Terra Brasil
21 de novembro de 2011 • 17h16 • atualizado às 17h50
Aproveitando um patrulhamento insuficiente, os narcotraficantes da Bolívia usam a fronteira com o Paraguai para transportar drogas para Brasil e Argentina, segundo o representante do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc, em inglês), o peruano César Guedes, em declarações divulgadas nesta segunda-feira.
"Poucos pensariam que a droga que chega a Brasil e Argentina, vinda da Bolívia, vá passar por suas fronteiras. Agora, o Paraguai é usado para distrair a atenção", disse Guedes ao jornal La Razón. Ele explicou que os criminosos utilizam essa rota porque não há um patrulhamento adequado, o que permite que tenham acesso aos maiores mercados do continente e, através deles, à Europa com um risco menor.
"Por ser uma fronteira inóspita, seca e sem cidades pares (separadas por apenas uma linha), os narcotraficantes transformam essa região em um ponto oportuno para executar ações criminosas", disse. "O que vamos fazer é que, tanto com Bolívia como com Paraguai, tenhamos maiores laços de comunicação para promover, no marco das Nações Unidas, uma cooperação maior no patrulhamento de fronteiras", afirmou.
Bolívia e Brasil fizeram avanços para fortalecer o combate ao narcotráfico na fronteira de 3,1 mil km entre os dois países por meio de voos não tripulados, do uso de radares e, inclusive, de exercícios militares conjuntos. Em março, esses dois países assinaram um acordo para as operações de vigilância com aviões não tripulados (Vant) e está pendente a assinatura de um convênio para monitorar e destruir plantações de coca.
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