05 Dezembro 2009 - 00h30
Discurso Directo
“Vou apresentar a nossa política em Washington”João Goulão, Pres. Inst. da Droga e Toxicodependência escolhido para presidir ao Observatório Europeu da Droga.
Correio da Manhã – Qual o significado da sua eleição para presidente do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência?
João Goulão – Significa o reconhecimento da qualidade das políticas portuguesas nesta matéria, que nos últimos tempos tiveram grande visibilidade internacional, em especial o sucesso da descriminalização do consumo desde 2001.
– Como se materializa essa visibilidade?
– Portugal é hoje considerado um país modelo. Em Abril foi publicado em Washington o relatório do Instituto Cato, que mostrou que o consumo de drogas baixou após a descriminalização e isso despertou o interesse por parte dos media. Já dei entrevistas à ‘Time’, ‘The Economist’, BBC, ‘El País’ e ‘Le Point’.
– Há também interesse político?
– Sim. Já recebi vários embaixadores em Lisboa que vieram aconselhar-se sobre o nosso quadro legal e já houve mudanças à lei no sentido de descriminalizar consumos no México e Argentina. E no próximo dia 10 vou estar em Washington para apresentar a nossa política a elementos da Administração Obama e participar numa mesa redonda com o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.
– O presidente Obama estará presente?
–Não. Nesse dia vai receber o Nobel da Paz, porque havia a possibilidade de lá estar. Temos a expectativa de que estará a secretária de Estado, Hillary Clinton. Eles estão atentos a outros caminhos que não os seguidos nos EUA, que são predominantemente repressivos.
– O sucesso da descriminalização em Portugal expressa-se de que forma?
– Na tendência de descida significativa de consumo de todas as substâncias ilícitas, em especial nas camadas mais jovens. Por exemplo, em 2001, no grupo dos 15 aos 19 anos, 12% dos jovens já tinha experimentado drogas. Em 2007, o número desceu para 8%.
Discurso Directo
“Vou apresentar a nossa política em Washington”João Goulão, Pres. Inst. da Droga e Toxicodependência escolhido para presidir ao Observatório Europeu da Droga.
Correio da Manhã – Qual o significado da sua eleição para presidente do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência?
João Goulão – Significa o reconhecimento da qualidade das políticas portuguesas nesta matéria, que nos últimos tempos tiveram grande visibilidade internacional, em especial o sucesso da descriminalização do consumo desde 2001.
– Como se materializa essa visibilidade?
– Portugal é hoje considerado um país modelo. Em Abril foi publicado em Washington o relatório do Instituto Cato, que mostrou que o consumo de drogas baixou após a descriminalização e isso despertou o interesse por parte dos media. Já dei entrevistas à ‘Time’, ‘The Economist’, BBC, ‘El País’ e ‘Le Point’.
– Há também interesse político?
– Sim. Já recebi vários embaixadores em Lisboa que vieram aconselhar-se sobre o nosso quadro legal e já houve mudanças à lei no sentido de descriminalizar consumos no México e Argentina. E no próximo dia 10 vou estar em Washington para apresentar a nossa política a elementos da Administração Obama e participar numa mesa redonda com o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.
– O presidente Obama estará presente?
–Não. Nesse dia vai receber o Nobel da Paz, porque havia a possibilidade de lá estar. Temos a expectativa de que estará a secretária de Estado, Hillary Clinton. Eles estão atentos a outros caminhos que não os seguidos nos EUA, que são predominantemente repressivos.
– O sucesso da descriminalização em Portugal expressa-se de que forma?
– Na tendência de descida significativa de consumo de todas as substâncias ilícitas, em especial nas camadas mais jovens. Por exemplo, em 2001, no grupo dos 15 aos 19 anos, 12% dos jovens já tinha experimentado drogas. Em 2007, o número desceu para 8%.
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