2 de outubro de 2010
Traficante internacional de drogas revela como corrompia ministros, governadores e altos funcionários da Venezuela
Walid Makled aguarda extradição para os EUA.Ele está preso na Colômbia por ligação com organizações de narcotraficantes.
Nos EUA, Walid é acusado de tráfico de cocaína e homicídio, que teria sido de um agente da Drug Enforcement Agency (DEA).
Enquanto aguarda a extradição, Walid resolveu conceder uma entrevista à empresa jornalística colombiana RCN.
Na entrevista fez revelações bombásticas: “Se sou traficante, várias autoridades venezuelanas, para as quais dou dinheiro, também são”.
Walid afirmou que, por mês e na Venezuela, gastava US$ 1 milhão. Isto só para pagar “comissões” para ministros, governadores, generais e altos funcionários do governo Hugo Chavez.
Quando ocorreu o referendo constitucional para derrubar a proibição de o presidente concorrer a mais de dois mandatos, Walid disse ter fornecido ao pessoal de Chávez mais de US$ 2 milhões. Coube ao ex-governador Luiz Felipe Acosta Carlez aproximá-lo, em 2008, do governo Chávez (Carlez está rompido com Chávez desde 2009).
O extraditando se apresenta como empresário e concessionário de terminais do Puerto Cabello, um dos principais para carga e descarga de navios.
As concessões de terminais portuários foram possíveis de obter, sustenta Walid, diante do apoio que deu aos que resistiram ao golpe que chegou a tirar Chávez da Presidência.
A fortuna de Walid é estimada em mais de US$ 1 bilhão.
Quando chegar nos EUA, Walid afirma que vai indicar o local onde estão os documentos que comprovam os pagamentos realizados para corromper autoridades: “Nas minhas empresas muitas autoridades foram alimentadas com dinheiro e se sou traficante essas altas autoridades faziam parte do negócio comigo”.
Wálter Fanganiello Maierovitch
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