Alckmin diz que há muita lenda sobre facções criminosas em SP
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DE SÃO PAULO
Atualizado às 15h01.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira que há muita lenda sobre facções criminosas em São Paulo. A afirmação foi feita após documentos revelarem que o PCC possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado, como revelou a Folha hoje.Arquivos chegam a 'chefes' na prisão por pen drive
PCC tem 1.343 funcionários em 123 cidades
PCC lamenta prejuízos por ações da polícia
Para disfarçar, maconha vira morango nos relatos de facção
Os cerca de 400 documentos foram apreendidos em operações policiais e apontam também que há nas ruas um total de 1.343 bandidos ligados a facção criminosa. O número é quase o dobro do total de homens da Rota --considerada a tropa de elite da polícia paulista.
"O secretário de Segurança Pública já respondeu que há muita lenda. Crime organizado, desorganizado, ele é enfrentado. Todo dia policia vai pra cima de bandido, todo dia os criminosos são presos. Aqui bandido não cria nome. Temos prisões de segurança máxima para lideranças do crime organizado. São Paulo tem sistema penitenciário forte, polícia trabalhando", disse Alckmin.
O PCC é hoje o principal suspeito de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Os documentos revelados pela Folha mostram que a capital é o principal reduto do grupo, com 689 integrantes, mas regiões como Campinas (a 93 km de São Paulo) e Santos (no litoral) também têm grande contingente. A facção chega até à cidades pequenas, como Rifaina (464 km de São Paulo), que tem 3.400 habitantes.
Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.
Editoria de arte/Folhapress |
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