O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, representante brasileiro na Comissão Latino-americana para Drogas, tem defendido aberta e publicamente a descriminalização do uso de drogas leves, como a maconha. Ele deveria saber que a quase totalidade dos usuários de maconha passa depois a usar drogas mais fortes.Mas de Fernando Henrique tudo se pode esperar, pois ele tem a visão muito prejudicada por alguma razão desconhecida. Ele demorou a descobrir que o juiz Lalau desviava grandes verbas.O ex-presidente não representa a maioria do povo brasileiro. É cego e surdo, pois, como o atual presidente Lula, não “sabia” de nada e seus enviados pagavam R$ 200 mil a cada deputado federal do Amazonas para apoiar a sua reeleição. Não via e não sabia de outro fatos também, apesar de ser muito culto e de ter dado aulas na Sorbonne, em Paris.Está visto e sabido que o vício das drogas acontece em escala ascendente de efeito, chegando ao crack destruidor – que, com uma dose no sangue, faz com que alguns usuários partam para a violência, o assalto armado e o assassinato. O ex-presidente está sabendo muito bem o que já é evidente para todos – é o usuário que sustenta o traficante. Sem usuário não há traficante – e sem traficante o Rio de Janeiro poderia voltar a ser o que já foi, a mais bela e acolhedora cidade do mundo, que encantava todas as gerações de brasileiros e de estrangeiros.É um mistério a falta de ação das autoridades contra a droga. Atos isolados da polícia, um dia ou outro, atacando alguns antros do vício, com a prisão de alguns, que são logo libertados por forças misteriosas, não resolvem nada. O exemplo deveria vir de cima, mas as camadas superiores da sociedade têm muitos viciados. Esse é o mistério que permite que os traficantes se armem até os dentes e desafiem a polícia e a sociedade.Só governos íntegros, sem traidores em seu meio, determinados, inteligentes e corajosos poderão, no espaço de uma geração, derrotar o tráfico e reeducar a população. O usuário de drogas é um doente, sim, mas não pode provocar a tortura e a morte do inocente. Deve ser reeducado em centros especiais. É um doente que deve ser isolado e tratado até se recuperar. E, se for possível, retornar à sua família, uma família que seja decente, em que pais e filhos se entendam bem, com diálogo e união, como era antigamente.Nos tempos passados, a família tinha um pai, uma mãe e filhos. A droga, hoje, destruiu os laços familiares, dilacerou o tecido social, deixou os filhos sem pai nem mãe, jogados na rua, em companhia de outros desajustados, que pensam encontrar no tóxico a solução para suas inquietações.Vê-se aí que a droga degenera o filho do pobre da favela e o filho do rico da mesma forma e por isso o crime existe em todas as faixas sociais, porque o mal não vem só da miséria. Vem principalmente da destruição da família.francisco@karam.com.br
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