Por Rafael Moraes Moura, estadao.com.br, Atualizado: 14/12/2010 0:36
Epidemia nacional, crack já está em pelo menos 3.871 cidades brasileiras
O consumo de crack já se alastrou pelo País, atingindo sem distinção grandes centros urbanos e zonas rurais, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada ontem. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios (3.871) enfrentam problemas relacionados ao crack.
'Estamos falando de uma geografia do crack', disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. 'O problema alcançou uma dimensão nacional. Não está mais nas grandes cidades, mas nas áreas rurais', completou. Para a confederação, a principal promessa para conseguir alterar essa realidade, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em período pré-eleitoral para servir de vitrine à campanha de Dilma Rousseff (PT), 'não aconteceu'. 'Saímos da eleição. E alguém discutiu isso?'
Conforme o estudo, até agora, apenas 3,39% das cidades brasileiras fizeram convênio com o governo federal para conseguir recursos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em maio. Em São Paulo, foram ainda menos: 2,50%. A CNM alega que o plano limitou o acesso dos municípios às ações ao estabelecer como requisito para os beneficiários uma população acima de 20 mil habitantes.
O estudo conclui que uma das grandes dificuldades apresentadas é o financiamento das ações, que tem persistido em forma de subfinanciamentos em todos os programas ou políticas de governo. Apenas 24,6% recebem auxílio financeiro do governo federal, 13,8% do estadual e 3,6% de outras instituições. A maior parte dos municípios que já estão com o plano contra o crack em execução utiliza recursos próprios para enfrentar o problema, totalizando 62,4%.
A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) rebateu as críticas, alegando que dos R$ 410 milhões previstos para o plano neste ano, R$ 285 milhões estão sendo executados. Já teriam sido destinados pela Senad R$ 73 milhões para a abertura de leitos em hospitais e comunidades terapêuticas, criação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) e capacitação de agentes que atuam na rede de atendimento ao usuário de droga, entre outras ações. 'Na verdade, o plano vem tendo uma implementação extremamente positiva e uma execução satisfatória', afirmou a secretária-adjunta da Senad, Paulina Duarte.
Paulina classificou como 'temerário' o dado de que 98% dos municípios brasileiros enfrentam problemas com crack. 'Se nós fizermos um estudo epidemiológico, não vamos encontrar nenhum município sem caso, agora há lugares com consumo maior, outros menores', argumentou. Segundo ela, os municípios com menos de 20 mil habitantes foram contemplados em editais e liberações de verbas pontuais - ao contrário do que diz a CNM.
'Estamos falando de uma geografia do crack', disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. 'O problema alcançou uma dimensão nacional. Não está mais nas grandes cidades, mas nas áreas rurais', completou. Para a confederação, a principal promessa para conseguir alterar essa realidade, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em período pré-eleitoral para servir de vitrine à campanha de Dilma Rousseff (PT), 'não aconteceu'. 'Saímos da eleição. E alguém discutiu isso?'
Conforme o estudo, até agora, apenas 3,39% das cidades brasileiras fizeram convênio com o governo federal para conseguir recursos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado em maio. Em São Paulo, foram ainda menos: 2,50%. A CNM alega que o plano limitou o acesso dos municípios às ações ao estabelecer como requisito para os beneficiários uma população acima de 20 mil habitantes.
O estudo conclui que uma das grandes dificuldades apresentadas é o financiamento das ações, que tem persistido em forma de subfinanciamentos em todos os programas ou políticas de governo. Apenas 24,6% recebem auxílio financeiro do governo federal, 13,8% do estadual e 3,6% de outras instituições. A maior parte dos municípios que já estão com o plano contra o crack em execução utiliza recursos próprios para enfrentar o problema, totalizando 62,4%.
A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) rebateu as críticas, alegando que dos R$ 410 milhões previstos para o plano neste ano, R$ 285 milhões estão sendo executados. Já teriam sido destinados pela Senad R$ 73 milhões para a abertura de leitos em hospitais e comunidades terapêuticas, criação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) e capacitação de agentes que atuam na rede de atendimento ao usuário de droga, entre outras ações. 'Na verdade, o plano vem tendo uma implementação extremamente positiva e uma execução satisfatória', afirmou a secretária-adjunta da Senad, Paulina Duarte.
Paulina classificou como 'temerário' o dado de que 98% dos municípios brasileiros enfrentam problemas com crack. 'Se nós fizermos um estudo epidemiológico, não vamos encontrar nenhum município sem caso, agora há lugares com consumo maior, outros menores', argumentou. Segundo ela, os municípios com menos de 20 mil habitantes foram contemplados em editais e liberações de verbas pontuais - ao contrário do que diz a CNM.
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