A legalização da maconha volta ao debate nos EUA. Confira a última sondagem.
1. A questão da legalização da maconha voltou a ser debatida pela sociedade norte-americana com a aproximação de duas consultas, na Califórnia e na Dakota do Sul.
O debate norte-americano, frise-se, não foi motivado pela última constatação européia de que, em alguns países de linha criminalizante, ocorreu o aumento do consumo de maconha na faixa etária relativa aos maiores de 65 anos.
2. Na Califórnia, em novembro próximo, será decidido, no voto, pela liberação ou não do porte e do consumo lúdico-recreativo da marijuana.
Na Dakota do Sul, com grande atraso diante de outros estados federados, a consulta popular versará, no outono próximo, sobre o consumo terapêutico da maconha.
Só para recordar, uma lei estadual autoriza, na Califórnia e há anos, o uso médico, terapêutico.
Tal fato fez o ex-presidente W. Bush provocar a Suprema Corte. Isto para que ela declarasse inconstitucional a lei californiana.
A Suprema Corte decidiu, apenas, que uma lei federal não poderia autorizar o emprego terapêutico da marijuana. A partir daí, fingiu-se que a decisão da Corte não era específica para o estado da Califórnia.
Num dos seus primeiros atos como novo presidente dos EUA, Barack Obama determinou o fim das perseguições, pela polícia federal — que atuava a mando de W. Bush —, aos que faziam uso de maconha para finalidade terapêutica. Assim, acabou com o constrangimento passado por idosos, que fumavam em praças públicas, ao sol da manhã.
A respeito, não se sabe ter Obama consultado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um especialista em oportunismos.
3. Ontem, uma pesquisa da Associated Press (AP) e da rede televisiva CNBC foi apresentada.
Resultado: apenas 33% dos entrevistados afirmaram ser a favor da liberação da maconha.
Na faixa etária abaixo dos 30 anos, a aprovação alcança 54%.
O uso terapêutico é aprovado por dois terços dos norte-americanos, segundo a pesquisa Associated Press-CNBC.
Os consultados foram céticos quanto à legalização poder gerar queda nos índices da criminalidade.
4. Por outro lado, a marca de anos de falsas campanhas proibicionistas ainda são sentidas. Assim, na sondagem, ficou registrado que muitos consultados acreditam que o consumo legalizado da maconha pode induzir à busca de drogas mais pesadas, como a heroína e a cocaína.
5. Não se sabe, ainda, da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Califórnia e na Dakota do Sul.
Caso a pesquisa da Associated Press-CNBC tivesse sido realizada no Brasil, com resultados iguais, não seria nada difícil FHC recuar das suas atuais convicções.
Talvez FHC voltasse a manter a posição proibicionista e criminalizante que abraçou no seu governo e arrancou elogios do seu guia Bill Clinton.
Wálter Fanganiello Maierovitch
1. A questão da legalização da maconha voltou a ser debatida pela sociedade norte-americana com a aproximação de duas consultas, na Califórnia e na Dakota do Sul.
O debate norte-americano, frise-se, não foi motivado pela última constatação européia de que, em alguns países de linha criminalizante, ocorreu o aumento do consumo de maconha na faixa etária relativa aos maiores de 65 anos.
2. Na Califórnia, em novembro próximo, será decidido, no voto, pela liberação ou não do porte e do consumo lúdico-recreativo da marijuana.
Na Dakota do Sul, com grande atraso diante de outros estados federados, a consulta popular versará, no outono próximo, sobre o consumo terapêutico da maconha.
Só para recordar, uma lei estadual autoriza, na Califórnia e há anos, o uso médico, terapêutico.
Tal fato fez o ex-presidente W. Bush provocar a Suprema Corte. Isto para que ela declarasse inconstitucional a lei californiana.
A Suprema Corte decidiu, apenas, que uma lei federal não poderia autorizar o emprego terapêutico da marijuana. A partir daí, fingiu-se que a decisão da Corte não era específica para o estado da Califórnia.
Num dos seus primeiros atos como novo presidente dos EUA, Barack Obama determinou o fim das perseguições, pela polícia federal — que atuava a mando de W. Bush —, aos que faziam uso de maconha para finalidade terapêutica. Assim, acabou com o constrangimento passado por idosos, que fumavam em praças públicas, ao sol da manhã.
A respeito, não se sabe ter Obama consultado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um especialista em oportunismos.
3. Ontem, uma pesquisa da Associated Press (AP) e da rede televisiva CNBC foi apresentada.
Resultado: apenas 33% dos entrevistados afirmaram ser a favor da liberação da maconha.
Na faixa etária abaixo dos 30 anos, a aprovação alcança 54%.
O uso terapêutico é aprovado por dois terços dos norte-americanos, segundo a pesquisa Associated Press-CNBC.
Os consultados foram céticos quanto à legalização poder gerar queda nos índices da criminalidade.
4. Por outro lado, a marca de anos de falsas campanhas proibicionistas ainda são sentidas. Assim, na sondagem, ficou registrado que muitos consultados acreditam que o consumo legalizado da maconha pode induzir à busca de drogas mais pesadas, como a heroína e a cocaína.
5. Não se sabe, ainda, da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Califórnia e na Dakota do Sul.
Caso a pesquisa da Associated Press-CNBC tivesse sido realizada no Brasil, com resultados iguais, não seria nada difícil FHC recuar das suas atuais convicções.
Talvez FHC voltasse a manter a posição proibicionista e criminalizante que abraçou no seu governo e arrancou elogios do seu guia Bill Clinton.
Wálter Fanganiello Maierovitch
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