acompanhado por uma equipe interdisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social e outros profissionais, principalmente da área da saúde.
Lembrando sempre em ações intersetoriais, pois somente com o envolvimento e o fortalecimento de todos os seguimentos da sociedade que poderemos estruturar as políticas publicas para o tratamento e prevenção de álcool e drogas.
Vários programas já são desenvolvidos em algumas regiões do Estado, com isso, o que buscamos é o envolvimento político para que tais ações também possam ser ampliadas para município de pequeno porte, como o trabalho do CAPS – AD que é desenvolvido em grandes centros, deixando municípios de pequeno porte sem um atendimento de qualidade para o dependente químico e também o trabalho com a prevenção que vem ganhando força, suscitando profissionais capacitados para lidar com a prevenção das drogas, com isso, prevenir que o individuo adoeça evitaria o crescimento exacerbado de usuários de drogas, violência que levaria ao enfraquecimento do trafico.
O CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas), tem por oferecer um atendimento na área da saúde mental mais especializado para dependentes químicos, também deve ser disseminado para outras cidades, não apenas para municípios com mais de 70 mil habitantes. O mesmo ocorre com os CREAS (Centros de Referência Especializada em Assistência Social) que deve também ser expandido para municípios com menores populações.
O CRATOD (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), que dá capacitação para profissionais da área da saúde para a prevenção e tratamento da dependência química, deve também ter suas atividades expandidas por todo o Estado de São Paulo.
E o programa PAI-PAD (Programa de Ações Integradas para a Prevenção e Atenção ao Uso de Álcool e Drogas na Comunidade), iniciado no ano de 1999, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com a finalidade de desenvolver estratégias e ações voltadas para a prevenção e atenção aos problemas causados pelo uso de álcool e drogas. Dentre as principais atividades realizadas nesse programa consta a distribuição de material didático e treinamento de profissionais da saúde e desenvolvimento de projetos de pesquisa na área. O PAI-PAD foi escolhido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para conduzir a implantação das EDIBs (Estratégias de Diagnóstico e Intervenção Breve para problemas relacionados ao álcool). Seria muito importante que todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado de São Paulo tenham em seu corpo de funcionários profissionais treinados pelo PAI-PAD.
O projeto Polícia Civil Comunitária (http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com) implantado pela Polícia Civil em diversas localidades do Estado de São Paulo tem realizado diversas atividades com a finalidade de aproximar a polícia e a comunidade, bem como tornar a investigação criminal mais eficaz. Um dos principais enfoques desse importante projeto é o enfrentamento preventivo, repressivo e pró-ativo do consumo e tráfico de drogas.
O projeto Santa Fé Livre do Vício implantando pelo Conselho Municipal Antidrogas da Estância Turística de Santa Fé do Sul (blog: http://comadsantafe.blogspot.com) é uma referência, pois conta com a sinergia de órgãos públicos e de toda a comunidade no desenvolvimento de ações visando incrementar a prevenção, principalmente com as palestras realizadas em toda a região, a repressão, por intermédio da parceria com o projeto Polícia Civil Comunitária e a colaboração com o tratamento e a reinserção social de dependentes químicos, que tem sido feito pela Chácara Jerusalém e o Lar Madre Paulina, além de outras clínicas espalhadas por outras localidades.
Outro projeto que tem tido efeitos muito positivos em favor da proteção dos jovens contra as drogas é o denominado “Toque de Acolher”, implantado inicialmente em Fernandópolis pelo juiz de direito Evandro Pelarim (http://evandropelarin.blogspot.com) e depois em Ilha Solteira pelo juiz de direito Fernando Antonio de Lima e outras cidades do Brasil.
O referido projeto tem sido muito importante, pois consiste em diversas ações pró-ativas visando evitar que o jovem seja exposto a situações de risco, inclusive estabelecendo horários para que as crianças e adolescentes permaneçam nas ruas, desacompanhados dos responsáveis. Na maioria dos lugares em que foi implantado, esse projeto é conduzido pelo Poder Judiciário e conta com a participação do Ministério Público, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Guarda Municipal, dentre outros órgãos. Ao pesquisar as estatísticas criminais dos locais cujo projeto encontra-se em andamento percebe-se a diminuição da prática de crimes e a melhoria da qualidade de vida dos jovens.
Pelo exposto podemos concluir que é necessário um trabalho sinérgico que envolva órgãos públicos e comunidade, principalmente participando ativamente de ações preventivas, colaborando com o trabalho da polícia e com as entidades que promovem a recuperação dos dependentes químicos e a consequente reinserção social dos mesmos, como forma de evitar que tantas vidas humanas continuem a ser ceifadas em razão das drogas lícitas e ilícitas, como temos visto diariamente.

HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE é Delegado de Polícia, professor de análise de inteligência da Academia da Polícia Civil, professor universitário, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária. Site: http://www.higorjorge.com.br/

Perguntas e Respostas sobre Drogas - Dr. Higor Vinicius Nogueira Jorge

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DROGAS

O que são drogas?
As drogas são substâncias que ao serem consumidas pelas pessoas produzem alterações no seu organismo.

Como se classificam as drogas?
As drogas podem ser classificadas quanto aos seus efeitos, em drogas estimulantes, depressoras e perturbadoras.
- Estimulantes: São drogas que aumentam a atividade mental, elas afetam o cérebro fazendo com que ele funcione de forma mais acelerada. Exemplo: cafeína, tabaco, anfetamina, cocaína, crack, etc.
- Depressoras: São drogas que diminuem a atividade mental, fazendo com que o cérebro funcione de forma mais lenta. Essas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. Exemplo: tranqüilizantes, álcool, inalantes e solventes, substâncias derivadas do ópio (morfina, heroína), etc.
- Perturbadoras: São drogas que alteram a percepção, são chamadas também de alucinógenas e provocam distúrbios no funcionamento do cérebro, fazendo com que ele passe a trabalhar de forma desordenada, numa espécie de delírio. Exemplo: LSD, maconha, etc.

Quais são as drogas mais utilizadas e seus principais efeitos?
As drogas mais utilizadas e seus principais efeitos são:
† Maconha – Parece uma mistura de erva-doce com camomila ou com esterco seco de vaca. Depois de fumar um cigarro, a fica sonolenta, relaxada. Os olhos ficam vermelhos, ele sente muito sono e fome. O usuário de maconha costuma ter dificuldade no aprendizado, não pensa com clareza e muitos desenvolvem a impotência. Uma característica marcante de quem usa maconha é que perde a ambição, se conforma com tudo e torna-se muitas vezes agressivo quando contrariado ou se ingerir bebida alcoólica. A maconha, assim como as outras drogas faz muito mal a saúde e aumenta o risco da pessoa ter câncer.
† Cocaína (pó, farinha) – Pó branco semelhante ao sal de frutas ou a uma porção de maisena. É excitante, perceptível pela dilatação das pupilas e pelo ato repetitivo de coçar o nariz. Pode ser injetado nas veias ou cheirado. O maior risco decorrente desta droga é a morte por overdose.
† Crack – É um subproduto da cocaína. Parece uma bala de côco amarelada. Pode ser fumado em cachimbos improvisados com embalagens de iogurte ou latas de bebidas. Causa excitação, emagrecimento rápido e uma coceira freqüente. O usuário de crack fica inquieto e impaciente e vai perdendo gradativamente a sua dignidade. Essa droga tem sido responsável por muitos crimes e acabado com diversas famílias. Infelizmente cada vez mais temos visto pessoas se envolvendo com essa droga, bem como o sofrimento dos usuários e seus familiares.
† Inalantes e Solventes (cola de sapateiro, benzina, lança-perfume, éter, tiner) – Essas drogas promovem momentos de grande depressão, depois da euforia causada pelo uso. O nariz do usuário fica congestionado e os olhos com as pálpebras caídas.
† Álcool – O álcool, assim como o cigarro, é uma substância lícita, ou seja, é permitido pela lei. O consumo de álcool em pequenas doses causa desinibição e euforia. O consumo de álcool em doses maiores causa sensação de sonolência. O uso excessivo provoca suor abundante, dor de cabeça, tontura, liberação da agressividade, e diminuição da capacidade de concentração e dos reflexos (o que muitas vezes causa acidentes de trânsito ou de trabalho). O uso prolongado pode causar cirrose no fígado e atrofia cerebral. A maior parte das internações em hospitais psiquiátricos são decorrentes do alcoolismo e boa parte dos dependentes de outras drogas resolveram experimentar em ocasiões que estavam sob o efeito de bebidas alco.
† Cigarro (tabaco, charuto, fumo, cachimbo) – O cigarro é responsável por 90% dos casos de câncer no pulmão e 30% de todos os outros tipos de câncer, principalmente de próstata e bexiga. Outro mal causado pelo cigarro é o enfisema pulmonar.

Quais as razões que levam uma pessoa a usar drogas?
Muitas razões podem levar alguém a usar drogas, dentre os possíveis motivos temos:
a) curiosidade; b) busca de prazer; c) falta de diálogo com a família; d) forma de protesto; e) tentativa de escapar das tensões, dos problemas, da solidão; f) a visão de que o uso de drogas é algo excitante e ousado; g) pressão do grupo de colegas.

Por que não usar drogas?
Porque ninguém precisa de droga para ser feliz, inicialmente a droga pode transmitir uma falsa e passageira sensação de prazer que gradativamente vai se transformando em dor, sofrimento e infelicidade, de forma que a pessoa perde a sua dignidade e seu amor próprio. Quando isso acontece, restam como conseqüências freqüentes a prisão, o hospital psiquiátrico ou a morte, ou como alguns dizem, os dois Cs: cadeia, casa psiquiátrica ou caixão.

Se você tiver dúvidas sobre drogas e seus efeitos entre em contato pelo meu site www.higorjorge.com.br, pelo meu twitter www.twitter.com/higorjorge ou pelo meu e-mail higorjorgedp@hotmail.com

HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE é Delegado de Polícia, professor de análise de inteligência da Academia da Polícia Civil, professor universitário, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária.

sábado, 18 de setembro de 2010

Polémica por propuesta de legalizar drogas




http://www.lostiempos.com/
18,09,2010
El ex presidente del Gobierno español Felipe González abogó el lunes 13 de septiembre, en una recepción en la embajada mexicana en Madrid, por una legalización internacional de las drogas para poner fin al narcotráfico en países como México.
Aunque ni las declaraciones ni la idea sean recientes, el debate sobre la legalización de las drogas ha cobrado esta semana una fuerza inusitada especialmente porque las declaraciones del ex presidente González coinciden con las de otras grandes personalidades, entre ellas el peruano Mario Vargas Llosa y el ex vicepresidente de México, Vicente Fox.
Además, tres ex presidentes latinoamericanos (Fernando Henrique Cardoso, de Brasil; César Gaviria, de Colombia, y Ernesto Zedillo, de México) se han pronunciado por la despenalización del consumo de la marihuana para uso personal, ante lo que han considerado un fracaso de las políticas punitivas contra las drogas.
“La drogadicción y las adicciones son en general un reto enorme de salud pública y personal, como tal deben de atenderse, distinguiéndose de la violencia generada por el crimen organizado. Dos problemas separados y diferentes. De hecho en nuestro país el consumo no esta penalizado, ni es ilegal. Entonces el consumo de drogas es una responsabilidad personal de quien la consume; de la familia en su responsabilidad de educar; y del sistema educativo y el contexto socioeconómico. Lo que hay que legalizar es la producción, la venta y la distribución”, escribió Fox en su blog http://www.blogvicentefox.blogspot.com/.
Según el diario El Caribe, Vargas Llosa junto a los novelistas Tomás Eloy Martínez, Paulo Coelho y ex presidentes de Latinoamérica advirtieron en febrero que las políticas represivas contra la producción y tráfico de drogas fracasaron en América Latina y consideraron que un error ``seguir las políticas prohibicionistas de Estados Unidos''.
En una publicación —en enero de este año— del periódico peruano El Comercio, Vargas Llosa afirmó el tráfico de estupefacientes es “la mayor amenaza para la democracia en América Latina” y que la legalización del consumo de las drogas “debe ser acompañada de un redireccionamiento de las enormes sumas que [...] se invierten en represión” para destinarlas a campañas educativas, de rehabilitación e información al igual que se hizo en la lucha contra el tabaco.
La agencia de noticias mexicana Agencia Imagen del Golfo difundió esta semana la declaración del académico e investigador de la Universidad Veracruzana, Alfredo Zavaleta Betancourt para quien los intereses electorales y el riesgo de votos para la renovación presidencial de 2012 en ese país, ha impedido que el gobierno de México apruebe la legalización de las drogas, esto pese a que es necesario legalizar las drogas para evitar la extrema violencia que se vive en el país.
En un encuentro con académicos y analistas encabezado por Calderón hace algunas semanas, el analista y escritor Héctor Aguilar Camín propuso dejar de ver el combate al narcotráfico sólo en una lógica punitiva y verla como un problema de salud pública, e inclusive "dar un paso serio hacia la legalización y no digo sólo de la marihuana... sino de las drogas en general". Calderón admitió que su gobierno no ha logrado una efectiva comunicación y dijo que tomaba nota sobre el tema de la regulación de las drogas.
El 10 de agosto, dos partidos políticos plantearon la posibilidad de legalizar algunas drogas en México para hundir los precios, un planteamiento al que se opuso nuevamente el presidente Calderón, quien lo consideró "absurdo" si ello no sucede también "al menos en EEUU".
Durante el foro "Diálogo por la Seguridad", al que fueron convocados políticos mexicanos, el presidente del izquierdista Partido de la Revolución Democrática (PRD), Jesús Ortega, llamó a considerar la medida porque "la estrategia del Gobierno (contra el crimen organizado) no está funcionando".
Las posiciones en contra
Las posiciones en contra no se dejaron esperar. Expertos de la ONU y el Mercosur rechazaron el jueves 16 que una eventual legalización de las drogas pudiera servir para frenar el narcotráfico y la violencia vinculada al tráfico de sustancias prohibidas.
Pero la mayoría en México coincide en que la posición de Estados Unidos pesa mucho en el debate, abierto por el presidente Felipe Calderón cuando dijo que, aunque no está de acuerdo con la legalización, no se opone a un debate nacional sobre ella.
El Departamento de Estado norteamericano dijo que "la cuestión en torno a debatir respecto a la legalización de las drogas es algo que corresponde decidir a los mexicanos".
El Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal, A. C. expresó un punto de vista similar: "La propuesta de "legalización de las drogas para erradicar la violencia en el país es equivocada porque se basa en una profunda incomprensión del problema que vive México y en eludir su causa central, que no es otra que la pérdida del monopolio de la fuerza del Estado".

Las polémicas declaraciones de González
En las declaraciones que el ex mandatario español Felipe González hizo a la prensa durante la recepción organizada por el embajador de México en Madrid, Jorge Zermeño, con motivo del bicentenario se refirió a la necesidad de legalizar las drogas en todo el mundo.
Para evitar la violencia, defendió como solución al problema la legalización de las drogas, pero recalcó que «ningún país puede unilateralmente decidir eso sin un coste extraordinariamente grave para sus dirigentes». «Debe ser un acuerdo internacional, que se cumpla entre todos», ya que si fuera solo un país el que decidiera levantar la prohibición habría «un crecimiento en punta del consumo con un coste absolutamente inasumible para los dirigentes políticos».

Soraya Escorel - A droga é uma bomba-relógio

http://www.brasiliaemdia.com.br/
Por: Marcone Formiga
Há poucos dias, o país inteiro e até muitas nações acionaram o painel de alarme depois que foram exibidas imagens de traficantes de drogas, no interior da Paraíba, incentivando um garoto de dois anos e meio de idade a consumir um cigarro de maconha. No vídeo, a plateia formada pelos criminosos se divertia e exultava com aquele circo de horror ao qual submetiam a criança. O fato reflete e traduz a crise social que se forma em todo o Brasil, a partir da constatação de que a iniciação dos jovens no mundo das drogas ocorre em todos os níveis sociais e de forma cada vez mais precoce, já no próprio ambiente das primeiras séries escolares.
Soraya Escorel, Promotora de Justiça da Infância e Juventude de João Pessoa (PB), foi quem agiu rapidamente no caso da criança. Mestranda em Ciências Sociais pela UFPB, com estudos e pesquisas sobre a violência nas escolas, ela integra a Diretoria Executiva Nacional da ABMP - Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude. Especialista quando o tema envolve crianças, adolescentes e consumo de drogas, ela também é membro da Comissão Permanente de Infância, Juventude e Educação (Copeije), do Grupo Nacional de Direitos Humanos.
Na entrevista que segue, Soraya Escorel alerta para a gravidade do tema, ressaltando que o poder público, a família, a escola, a Igreja e a sociedade civil precisam agir o quanto antes em conjunto e investir num trabalho preventivo diante do problema devastador que são as drogas, que afeta todo o núcleo familiar. Ela explica que está prevalecendo uma inversão de valores nos relacionamentos entre pais e filhos. Com base em sua experiência diária, ela constata que muitos pais preferem se omitir e abandonar seus filhos dependentes de drogas, quando, na realidade, poderiam ajudar na sua recuperação.
Também defende um envolvimento coletivo, a partir de pilares essenciais, como a família, a escola, a igreja e também profissionais das várias áreas do conhecimento, inclusive da Justiça.
A promotora afirmou que a droga é como uma bomba-relógio. E se for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque seu uso, por uma única vez, já vicia. Como se não bastasse este risco, já existe um novo tipo de droga, a crackoína, uma mistura de crack e cocaína, que tem um efeito devastador no organismo dos usuários.
- O consumo de drogas não tem fronteiras, porque até crianças são iniciadas no vício. A senhora mesma, nestes dias, constatou que um garoto de dois anos foi filmado fumando um cigarro de maconha. Como nossa sociedade chegou a ponto tão fundo neste problema?
- A princípio, eu fiquei bastante chocada ao ver o vídeo, porque todas as pessoas estavam em extasiados ao verem a criança usando um cigarro de maconha, o que provocou até risadas nas pessoas que viam a cena lamentável. Isso já me deixou bastante preocupada, mesmo sem saber quem eram aqueles que estavam no local no momento em que a criança estava fumando. Depois, com o conhecimento do fato, por intermédio da própria mãe da criança, o que mais me chamou a atenção foi a confissão espontânea dela, ao afirmar que estava morando na casa de um traficante que, inclusive, já foi assassinado. Confirmou, ainda, que a criança utlizou a droga no mês de abril,época em que foi gravado o vídeo.
- Mas uma mãe permitir isso é grave, não é?
- Sem dúvida! Mas ela, ao depor, creio que até por questão de defesa, dado que também precisa ser investigado, afirmou que só aconteceu porque ela estava sendo pressionada, ameaçada por esse traficante, talvez até para que pudesse utilizar esse vídeo futuramente. Ela salientou que pediu a ele para que aquilo não ocorresse, mas, de fato, ocorreu. E ela citava isso com muita segurança, apesar dos seus 19 anos de idade, porque compareceu espontaneamente à promotoria, para se entregar. Ou seja, ela estava se sentindo acuada, preocupada com toda essa repercussão na mídia nacional, então se sentiu ameaçada e, principalmente, sentia que o filho estava sendo ameaçado. Afirmou também que sabia o risco que corria, pois quem se envolve com o tráfico sabe que fica muito vulnerável.
- A senhora acreditou na mãe da criança?
- O que mais chamava a atenção também era a coerência do que ela dizia: que, realmente, a criança estava utilizando a droga, mas, ao mesmo tempo, ela confirmava que colocava o filho em risco. Aquilo me tocou bastante, não só no cunho profissional, mas também como mãe. Nós, que somos mães e profissionais, sabemos que não podemos colocar nossos filhos em risco.
- A impressão que se tem é que as crianças conseguem drogas mais facilmente do que um chocolate. É assim mesmo?
- Eu creio que essa inversão de valores entre pais e filhos, nos relacionamentos, está prevalecendo nos lares e na família. Às vezes, pais e mães são os únicos a cuidar do desenvolvimento dos seus filhos junto aos adultos e idosos, de forma bem precoce, justamente por conta dessa inversão, desse abandono que prevalece dentro da própria casa. As pessoas pensam que uma criança está abandonada quando fica apenas sozinha nas ruas. Mas, de fato, a gente que trabalha na Justiça constata que muitas crianças e adolescentes estão abandonados nas suas próprias casas. Por isso, eles terminam não sendo bem instruídos e passam a ser uma presa fácil no mundo das drogas. Isso acontece porque esse mundo é atrativo, uma vez que existe um espaço muito grande a ser ocupado em todas as áreas dos jovens. Essa lacuna, que é deixada pela família, é preenchida exatamente pelo mundo fácil, no acesso à droga, e depois o jovem se inicia no tráfico, conseguindo inclusive se infiltrar facilmente, diante de tantas oportunidades. É importante acrescentar que isso independe da classe social e pode ser iniciado desde a infância e se estender até a adolescência, mesmo dentro da própria casa, sem que os pais percebam ou mesmo que finjam ou se enganem, dizendo que não veem nada. Pois admitir isso é difícil, principalmente porque exige que se reconheça a própria culpa também no fenômeno que ocorre com o filho.
- Como saber se uma criança ou um adolescente está se drogando?
- Para nós, que somos da área jurídica, é mais difícil poder responder uma pergunta como essa. Mas o que os peritos comentam é que a criança manifesta alguns sinais. É possível perceber quando uma criança está fazendo uso da droga, porque dá indícios, que podem ser por cansaço ou estados de euforia, porque a pessoa fica muito ativa. A droga tanto pode dar o sinal de que uma pessoa está em profunda depressão como também em êxtase constante. A partir daí, começa a querer vender coisas dentro de casa, furtar joias e peças de decoração da casa para comprar droga. Outra manifestação é que os jovens não querem ir para a escola ou estão muito deprimidos. Além disso, dão pistas de que estão se envolvendo com pessoas que não são condizentes com a educação que recebem...
- O que a senhora sugere para uma situação como essa?
- É necessário estar presente na vida dos filhos. A partir do momento em que participamos do mundo deles, no dia-a-dia, conversando com eles, podemos perceber como eles estão, se precisam de ajuda e, de forma precoce, poderemos até afastar isso de suas vidas, se eles já se iniciaram no vício da droga. Existem meios de se prevenir, porque quem tem filhos não pode nunca julgar que isso não vai acontecer com eles. É preciso ler, se atualizar e estar sempre preparado para que não ocorram fatos como esses que a gente vê na imprensa. Mas, para isso, é necessário que pais, mães e escolas estejam bastante atentos.
- A escola não poderia funcionar como um suporte para evitar que isso continue ocorrendo, avançando cada vez mais?
- A escola é fundamental nesse papel de prevenção, porque é dentro da escola que os filhos passam a maior parte do tempo. Também é na escola onde eles convivem com outros colegas que podem estar envolvidos ou oferecendo algo que venha a causar uma dependência. Isso pode ser o crack, a maconha, a cocaína, dependendo do nível social daqueles que estão em escolas públicas ou privadas. O que mais pode colaborar é a escola, mas não sozinha, porque ela tem que estar dialogando com a família, que precisa estar mais presente também no âmbito escolar, não só para assistir às apresentações de seus filhos, mas também procurando saber como eles estão, como está o relacionamento deles com os colegas e os professores. É necessária uma intervenção da família, da escola e (até acrescento) também da igreja. Quando todos estão envolvidos, é mais fácil fazer um trabalho com resultado satisfatório.
- Por quê?
- Porque é necessário que haja esse envolvimento coletivo das instituições. A família, a escola, a igreja, os profissionais de várias áreas, a Justiça... A sociedade como um todo deve se envolver. Peritos da Justiça, em alguns encontros, inclusive recentemente nesse mesmo caso [da criança que fumava maconha], em contato com jovens, demonstravam a preocupação com a penetração das drogas dentro das escolas, mostrando como é tão fácil se viciar. Eles afirmam que é um mal que começa fácil e do qual é difícil sair. Eles se preocupam em realizar esse trabalho preventivo.
- O que eles dizem mais?
- Se a droga for o crack, o cuidado deve ser redobrado, porque ele tem um poder de vício muito maior, uma vez que é fumado. Aliás, existe agora até um novo tipo de droga, a crackoína, que é a mistura de crack e cocaína, o que a torna ainda mais perigosa. Muitas vezes, nós, como profissionais, não temos conhecimento, mas temos a obrigação de fazer parte desse processo de prevenção.
- Ver garotos mendigando e até dormindo ao relento, com sintomas de drogados, é uma cena cotidiana em qualquer cidade do país. Isso demonstra que a droga destrói mesmo um ser humano?
- Totalmente. E não só a vida do viciado, mas também de toda a família. Eu aconselho às pessoas envolvidas nessa realidade que não desistam dos seus filhos e parentes, porque eles são os primeiros a querer que os jovens saiam dessa vida. Eu afirmo isso para as mães, os pais e os parentes que procuram a Promotoria a fim de pedir ajuda, para que seus jovens possam se livrar desse vício, inclusive, às vezes, até chegando ao extremo desesperado de entregá-los nas mãos da Justiça, para que esta os livre desse mal, que é algo que não cabe a ela apenas resolver.
- Mas ocorre que os pais abandonam os filhos drogados.
- Se os pais e as mães desistirem de seus filhos, como nós, da Justiça, iremos fazer para ajudar? É uma questão de educação, que começa em casa e tem razões para chegar a acontecer. Ninguém se envolve com a droga, com algo prejudicial à saúde, se não tiver algum meio que o levou a procurar. Acho que é mais difícil uma pessoa se envolver com drogas se ela tiver um bom relacionamento dentro de casa, com sua família, dentro da escola, com seus amigos e professores, enfim, com a sociedade.
- Por que não cabe apenas à Justiça, doutora?
- Porque Justiça nenhuma vai poder dar de volta aos pais o filho do jeito que ele nasceu. Ninguém nasce com a droga. Nós, que somos referências, pais e mães, somos um modelo, representamos um exemplo importante dentro de casa. Se dermos bons exemplos e fizermos que nossos filhos participem até de questões que tenham um envolvimento social, podemos minimizar e até dificultar muito o acesso deles às drogas. Devemos fazê-los participar de momentos que permitam a eles se doar ao outro, para que eles possam ver como é difícil estar sozinho nas ruas, abandonado e sem família. Temos que demonstrar isso aos nossos filhos. Somos referências. Portanto, é preciso que busquemos enfatizar isso, porque não podemos mudar o mundo se não colaborarmos para que esse mundo se modifique.
- A senhora admite que isso pode tomar a dimensão de uma epidemia social?
- Creio que sim. Eu convivo todos os dias com pessoas que chegam desesperadas, mães chorando muito, com uma preocupação muito grande de fazer aquela pessoa se libertar das drogas. Creio que é uma epidemia, mas que tem muita relação com o modelo de família que se pratica hoje no Brasil inteiro. São pessoas totalmente descomprometidas, que abandonam seus filhos, não procuram dialogar, porque acham que se resolve alguma coisa com uma ação mais rápida, como, por exemplo, batendo e espancando. Elas pensam assim porque é mais fácil bater e espancar um filho para corrigi-lo do que parar e dialogar, o que requer um tempo e um espaço maior da sua vida. Essas pessoas têm que parar um pouco e pensar que “a vida não é só dinheiro, não é só trabalho, vou acompanhar a vida escolar do meu filho”. Acontece que algumas pessoas sequer param para conhecer os professores do filho, o diretor da escola, o amigo do filho.
- Como a senhora percebe essa epidemia social?
- Trata-se de uma questão que incomoda muito porque também existem poucas políticas públicas no sentido de dar encaminhamento a esses jovens, para que, quando adultos, tenham a oportunidade de se transformar fazendo um tratamento. Infelizmente, isso é, sim, uma epidemia, o que nos remete a uma questão de saúde pública. Deve haver uma preocupação maior do poder público para combater essa realidade, em suas três esferas: federal, estadual e municipal.
- O que se constata é que a droga está chegando a todos os segmentos sociais. Em alguns colégios, os próprios alunos traficam a droga para vender aos colegas. Isso aumenta ainda mais a gravidade dessa situação?
- Claro! Até porque a gente percebe o quanto essas crianças estão vulneráveis. Muitas vezes, esses jovens estão na escola com muita dificuldade, sem se alimentar bem, por falta de merenda ou porque os pais estão desempregados, com transporte difícil. Esses garotos ambicionam ascender a um nível social melhor, querem obter uma oportunidade de ter uma roupa melhor, um brinquedo, enfim, uma vida melhor. Crianças assim são presas fáceis para os traficantes, porque são seduzidas por um mundo de “maravilhas” que lhes é oferecido. É por isso que existem todos os “aviõezinhos”, ou seja, pequenos traficantes. Eles começam a achar que é fácil pegar a droga e repassar para os colegas ali dentro.
- Combater o tráfico é a saída. Por que o governo federal não entra nessa guerra?
- Estamos no tempo de uma luta desleal, com um tráfico totalmente articulado e o outro lado completamente desarticulado. Precisamos estar organizados para poder combater, enfrentar e fazer esse enfrentamento. A gente tem que seduzir os jovens com programas melhores e oferecer vantagens a eles, que estão nas escolas precisando de ajuda. Temos de oferecer a eles programas que venham a despertar seu interesse, para que eles não pensem em entrar nesse mundo e ficar. Mas como somos também bastante otimistas, percebemos que já existe uma preocupação nacional e também alguns programas que já oferecem não só tratamento, como também meios de se prevenir contra o uso da droga. Campanhas que existem naturalmente, por meio de instituições e ONGs que se preocupam com a temática. Percebemos que esses programas existem, mas que ainda não estão articulados. Não são ainda uniformes no Brasil inteiro. E é isso que eu acho que era preciso haver: uma união maior entre as instituições nos estados e as iniciativas da sociedade civil no Brasil inteiro.
- E quando os pais são viciados?
- A situação se torna ainda mais complicada, porque duas consequên-cias podem advir disso. Primeiro, os filhos podem se espelhar nos pais, tornando-se também viciados, a partir do modelo que têm em casa. Em segundo lugar, pode acontecer justamente o contrário: os filhos podem não admitir aquilo e podem tentar, eles mesmos, ajudar os pais, porque muitas vezes nós aprendemos com os filhos. Nós sabemos que existem casos em que pais são viciados, mas os filhos não desistem de seus genitores e tudo fazem para encontrar um tratamento, porque querem que seus pais se transformem. Eu acredito que as pessoas podem se transformar, sim, por amor. Por amor, famílias podem ser socorridas e curadas, ajudadas e transformadas. Mas desde que haja essa questão do compromisso e do amor.
- Outro ponto muito forte é que adolescentes passam a ser sexualmente reféns dos traficantes. Como a senhora vê isso?
- Quando isso acontece, a saída desses jovens desse mundo é dificultada. É por causa disso que existem casos e casos, inclusive aqui na Paraíba também, de adolescentes que terminam sendo eliminados, porque eles abriram a boca. Eles tentaram sair e não conseguiram. Aí, começam a ser ameaçados de morte e acabam sendo assassinados. Infelizmente, existem inúmeros casos como esse, mas felizmente já existe também um antídoto, que é o Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM).
- Como age esse programa?
- É uma iniciativa do governo federal que tem funcionado bem, dando suporte a diversos casos. Posso afirmar que esse programa tem feito a diferença, porque eu mesma já fiz encaminhamentos de jovens para o PPCAAM. Pena que muitas pessoas do Brasil inteiro desconhecem a existência desse programa, que eu posso afirmar que tem salvado muitas vidas, inclusive de adolescentes e familiares destes que foram ameaçados de morte. Hoje, essas pessoas podem contar uma história diferente, graças à intervenção no tempo certo.
- A senhora está pessimista ou otimista diante de toda essa situação?
- Na verdade, eu sou uma idealista, e todo idealista é otimista, porque acredita em transformações e mudanças. Creio nisso, que depende muito de nós, enquanto sociedade, prover as transformações que são necessárias. Depende de nós poder contaminar os outros com este vírus que é o compromisso. Devemos fazer mais do que é a nossa obrigação. Não apenas chegar ao final do mês e colocar nosso dinheiro no bolso e achar que está trabalhando. Conheço muitos colegas que, assim como eu, têm feito a diferença no Brasil inteiro, profissionais comprometidos com o seu trabalho e que não estão preocupados em apenas fazer um processo, estar de corpo presente nas audiências...
- Insistindo: a senhora está otimista ou pessimista?
- Otimista sim! Essa é apenas a obrigação, mas eu sou otimista por isso, porque sei que existem muitas pessoas que têm feito mais, e muito bem, muitas vezes de forma até anônima, contribuindo muito para que as transformações aconteçam na nossa triste realidade. Eu tenho a certeza de que, de mãos dadas, de forma articulada, podemos mudar isso. Meu otimismo é nesse sentido, é para que haja uma mobilização maior, nacionalmente. Não apenas em um estado ou em outro, mas de todo o país, para que as questões políticas sejam deixadas de lado, a fim de que possam se inteirar da responsabilidade e da prioridade que é garantir a existência de pessoas sadias vivendo na sociedade, não pessoas contaminadas e drogadas, como vemos hoje em dia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

War on drugs expensive and futile

www.abc.net.au
Lindy Kerin reported this story on Wednesday, September 15, 2010 08:15:00
One of Australia's leading drug experts has told a Sydney forum that the war on drugs has failed miserably. Dr Alex Wodak says there's no shortage of drugs on the streets and spending billions of dollars on drug law enforcement is a futile exercise. -->
TONY EASTLEY: One of Australia's leading drug experts has told a Sydney forum that the war on drugs in Australia has failed miserably.Dr Alex Wodak says there's no shortage of drugs on the streets and spending billions of dollars on drug law enforcement is a futile exercise.He says Australia needs to develop a more sensible, evidence-based public health approach towards drugs policies, and take note of experiences overseas.Lindy Kerin reports.LINDY KERIN: The war on drugs is a battle that's been lost according to Dr Alex Wodak, the director of the Alcohol and Drug Service at the St. Vincent's Hospital in Sydney.ALEX WODAK: It's really surprising that we should even think the war on drugs could work because what we've got at the moment is a kilogram in heroin in Bangkok costs about $1000, by the time it gets to Kings Cross that same kilogram of heroin costs about a quarter of a million dollars.The drug trade now has an annual turnover, estimated by the United Nations of over $US320 billion a year, US dollars a year, and that means that the drug traffickers have got more resources at their disposal than the drug law enforcement has. So how on earth are we going to keep the drug trade under control?LINDY KERIN: Dr Wodak says global production of heroin more than doubled between 1990 and 2007. Cocaine increased by 20 per cent and Cannabis by 36 per cent.The president of the Drug Law Reform Foundation says a new approach is needed and Australia should follow the lead of other countries, like Portugal which has decriminalised the use of all drugs.ALEX WODAK: Spain and Italy have gone down the same road, maybe not quite as far as Portugal, Germany and The Netherlands have had the same kind of effect, but not by legislative change, but by direction to police. So there's half a dozen countries in Europe, if you also include Switzerland which has really made this a health and social issue and decreased the ridiculous over-emphasis on the law enforcement side, and then there are half a dozen countries in South America that have moved in the same kind of direction. So all together we've got around about a dozen countries now that are really starting to engage in looking at the options after the war on drugs.LINDY KERIN: Pastor Graham Long works at the Wayside Chapel in Sydney's Kings Cross and sees the harm caused by drugs on a daily basis. He agrees the war has been lost.GRAHAM LONG: There's no shortage of drugs, for all this effort, drugs aren't going away, you can buy anything you want anytime. Gimme a minute I'll be right back, tell me what you want.LINDY KERIN: Pastor Long says it's time to overhaul current drug policies and he's putting forward some radical suggestions.GRAHAM LONG: I think the way forward is to treat this thing, this will sound a little bit odd probably, as an economic problem and to take a market away from a criminal class by taking the business over. TONY EASTLEY: Pastor Graham Long from the Wayside Chapel in Sydney's Kings Cross in that report prepared by Lindy Kerin.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Marina e as Drogas

A candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, participou na noite da última segunda-feira (13) de um evento organizado por artistas e outras pessoas ligadas ao meio cultural que apoiam sua campanha. E, apesar dos aplausos e afagos recebidos pela presidenciável durante o evento, um ponto ainda permanece em aberto: a legalização das drogas.
Marina já se posicionou mais de uma vez de forma totalmente contrária a qualquer tipo de flexibilização na lei que proíbe o consumo e a comercialização destas substâncias. Essa postura dela faz com que alguns de seus apoiadores a vejam como intransigente.
A atriz Thalma de Freitas, que não entra nesta lista de apoiadores já que, em suas próprias palavras, estava no local para conhecer a senadora, questionou este posicionamento: "para ser sincera eu tenho mais perguntas do que resposta. Mas eu só queria saber por que ela pensa assim".
Já para o músico Tatá Aeroplano, que fez às vezes de DJ no evento, a proibição das drogas é "irracional". Mas ele fez questão de ressaltar que apoia Marina "por tudo que ela representa". Mesmo dentro do PV a posição da candidata não encontra eco. Figuras expoentes do partido como Fernando Gabeira, Gilberto Gil e Juca Ferreira têm opinião favorável à descriminalização das drogas.
Outros integrantes do partido têm uma posição ainda mais firme sobre o caso, como por exemplo Ale Youssef, candidato a deputado federal pela legenda verde. Ele defende a aprovação do Estatuto das drogas, que descriminaliza a maconha e traça uma maior diferenciação entre usuários e traficantes.
"Num segundo momento temos que trazer o debate da regularização das drogas. Não acredito que esse modelo de combate às drogas seja eficaz. Já provou que não é. Existe uma indústria que só beneficia traficantes, policiais e parlamentares corruptos e que gera uma fábrica de produção de cadáveres de jovens da periferia e das favelas", completou.
Dentre os presentes no evento que se posicionaram de maneira contrária à de Marina Silva na questão das drogas estavam o professor de literatura da USP, José Miguel Wisnik, a atriz Cris Couto e o rapper Xis.