quinta-feira, 18 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
Marcos Winter leva polêmica da maconha para o teatro
O GLOBO
RIO - Marcos Winter vai mexer em vespeiro a partir de abril, quando, sob a direção de Emílio Gallo, tratará da descriminalização da maconha no teatro. Os efeitos da droga e a discussão sobre ela ser mais ou menos nociva que o álcool são outros temas polêmicos da peça "Monólogos de marijuana", que o ator vai estrear no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro, ao lado de Felipe Cardoso e Stella Brajterman.
- Tem muita gente séria debruçada sobre esse tema, gente sem medo de represália por falar em descriminalização - diz Marcos. - A gente vê as pessoas falando que a maconha mata os neurônios, mas ninguém fala quantos neurônios o álcool destrói. Pelo contrário, a gente vê uma marca de bebida patrocinando a Copa do Mundo. Isso tira o medo que a gente tem de tocar no assunto.
Cantor Robbie Williams diz que maconha é 'agradável'
Winter assistiu a "Monólogos de marijuana" há cerca de um ano e meio, quando esteve no Chile. Mas está certo de que este é o momento ideal para refazer a peça no Brasil (uma montagem já foi feita em São Paulo).
- O próprio Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente) tem falado sobre isso . Hoje sabemos que os efeitos da proibição, como o tráfico de drogas, saltam muito mais aos olhos do que o uso da erva - argumenta o ator. - É a mesma coisa que proibir a masturbação.
A peça, cujo texto original é dos autores americanos Doug Benson, Arj Baker e Tony Camin, é uma comédia que satiriza as questões em torno do uso da maconha. Na adaptação de Winter e Gallo, são três usuários de idades diferentes que contam suas histórias em torno da maconha, enquanto passam curiosidades sobre a cannabis. Uma delas é a de até o século 19, informa Winter, 80% do papel usado no mundo era feito de cânhamo.
Gallo faz questão de ressaltar que o espetáculo não faz apologia à droga, e sim, uma sátira às questões que envolvem o assunto.
Trabalhando na adaptação do texto e nos ensaios desde novembro, o elenco tem usado como referência livros e filmes que falam do assunto, como "O barato de Grace".
- Vamos deixar toda essa bibliografia disponível para a plateia, para que as pessoas saibam que as informações que estão ali não são aleatórias e arbitrárias - informa Winter. - Queremos colocar a questão de maneira divertida e educativa.
RIO - Marcos Winter vai mexer em vespeiro a partir de abril, quando, sob a direção de Emílio Gallo, tratará da descriminalização da maconha no teatro. Os efeitos da droga e a discussão sobre ela ser mais ou menos nociva que o álcool são outros temas polêmicos da peça "Monólogos de marijuana", que o ator vai estrear no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro, ao lado de Felipe Cardoso e Stella Brajterman.
- Tem muita gente séria debruçada sobre esse tema, gente sem medo de represália por falar em descriminalização - diz Marcos. - A gente vê as pessoas falando que a maconha mata os neurônios, mas ninguém fala quantos neurônios o álcool destrói. Pelo contrário, a gente vê uma marca de bebida patrocinando a Copa do Mundo. Isso tira o medo que a gente tem de tocar no assunto.
Cantor Robbie Williams diz que maconha é 'agradável'
Winter assistiu a "Monólogos de marijuana" há cerca de um ano e meio, quando esteve no Chile. Mas está certo de que este é o momento ideal para refazer a peça no Brasil (uma montagem já foi feita em São Paulo).
- O próprio Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente) tem falado sobre isso . Hoje sabemos que os efeitos da proibição, como o tráfico de drogas, saltam muito mais aos olhos do que o uso da erva - argumenta o ator. - É a mesma coisa que proibir a masturbação.
A peça, cujo texto original é dos autores americanos Doug Benson, Arj Baker e Tony Camin, é uma comédia que satiriza as questões em torno do uso da maconha. Na adaptação de Winter e Gallo, são três usuários de idades diferentes que contam suas histórias em torno da maconha, enquanto passam curiosidades sobre a cannabis. Uma delas é a de até o século 19, informa Winter, 80% do papel usado no mundo era feito de cânhamo.
Gallo faz questão de ressaltar que o espetáculo não faz apologia à droga, e sim, uma sátira às questões que envolvem o assunto.
Trabalhando na adaptação do texto e nos ensaios desde novembro, o elenco tem usado como referência livros e filmes que falam do assunto, como "O barato de Grace".
- Vamos deixar toda essa bibliografia disponível para a plateia, para que as pessoas saibam que as informações que estão ali não são aleatórias e arbitrárias - informa Winter. - Queremos colocar a questão de maneira divertida e educativa.
terça-feira, 2 de março de 2010
Estados Unidos aumenta em 13% o orçamento destinado à prevenção ao uso de drogas
O Globo
Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira, que planejam um aumento de 13% na porcentagem do orçamento de 2011 destinado à prevenção ao uso de drogas ilegais.
De acordo com o chefe de política antidrogas da Casa Branca, Gil Kerlikowske, o aumento sinaliza uma mudança nas prioridades da administração do presidente Barack Obama.
"Existe uma mudança nos recursos que refletem uma nova intensidade em prevenção e tratamento", disse ele.
O anúncio foi feito durante encontro bilateral com o México para discussão de estratégias comuns para combater o uso de drogas.
Legalização
Os EUA propuseram um orçamento de US$ 15 bilhões para combater drogas no ano de 2011, mas Kerlikowske disse que a parte destinada à prevenção ao uso aumentará para 13%, chegando a US$ 5,6 bilhões.
Perguntado se a mudança seria uma admissão de que a estratégia atual não estaria funcionando, Kerlikowske disse reconhecer que respostas "simplistas" não funcionam e a estratégia deve se adaptar à necessidade.
Kerlikowske afirmou ainda que o governo americano não pretende discutir a descriminalização do uso de drogas, proposto por alguns especialistas e um grupo de ex-presidentes latino-americanos.
"A legalização não será discutida na administração Obama sob nenhuma circunstância", disse ele.
"Temos um assunto sério que não será resolvido com a legalização", completou.
O embaixador americano para o México, Carlos Pascual, disse que o governo do presidente Obama reconhece que a demanda por drogas nos Estados Unidos alimenta a violência ligada ao narcotráfico no México.
De acordo com o chefe de política antidrogas da Casa Branca, Gil Kerlikowske, o aumento sinaliza uma mudança nas prioridades da administração do presidente Barack Obama.
"Existe uma mudança nos recursos que refletem uma nova intensidade em prevenção e tratamento", disse ele.
O anúncio foi feito durante encontro bilateral com o México para discussão de estratégias comuns para combater o uso de drogas.
Legalização
Os EUA propuseram um orçamento de US$ 15 bilhões para combater drogas no ano de 2011, mas Kerlikowske disse que a parte destinada à prevenção ao uso aumentará para 13%, chegando a US$ 5,6 bilhões.
Perguntado se a mudança seria uma admissão de que a estratégia atual não estaria funcionando, Kerlikowske disse reconhecer que respostas "simplistas" não funcionam e a estratégia deve se adaptar à necessidade.
Kerlikowske afirmou ainda que o governo americano não pretende discutir a descriminalização do uso de drogas, proposto por alguns especialistas e um grupo de ex-presidentes latino-americanos.
"A legalização não será discutida na administração Obama sob nenhuma circunstância", disse ele.
"Temos um assunto sério que não será resolvido com a legalização", completou.
O embaixador americano para o México, Carlos Pascual, disse que o governo do presidente Obama reconhece que a demanda por drogas nos Estados Unidos alimenta a violência ligada ao narcotráfico no México.
segunda-feira, 1 de março de 2010
TJ-SP veta passeata pela descriminalização das drogas
GUSTAVO URIBE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu hoje liminar a mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e suspendeu a realização amanhã, na capital paulista, da "Marcha da Maconha", passeata que defende a descriminalização da droga no País.Na decisão expedida na tarde de hoje, a desembargadora Maria Tereza do Amaral cancelou a promoção do evento sob o argumento de que ele representa "uma manifestação de uso público coletivo da maconha". "Porquanto não se trata de um debate de ideias, mas de uma manifestação de uso público coletivo da maconha", escreveu a desembargadora.Em pedido ajuizado no início da semana, o promotor de Justiça Walter Tebet Filho exigiu a suspensão do evento devido ao conteúdo de mensagens publicadas na internet pelos organizadores da marcha. De acordo com o promotor, eles "conclamam à prática de conduta ilícita, inclusive alardeando que, em ato simbólico, cada um acenderá seu cigarro de maconha" durante a passeata.A desembargadora determinou que a decisão fosse comunicada com urgência à Prefeitura de São Paulo e às polícias Civil e Militar. Essa foi a segunda vez que o MP-SP consegue na Justiça a suspensão da marcha na capital paulista, cancelada também no ano passado.Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação que visa a suspensão de qualquer decisão judicial contrária a manifestações em defesa da legalização das drogas no País. A medida foi ingressada em agosto pela ex-procuradora-geral da República Deborah Duprat, que deixou o cargo em julho de 2009.No documento entregue aos ministros do STF, Duprat defendeu que a liberdade de expressão assegurada pela Constituição garante o direito de o cidadão defender a legalização das drogas sem que isso seja considerado apologia ao crime. Na interpretação da ex-procuradora-geral, as decisões que proíbem atos que defendem a descriminalização das drogas, como a que tornou ilegal a Marcha da Maconha em 2009, não levam em conta a liberdade de expressão dos manifestantes.Deborah sustentou que muitas das decisões "interpretam com equívoco" as normas legais e avaliam os atos públicos como meios de apologia ao crime. "A interpretação pode conduzir - e tem conduzido - à censura de manifestações públicas em defesa da legalização das drogas, violando os direitos das pessoas e grupos censurados", argumentou.
SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu hoje liminar a mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e suspendeu a realização amanhã, na capital paulista, da "Marcha da Maconha", passeata que defende a descriminalização da droga no País.Na decisão expedida na tarde de hoje, a desembargadora Maria Tereza do Amaral cancelou a promoção do evento sob o argumento de que ele representa "uma manifestação de uso público coletivo da maconha". "Porquanto não se trata de um debate de ideias, mas de uma manifestação de uso público coletivo da maconha", escreveu a desembargadora.Em pedido ajuizado no início da semana, o promotor de Justiça Walter Tebet Filho exigiu a suspensão do evento devido ao conteúdo de mensagens publicadas na internet pelos organizadores da marcha. De acordo com o promotor, eles "conclamam à prática de conduta ilícita, inclusive alardeando que, em ato simbólico, cada um acenderá seu cigarro de maconha" durante a passeata.A desembargadora determinou que a decisão fosse comunicada com urgência à Prefeitura de São Paulo e às polícias Civil e Militar. Essa foi a segunda vez que o MP-SP consegue na Justiça a suspensão da marcha na capital paulista, cancelada também no ano passado.Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação que visa a suspensão de qualquer decisão judicial contrária a manifestações em defesa da legalização das drogas no País. A medida foi ingressada em agosto pela ex-procuradora-geral da República Deborah Duprat, que deixou o cargo em julho de 2009.No documento entregue aos ministros do STF, Duprat defendeu que a liberdade de expressão assegurada pela Constituição garante o direito de o cidadão defender a legalização das drogas sem que isso seja considerado apologia ao crime. Na interpretação da ex-procuradora-geral, as decisões que proíbem atos que defendem a descriminalização das drogas, como a que tornou ilegal a Marcha da Maconha em 2009, não levam em conta a liberdade de expressão dos manifestantes.Deborah sustentou que muitas das decisões "interpretam com equívoco" as normas legais e avaliam os atos públicos como meios de apologia ao crime. "A interpretação pode conduzir - e tem conduzido - à censura de manifestações públicas em defesa da legalização das drogas, violando os direitos das pessoas e grupos censurados", argumentou.
Para Cesar Maia, FHC erra ao defender descriminalização de drogas
Valor Online
Publicada em 26/02/2010
SÃO PAULO - O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) acredita que defesa da descriminalização da posse de maconha para consumo pessoal por parte do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode ter reflexos negativos sobre a campanha do candidato tucano ao Palácio do Planalto, o governador paulista, José Serra (PSDB).
A manifestação de Maia em seu ex-blog ocorreu hoje, um dia depois de FHC ter passado o dia no Rio, participando da gravação de um documentário sobre a descriminalização das drogas, cujo o título provisório é "Rompendo o Silêncio".
Para Maia, o ex-presidente deve ter cuidado com a defesa de determinados temas, uma vez que é um dos personagens políticos das eleições presidenciais de 2010.
"Agora, num estilo holandês de ver a vida, (FHC) decidiu ser o âncora de um filme-documentário propondo que o consumo de drogas, com a maconha como abre alas, corra livre de constrangimento", disse o ex-prefeito, ressaltando que a descriminalização das drogas é uma questão polêmica e de questionável efetividade.
Além disso, Maia afirmou que 85% das pessoas são contra a medida, sendo que entre os mais pobres o percentual salta para 94%. "Se não bastasse a 'populistalização' de Lula entre os mais pobres, se entrar este documentário antes das eleições, terá o efeito que o filme dele não conseguiu: abalar a população, e especialmente os mais pobres".
O ex-prefeito ainda aproveitou para dar uma alfinetada no colega tucano ao assinalar que FHC precisa lembrar que está no Brasil e que sua atuação "no clube das personalidades mundiais acima do bem e do mal" só se aplica em fóruns sofisticados.
"Rapidamente os momentos mais contundentes (do documentário) serão recortados e cairão em todas as redes de internet, com a chamada que se imagina. Em 2010, isso seria um desastre", previu.
Desde o ano passado, o tucano têm defendido a descriminalização da maconha. Ao lado dos ex-presidentes César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México), ele propõe uma revisão nas políticas de repressão às drogas na América Latina. Segundo FHC, trata-se de um problema de saúde pública. Por isso os dependentes, sustenta, devem ser tratados como pacientes e não criminosos.
(Fernando Taquari Valor)
SÃO PAULO - O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) acredita que defesa da descriminalização da posse de maconha para consumo pessoal por parte do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode ter reflexos negativos sobre a campanha do candidato tucano ao Palácio do Planalto, o governador paulista, José Serra (PSDB).
A manifestação de Maia em seu ex-blog ocorreu hoje, um dia depois de FHC ter passado o dia no Rio, participando da gravação de um documentário sobre a descriminalização das drogas, cujo o título provisório é "Rompendo o Silêncio".
Para Maia, o ex-presidente deve ter cuidado com a defesa de determinados temas, uma vez que é um dos personagens políticos das eleições presidenciais de 2010.
"Agora, num estilo holandês de ver a vida, (FHC) decidiu ser o âncora de um filme-documentário propondo que o consumo de drogas, com a maconha como abre alas, corra livre de constrangimento", disse o ex-prefeito, ressaltando que a descriminalização das drogas é uma questão polêmica e de questionável efetividade.
Além disso, Maia afirmou que 85% das pessoas são contra a medida, sendo que entre os mais pobres o percentual salta para 94%. "Se não bastasse a 'populistalização' de Lula entre os mais pobres, se entrar este documentário antes das eleições, terá o efeito que o filme dele não conseguiu: abalar a população, e especialmente os mais pobres".
O ex-prefeito ainda aproveitou para dar uma alfinetada no colega tucano ao assinalar que FHC precisa lembrar que está no Brasil e que sua atuação "no clube das personalidades mundiais acima do bem e do mal" só se aplica em fóruns sofisticados.
"Rapidamente os momentos mais contundentes (do documentário) serão recortados e cairão em todas as redes de internet, com a chamada que se imagina. Em 2010, isso seria um desastre", previu.
Desde o ano passado, o tucano têm defendido a descriminalização da maconha. Ao lado dos ex-presidentes César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México), ele propõe uma revisão nas políticas de repressão às drogas na América Latina. Segundo FHC, trata-se de um problema de saúde pública. Por isso os dependentes, sustenta, devem ser tratados como pacientes e não criminosos.
(Fernando Taquari Valor)
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