Bragança Jornal Diário
Atualmente a Secretaria de Saúde de Bragança Paulista gasta R$ 42 mil mensais com a internação de sete menores em clínicas de recuperação, por solicitação do Juizado da Infância e Juventude. O problema é que a chance recuperação desses pacientes gira em torno de apenas 10%, conforme informação daquela pasta.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Maria Amália Gouveia de Oliveira, a internação é feita, normalmente de forma involuntária em clínicas particulares. O tratamento de cada menor custa R$ 6 mil por mês. Hoje, dos sete adolescentes em tratamento, três são menores de 14 anos.
“Sempre atendemos os casos encaminhados pelo Juizado da Infância e Juventude, embora a taxa de recuperação do vício seja de 10%. O ideal seria que a criança não chegasse a esse ponto, por isso teria que haver política de enfrentamento. Mas não adianta apenas os municípios estarem envolvidos. É preciso a participação de Estados e da União”, afirma.
A secretária considera que a área da Saúde deveria ser acionada por último. “Quando todos os mecanismos de prevenção falharem, então se torna um caso de saúde pública. A recuperação de adolescentes é a mais difícil, pois nessa idade eles não têm personalidade formada para escolher deixar o vício”, considera. Em Bragança Paulista, as unidades de saúde, bem como a Unidade de Atendimento Bom Jesus e Hospital DIA do HUSF promovem o atendimento em casos mais simples, surtos e mais graves.
Há também o Espaço do Adolescente que presta atendimento social a menores e atua na prevenção ao uso de drogas. “Nós trabalhamos intensamente essa questão, mas é preciso que haja uma união de forças, pois sem isso não conseguiremos combater o tráfico”, alerta a secretária.
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