Washington - Homens jovens que fumaram maconha para fins de diversão têm duas vezes mais chances de lhes ser diagnosticados câncer de testículo do que os rapazes que nunca usaram maconha, indica um estudo realizado nos EUA.
Os pesquisadores, cujas descobertas foram publicadas na revista Cancer, disseram que a ligação parece ser específica para um tipo de tumor conhecido como não-seminoma.
"Este é o terceiro estudo consistentemente demonstrando um risco maior do que o dobro deste subtipo particularmente indesejável de câncer de testículo entre os homens jovens com o uso da maconha", disse Victoria Cortessis, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, que liderou o estudo.
"Eu particularmente sinto que nós precisamos levar isso a sério agora", acrescentou ela, lembrando que as taxas de câncer de testículo vêm aumentando inexplicavelmente ao longo do último século. A pesquisa não é prova sem discussões de que a maconha é a culpada e, mesmo que fosse, o perigo não é esmagador.
Segundo a Sociedade Americana do Câncer, o risco de um homem desenvolver câncer de testículo ao longo da vida é de cerca de um em 270 -- e como há tratamento eficaz disponível, o risco de morrer por causa da doença é de apenas um indivíduo num grupo de cinco mil.
Até agora, pouco se sabe sobre o que causa isso. Cortessis disse que testículos retidos, em que os testículos permanecem no abdômen além da idade de um ano, são um factor de risco. Pesticidas e exposição hormonal também têm sido associados com os tumores.
Cortessis e seus colegas usaram dados de 163 jovens que haviam sido diagnosticados com câncer de testículo e cerca de 300 homens no grupo de comparação sem a doença. Ambos os grupos foram entrevistados sobre sua saúde e uso de drogas entre 1987 e 1994.
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