O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações.
03/08/2011 18:05 folha.com
A maconha artificial mais popular nos EUA, vendida como incenso, a K2 é alvo de resenhas em sites especializados, que também publicam vídeos ensinando a usá-la.
O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações.
Os inventores da K2 –uma alusão à montanha no Himalaia– até criaram um “selo de originalidade” para os pontos de venda, conforme seu próprio site indica, mas ainda há muitas cópias “piratas” por aí.
“Os usuários muitas vezes não fazem ideia do que estão usando. Eles se baseiam nos efeitos que os traficantes dizem que aquela droga vai ter”, diz Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp.
“O assunto está ganhando cada vez mais espaço nos congressos de toxicologia, mas ainda há pouca literatura sobre os efeitos, sobretudo os de longo prazo, dessas drogas”, conclui.
SEM CONTROLE
O uso das drogas artificiais vem crescendo. Um estudo britânico divulgado na semana passada diz que a mefedrona (usada para fazer similares de cocaína e ecstasy) já é tão popular quanto a cocaína no Reino Unido. Mesmo assim, a maioria dos países ainda engatinha em seu controle.
Boa parte da Europa e os Estados Unidos estão se esforçando na proibição dessas substâncias, mas basta uma pequena engenharia química para que as drogas retornem à “legalidade”.
“É muito fácil fazer uma pequena alteração química que muda sua nomenclatura”, diz Lanaro.
Nos Estados Unidos, a maior frente de batalha é contra os canabinoides sintéticos. Trinta e oito dos 50 estados americanos baniram ou aguardam legislação para banir a venda dessas substâncias em seu território.
Por meio de sua assessoria, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que, no Brasil, a análise e o subsequente banimento de substâncias vem da demanda de policiais e da própria população. No caso da recém-proscrita mefedrona, o apelo veio da Polícia Federal.
Apesar da proibição, coibir a venda e o uso dessas substâncias deve ser complicado. “Elas são mais difíceis de apreender porque os policiais não estão familiarizados com elas, a apresentação pode ser aparentemente inofensiva”, avalia Lanaro.
Testes comuns de detecção de drogas não costumam identificá-las. A maioria passa desapercebida pelos cães farejadores
03/08/2011 18:05 folha.com
A maconha artificial mais popular nos EUA, vendida como incenso, a K2 é alvo de resenhas em sites especializados, que também publicam vídeos ensinando a usá-la.
O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações.
Os inventores da K2 –uma alusão à montanha no Himalaia– até criaram um “selo de originalidade” para os pontos de venda, conforme seu próprio site indica, mas ainda há muitas cópias “piratas” por aí.
“Os usuários muitas vezes não fazem ideia do que estão usando. Eles se baseiam nos efeitos que os traficantes dizem que aquela droga vai ter”, diz Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp.
“O assunto está ganhando cada vez mais espaço nos congressos de toxicologia, mas ainda há pouca literatura sobre os efeitos, sobretudo os de longo prazo, dessas drogas”, conclui.
SEM CONTROLE
O uso das drogas artificiais vem crescendo. Um estudo britânico divulgado na semana passada diz que a mefedrona (usada para fazer similares de cocaína e ecstasy) já é tão popular quanto a cocaína no Reino Unido. Mesmo assim, a maioria dos países ainda engatinha em seu controle.
Boa parte da Europa e os Estados Unidos estão se esforçando na proibição dessas substâncias, mas basta uma pequena engenharia química para que as drogas retornem à “legalidade”.
“É muito fácil fazer uma pequena alteração química que muda sua nomenclatura”, diz Lanaro.
Nos Estados Unidos, a maior frente de batalha é contra os canabinoides sintéticos. Trinta e oito dos 50 estados americanos baniram ou aguardam legislação para banir a venda dessas substâncias em seu território.
Por meio de sua assessoria, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que, no Brasil, a análise e o subsequente banimento de substâncias vem da demanda de policiais e da própria população. No caso da recém-proscrita mefedrona, o apelo veio da Polícia Federal.
Apesar da proibição, coibir a venda e o uso dessas substâncias deve ser complicado. “Elas são mais difíceis de apreender porque os policiais não estão familiarizados com elas, a apresentação pode ser aparentemente inofensiva”, avalia Lanaro.
Testes comuns de detecção de drogas não costumam identificá-las. A maioria passa desapercebida pelos cães farejadores
Nenhum comentário:
Postar um comentário