Barriga Verde
Colunistas > Lidiane Leite
21 de Novembro de 2010 - 00:00
DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS
Edição Impressa
O uso de drogas em todo o mundo, inclusive em nossa cidade, é algo realmente preocupável. A droga está acessível demais a qualquer pessoa, aos traficantes, aos viciados, enfim, a todos aqueles que se utilizam da mesma de uma ou de outra forma.
Particularmente, em se tratando de liberação do uso de entorpecentes, sou completamente contra, seja ele do tipo que for. Hoje se libera uma droga um pouco menos prejudicial, amanhã surgem variações de um tipo de droga altamente nocivo e as drogas que hoje são muito fortes serão liberadas também amanhã devido ao surgimento de novas drogas muito mais fortes. Onde isso vai parar?
Gostaria de fazer um paralelo à discussão sobre a redução da maioridade penal. Não adianta em nada reduzir a idade penal, já que os crimes estão sendo cometidos por menores cada vez mais novos. Da mesma forma, liberar o uso de drogas facilita ou diminui o crime? Não adianta deixar de punir os crimes relacionados ao narcotráfico para assim dizer que o índice criminal reduziu.
Descriminalizar é a solução? É importante enfatizar que nem todos que são a favor da descriminalização das drogas defendem a legalização. São duas coisas diferentes.
Na descriminalização, as substâncias ilícitas continuam proibidas, com a diferença de que os usuários deixam de responder a processos criminais, somente responde quem vende ou distribui gratuitamente. Já na legalização, não somente o uso como também a produção e a venda passam a ser legalizadas. Neste caso, as drogas seriam taxadas e controladas pelo Estado, em suas especificidades, da mesma forma que ocorre hoje com o tabaco e o álcool.
Tanto na legalização quanto na descriminalização, o objetivo é tornar a droga um problema de saúde pública, deixando de onerar os governos na repressão ao narcotráfico e manutenção de penitenciárias superlotadas.
A idéia de que o as pessoas dentro de um país devem ser livres, também possui um limite, onde termina o direito de um, começa o direito do outro. Ter liberdade não significa cada um fazer aquilo que quer, pois quando se entra no mundo das drogas, acaba-se por influenciar na vida de muitas outras pessoas que não gostariam de se envolver.
Liberar o uso de drogas é colaborar com a marginalização expressa. Não é a solução de um problema, é a cumplicidade com a falta de coragem em enfrentá-lo.
21 de Novembro de 2010 - 00:00
DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS
Edição Impressa
O uso de drogas em todo o mundo, inclusive em nossa cidade, é algo realmente preocupável. A droga está acessível demais a qualquer pessoa, aos traficantes, aos viciados, enfim, a todos aqueles que se utilizam da mesma de uma ou de outra forma.
Particularmente, em se tratando de liberação do uso de entorpecentes, sou completamente contra, seja ele do tipo que for. Hoje se libera uma droga um pouco menos prejudicial, amanhã surgem variações de um tipo de droga altamente nocivo e as drogas que hoje são muito fortes serão liberadas também amanhã devido ao surgimento de novas drogas muito mais fortes. Onde isso vai parar?
Gostaria de fazer um paralelo à discussão sobre a redução da maioridade penal. Não adianta em nada reduzir a idade penal, já que os crimes estão sendo cometidos por menores cada vez mais novos. Da mesma forma, liberar o uso de drogas facilita ou diminui o crime? Não adianta deixar de punir os crimes relacionados ao narcotráfico para assim dizer que o índice criminal reduziu.
Descriminalizar é a solução? É importante enfatizar que nem todos que são a favor da descriminalização das drogas defendem a legalização. São duas coisas diferentes.
Na descriminalização, as substâncias ilícitas continuam proibidas, com a diferença de que os usuários deixam de responder a processos criminais, somente responde quem vende ou distribui gratuitamente. Já na legalização, não somente o uso como também a produção e a venda passam a ser legalizadas. Neste caso, as drogas seriam taxadas e controladas pelo Estado, em suas especificidades, da mesma forma que ocorre hoje com o tabaco e o álcool.
Tanto na legalização quanto na descriminalização, o objetivo é tornar a droga um problema de saúde pública, deixando de onerar os governos na repressão ao narcotráfico e manutenção de penitenciárias superlotadas.
A idéia de que o as pessoas dentro de um país devem ser livres, também possui um limite, onde termina o direito de um, começa o direito do outro. Ter liberdade não significa cada um fazer aquilo que quer, pois quando se entra no mundo das drogas, acaba-se por influenciar na vida de muitas outras pessoas que não gostariam de se envolver.
Liberar o uso de drogas é colaborar com a marginalização expressa. Não é a solução de um problema, é a cumplicidade com a falta de coragem em enfrentá-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário