Liberar, legalizar ou descriminalizar?
07/08/2011 11:09
Blog Railton Teixeira
Ao longo de toda uma polêmica que a mídia com alguns radicais estão querendo levantar, a respeito da maconha, alguns questionamentos nos são propícios. Uma vez que a nossa sociedade ainda é arraigada de alguns (pré) conceitos que nos impedem de emitir um juízo de valor e até mesmo uma opinião, sem ser sensacionalista, a respeito do tema.
Liberar, descriminalizar ou legalizar? A discussão está muito mais longe do que imaginamos. Temos no centro da polêmica um ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, querendo descriminalizar e tratar o usuário como um doente.
Do outro, movimentos que vem há anos organizando as famosas marchas da maconha. Universitários, secundaristas, profissionais liberais, intelectuais e sindicalistas que mesmo diante de todo o preconceito vão as ruas reivindicando uma possível liberação e legalização da droga.
Com argumentos, os manifestantes e defensores deste pensamento exigem que a sociedade encare a droga (dita natural) tal como o álcool. Segundo eles, o álcool mata mais que todas as drogas juntas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu e garantiu um direito que é assegurado na Constituição, que é da livre expressão. Assim as manifestações de pensamento não serão proibidas, uma vez que a justiça estava privando às tais marchas.
Após a decisão, muitos se utilizaram do discurso e emitiram um juízo de valor dizendo que agora os ditadores vão às ruas exigindo à volta do regime militar, que os radicais irão às ruas para exigir que o aborto seja liberado e etc. Se tais manifestações fossem ocorrer já estariam aí para todos verem.
Mas ao longo de toda esta discussão temos uma sociedade alienada, primeiro dentro da metodologia de uma igreja que ao longo dos anos apenas quis fazer dos seres humanos zumbis e que quis embutir o pensamento de que tudo era pecado e que papai do céu iria castigar.
Depois grupos políticos que diante de todo o processo histórico quis dificultar o trânsito da droga no País e permitir apenas o álcool que através da cana de açúcar incentivaria os grandes barões a continuar com a sua monocultura.
Infelizmente, o brasileiro é dotado de uma preguiça, que muitos dos historiadores/sociólogos denominam de, intelectual. Vamos de encontro ao conceito marxista (mesmo não sendo discípulo, mas apreciador da tese) ao invés de sermos ontológico, aquele que vai buscar o porquê do problema na sua raiz histórica, somos gnosiológicos, apenas nos baseamos no senso comum.
Enquanto nesta briga de interesses entre cães e gatos existem mais coisas do que imaginamos, porém ainda não nos permitimos nos abrir a um diálogo e ver onde realmente está a matriz do problema.
07/08/2011 11:09
Blog Railton Teixeira
Ao longo de toda uma polêmica que a mídia com alguns radicais estão querendo levantar, a respeito da maconha, alguns questionamentos nos são propícios. Uma vez que a nossa sociedade ainda é arraigada de alguns (pré) conceitos que nos impedem de emitir um juízo de valor e até mesmo uma opinião, sem ser sensacionalista, a respeito do tema.
Liberar, descriminalizar ou legalizar? A discussão está muito mais longe do que imaginamos. Temos no centro da polêmica um ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, querendo descriminalizar e tratar o usuário como um doente.
Do outro, movimentos que vem há anos organizando as famosas marchas da maconha. Universitários, secundaristas, profissionais liberais, intelectuais e sindicalistas que mesmo diante de todo o preconceito vão as ruas reivindicando uma possível liberação e legalização da droga.
Com argumentos, os manifestantes e defensores deste pensamento exigem que a sociedade encare a droga (dita natural) tal como o álcool. Segundo eles, o álcool mata mais que todas as drogas juntas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu e garantiu um direito que é assegurado na Constituição, que é da livre expressão. Assim as manifestações de pensamento não serão proibidas, uma vez que a justiça estava privando às tais marchas.
Após a decisão, muitos se utilizaram do discurso e emitiram um juízo de valor dizendo que agora os ditadores vão às ruas exigindo à volta do regime militar, que os radicais irão às ruas para exigir que o aborto seja liberado e etc. Se tais manifestações fossem ocorrer já estariam aí para todos verem.
Mas ao longo de toda esta discussão temos uma sociedade alienada, primeiro dentro da metodologia de uma igreja que ao longo dos anos apenas quis fazer dos seres humanos zumbis e que quis embutir o pensamento de que tudo era pecado e que papai do céu iria castigar.
Depois grupos políticos que diante de todo o processo histórico quis dificultar o trânsito da droga no País e permitir apenas o álcool que através da cana de açúcar incentivaria os grandes barões a continuar com a sua monocultura.
Infelizmente, o brasileiro é dotado de uma preguiça, que muitos dos historiadores/sociólogos denominam de, intelectual. Vamos de encontro ao conceito marxista (mesmo não sendo discípulo, mas apreciador da tese) ao invés de sermos ontológico, aquele que vai buscar o porquê do problema na sua raiz histórica, somos gnosiológicos, apenas nos baseamos no senso comum.
Enquanto nesta briga de interesses entre cães e gatos existem mais coisas do que imaginamos, porém ainda não nos permitimos nos abrir a um diálogo e ver onde realmente está a matriz do problema.
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