quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Carreta que transportava 800 kg de maconha é apreendida em Atibaia

Caminhão foi apreendido domingo (25), mas droga foi descoberta na quarta
800 quilos de maconha e 40 de cocaína foram encontrados hoje (28) dentro de uma carreta no pátio de Atibaia. O caminhão havia sido apreendido no domingo (25), em Vargem, na Rodovia Fernão Dias, mas só nesta quarta-feira (28) a droga foi descoberta.
A carreta saiu de Embu, na Grande São Paulo, e seguia para Fortaleza carregada com 15 toneladas de produtos de limpeza. A viagem foi interrompida na madrugada de domingo por uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal na Fernão Dias, em Vargem.
De acordo com o inspetor Fernando Miranda, da Polícia Rodoviária Federal, dois veículos foram abordados. Em um dos veículos foram encontrados 4 Kg de crack. O outro motorista fugiu.
Na fuga, o motorista esqueceu o documento na cabine. Ele tem 54 anos e está foragido. A polícia levou a carreta abandonada até o pátio de veículos apreendidos em Atibaia. Os policiais entraram em contato com a transportadora. Quando os funcionários da empresa chegaram ao pátio, descobriram que havia outra carga além dos produtos de limpeza.
Foram encontrados 800 Kg de maconha e 40 Kg de cocaína. A droga estava embalada e escondida em tambores. O material foi apreendido e encaminhado para a DISE de Bragança Paulista.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Presidente mexicano aponta legalização das drogas como solução

Wálter Fanganiello Maierovitch
Do blog "Sem fronteiras"

Felipe Calderón, sob odor de fraude, assumiu a presidência do México no dia 1º de dezembro de 2006.
À época, as pesquisas e a boca-de-urna apontavam vitória de López Obrador, já prefeito da capital e candidato da esquerda progressista.
Para tentar mudar esse quadro de desconfiança e aplacar a ira da oposição que falava em ilegitimidade do mandato, Calderón, com o apoio do então presidente norte-americano George W. Bush, anunciou, no mesmo 1º de dezembro de 2006, o início da "war on drugs" e, consequentemente, aos cartéis que as ofertavam dentro e fora do México.
Como a polícia mexicana estava quase toda corrompida pelos chefões dos cartéis, Calderón convocou o Exército e chegou até a desarmar a polícia.
Como num passe de mágica, os mexicanos, na sua grande maioria, apoiaram Calderón e esqueceram as fraudes eleitorais. Ninguém, na história mexicana, havia conseguido, em dias, transformar-se de suspeito de fraude em presidente legitimado popularmente. As maiores preocupações dos mexicanos, consoante pesquisa pré-eleitoral, eram a violência e as drogas ilegais.
A alta popularidade de Calderón, no entanto, despencou dois anos depois, ou seja, quando civis inocentes viraram as principais vítimas da "war on drugs" de matriz norte-americana e importada por Calderon.
O primeiro grande fracasso de Calderón foi o Plan Mérida, desenhado pela CIA e DEA (agências norte-americana de espionagens política e de drogas) e executado com dinheiro disponibilizado por George W.Bush.
Hoje, com a aventura da "war on drugas", o México contabiliza 42.000 mortes e mais de 70% das vítimas são de civis, sem ligações com o narcotráfico. Cerca de 50% não possuíam registro criminal e os outros 20% nenhum antecedente criminal relacionado com as drogas proibidas.
A popularidade de Calderón despencou e a aprovação ao seu governo passou a ser uma das piores da história do seu país. Em resumo, Calderón ainda pensa se sairá candidato à reeleição. No momento, ele sabe que não conseguiria se eleger síndico de prédio.
Hoje, em Nova York onde se encontra para participar da Assembléia Geral das Nações Unidas, Calderón disse que a legalização será a saída para desfalcar e acabar com os cartéis de drogas: - "Vivemos no mesmo edifício. Mas, o nosso vizinho (referência aos EUA) e o maior consumidor mundial de drogas. E todos podem ver a droga passando por meio das nossas janelas", disse Calderón em discurso na Américas Society of New York.
Em busca de um culpado para apresentar aos eleitores mexicanos, Calderon aponta os EUA como a origem do problema. Para isso, usa o velho discurso, - já usado pelo então governador Antony Garotinho no Rio de Janeiro -, de que sem consumo não há oferta. Esse truísmo pode ser completado "com o sem oferta não haveria consumo". Mais, sem insumos químicos não ocorreria a transformação da folha de coca em cloridrato de cocaína (pó).
Ao falar que o México poderá legalizar a droga para enfraquecer a criminalidade organizada, Calderón esqueceu de explicar como será o seu projeto de legalização.

Pano Rápido. Para Calderón e depois de quase cinco anos de guerra, mortes e descrédito do Exército, a legalização é a tábua de salvação na busca de um segundo mandato.

No Brasil, Fernando Henrique Cardoso, que no poder foi adepto do modelo norte-americano de repressão ao consumidor, trocou discurso depois da reeleição de Lula e em busca de um palanque internacional.
Com efeito, essa gente é capaz de tudo para enganar os eleitores.

Counting the costs of archaic drug policies and strategies in Southern Africa

Institute for Security Studies (Tshwane/Pretoria) , 27 September 2011, by Annette Hubschle
In June 2011, fifty years after the initiation of the UN Single Convention on Narcotic Drugs and forty years after former US President Nixon launched the US government's 'War on Drugs', the Global Commission on Drug Policy released an explosive report on the failings of the war on drugs and its devastating consequences for individuals and societies around the world.
The purpose of the Global Commission on Drug Policy is to bring to the international level an informed, science-based discussion about humane and effective ways to reduce the harm caused by drugs to people and societies. It consists of former world leaders, writers and business leaders including Kofi Annan, Carlos Fuentes, Ernesto Zedillo, Richard Branson and others.
Traditionally, policy makers around the world premise drug strategies upon the belief that harsh law enforcement action against those involved in drug production, distribution and use would lead to a diminished market in controlled drugs such as heroin, cocaine and cannabis. As a matter of fact, the global scale of the illicit drug markets largely controlled by organised crime networks has grown dramatically over the past fifty years.
The international experience is replicated in Sub-Saharan Africa, which has seen the proliferation of organised crime networks involved in the international drug trade in the past decade. Cannabis is grown, smuggled and traded across the subcontinent, of which the majority is destined for the lucrative markets of Northern America and Europe. Hydroponic cannabis plantations have been found across South Africa. Authorities in South Africa have had some success in dismantling drug laboratories in urban centres, but acknowledge that synthetic drug producers have diversified and house their operations in mobile laboratories or have moved to neighbouring countries. While West Africa remains the major African transhipment region for cocaine consignments from South America to European markets, the potential for displacement of routes to Southern Africa has been a major concern to regional law enforcement bodies. East Africa, on the other hand, has become a port of entry and transhipment for the opiate trade from the Golden Triangle.
Since the northern markets are largely oversupplied and saturated, drug networks have been expanding their illicit operations to new markets in the developing world. This has led to an upsurge of the levels of 'hard drug' consumption including heroin, cocaine, methamphetamines and amphetamines in Sub-Saharan Africa. There has been a steady increase of consumption levels of cannabis and other natural stimulants such as the herbal drug Khat across the continent. Massive and potentially lucrative illicit markets that can be exploited by transnational organised crime networks are being created and at the same time, the incidence and scale of drug related violence is likely to escalate.
ISS research into organised crime shows that transnational drug trafficking networks are firmly entrenched at both the local and inter-regional levels. Local crime networks run domestic distribution of cannabis and some harder drugs, while foreign nationals ensure the smooth distribution and transhipment of both soft and hard drugs to regional and international markets. Corruption of police, airport security, customs officials and some politicians ensures that the majority of consignments pass undetected across borders. Networks employ dealers to distribute the drugs effectively. Drug related violence has been growing steadily in recent years. Several targeted assassinations against gangland leaders occurred in South Africa and turf wars between competing dealers have been documented, such as those among urban gangs in Cape Town, South Africa and drug dealers and consumers in the Colombias in Maputo. Additionally, Chibolya township in Lusaka and Kariakoo and Kinondoni townships in Dar es Salaam have encountered violent confrontations with the police.
Law enforcement authorities have prioritised the fight against drug trafficking across the subcontinent. Specialised police units have been set up. Interception efforts, drug seizures and interdiction at national borders have shown limited or low success rates. Ultimately vigorous action in one area leads to shifts in the pattern or modus operandi, or to the movement of the illegal activity to another area. Our research shows that the focus of law enforcement authorities has been on the low-level dealers, consumers and couriers, who are easily replaced with new recruits. Hundreds of drug couriers have been caught and are serving lengthy prison sentences across the region and elsewhere in the world. Small town dealers and drug consumers are sitting off long prison sentences in overcrowded prisons, whereas the kingpins carry on with their business unperturbed. A notable exception is the recent conviction of Sheryl Cwele, the wife of the South African Minister of State Security, and her associate Frank Nabolisa who were convicted of recruiting two women to deliver cocaine consignments.
Cannabis eradication campaigns in Lesotho, Swaziland and South Africa have been highly controversial and unsuccessful. The Agent Orange-type chemicals employed by the South African Police Service have led to the toxification of arable land and ground water. Subsistence farmers have moved their plantations to inaccessible land in the mountains. A divergence of legal and social morality is clearly discernible where local communities regard the cultivation of cannabis as necessary to survival thereby depriving the police of legitimacy and support from civil, political and social structures.
Most countries in Sub-Saharan Africa have signed and ratified the United Nations' Vienna Convention (1988) limiting the production, distribution and use of listed narcotic drugs and psychotropic substances as well as the UN Convention against Transnational Organised Crime (also known as the Palermo Convention of 2000). However, most of these countries have no drug strategy and, in most instances, archaic and draconian anti-drug laws have been instituted which tally with the dominant drug control paradigm.
The global objective of the drug control paradigm has been twofold: on the one hand, the suppression of supply through action in source countries and strong enforcement against distribution and retail markets; on the other, the suppression of demand through hard hitting education and prevention and the identification and punishment of users. The prohibitionist paradigm underpins the law enforcement approach to drug control on the subcontinent. Moreover, authorities in East and Southern Africa see the drug problem as a law enforcement issue and not a health or social problem. This has led to very little resources being made available for treatment and harm reduction initiatives in both regions.
Internationally, there has been a move away from the repressive zero-tolerance model towards a more evidence-based humane drug policy paradigm. Examples from abroad provide lessons learned about less punitive approaches and their impact on levels of drug use and drug related harm to the individual and society. For instance, legislation lessening criminalization combined with shifting resources from law enforcement and incarceration to prevention, treatment and harm reduction is more effective in reducing drug-related problems. The so-called harm reduction approach has resulted in a greater diversity of treatment options, less stigmatization of drug users, prevention of diseases and overdoses, and reduction of crime. Moreover, this approach has been applied to deal with social harms such as the reduction of drug-related violence in Latin America. It is high time for Southern African law and policy makers to consider its utility in dealing with the drug problem.

Added on 28 September 2011

Colômbia: Das drogas ilícitas à subsistência sustentável

26 de setembro de 2011 - Cerca de 80.000 famílias de agricultores na Colômbia dependem cultivo ilícito de coca para sobreviver. UNODC executa projetos para o desmame agricultores off cultivo de plantações ilícitas, incentivando-os a prosseguir meios de subsistência alternativos. Esta é a melhor maneira de acabar com a atração de cultivos ilícitos.
Hoje, Yury Fedotov, Diretor Executivo do UNODC, visitou Tarazá, na província de Antioquia, onde muitos projetos de desenvolvimento alternativo estão em fase de implantação. Acompanhado pela Sra. Catarina Martinez, Alto Representante da Agência Presidencial para a Ação Social, ele viu como orgânicos plantações de borracha e cacau criaram postos de trabalho para centenas de famílias. UNODC trabalha em estreita colaboração com as comunidades rurais, inclusive em Antioquia, onde um projeto no valor de 8.000 mil dolares recebe mais de 80 por cento dos recursos do governo local.
O director executivo ficou encantado ao ser um dos primeiros a experimentar a nova chocolate "Anorí" quente, que será vendido em cadeia da Colômbia maior supermercado ", Éxito", (que é parcialmente detida pelo supermercado "Casino" cadeia internacional).
O chocolate é produzido pela ASOMUCAN, uma cooperativa de 172 famílias de cacau de crescimento de Anorí que transformam a matéria-prima em produtos acabados com o apoio da UNODC e pelo governo local de Antioquia. Com a ajuda a superar sua falta de habilidades de marketing, as cooperativas de agricultores de vários conseguiram celebrar contratos com a empresa. Intermediários locais e regionais também estão sendo cortadas, o que permite aos agricultores a obtenção de lucros maiores.
Fedotov colocou a primeira pedra da fábrica de borracha de laboratório de controle de qualidade e processamento, o que beneficiará ASCULTICAUCHO, uma cooperativa de ex-produtores de coca que vivem em uma das zonas mais afetadas produção eo tráfico de drogas do passado recente. A borracha natural será totalmente processada, agregando valor ao investimento.
Yostor Clímaco, gerente de ASCULTICAUCHO, disse Fedotov que a plantação de borracha foi a criação de emprego a longo prazo. "Projetos como estes são o motor da economia da região. Além de criar empregos legítimos, nossas famílias desfrutar de cuidados de saúde, educação, empréstimos de crédito e de formação profissional." disse o Sr. Clímaco. "Nós sabemos que se proteger o meio ambiente e foco em produtos de alta qualidade, podemos contribuir para a prosperidade do nosso país."
"Nós aprendemos que paga legalidade - mas a violar a lei provoca um monte de problemas", acrescentou.
A Colômbia tem de longe o maior e mais bem sucedido programa nacional de desenvolvimento alternativo no mundo, com um orçamento anual próximo a US $ 85 milhões. Os programas apoiados pelo UNODC ajudaram mais de 150 mil agricultores a mudar de mercados ilícitos de meios de subsistência alternativos e criaram mais de 28,0000 empregos e 600 empresas agrícolas que vendem produtos no valor de $ 40 milhões (incluindo café, cacau, palmito, chocolate, mel e legal cash culturas) por meio de cadeias de supermercados nacionais e internacionais.
"Muitos dos modelos de desenvolvimento alternativos desenvolvidos na Colômbia são dignos de replicação em outros países", disse Fedotov, parabenizando as famílias envolvidas. "Só posso expressar a minha admiração por todos os agricultores locais, que - com muita coragem e convicção - deixaram para trás a violência gerada pelo cultivo de coca bush para abraçar um futuro melhor Nós da UNODC estamos orgulhosos de ser parte disto. desenvolvimento ".

Colombia: naval operations target submarines used to traffic drugs

Colombia: naval operations target submarines used to traffic drugs
26 September - Yury Fedotov, Executive Director of UNODC, has witnessed the latest methods employed by the Colombian navy to control maritime smuggling. Ten years ago, Colombia was by far the world's leading producer of cocaine; since then, the quantity of cocaine produced in that country has decreased significantly. That success is due largely to the will and efforts of the Government and law enforcement bodies of Colombia to curb drug trafficking, including along nearly 3,000 kilometres of coastline - nearly half the combined length of the country's borders.
Colombia's Pacific coast has long been a smugglers' paradise. Speedboats, fishing vessels and semi-submersibles have traditionally been the primary means of transporting cocaine. However, with coastguards and the navy ever on the alert, traffickers must ensure that their shipments are not detected.
"The challenge is to stay one step ahead. As traffickers become bolder, craftier and acquire more sophisticated equipment, Colombia's law enforcement officers are doing an admirable job of holding back the tide of drugs," said Mr. Fedotov.
Drug traffickers have been building submarines to smuggle drugs and escape radar detection. The submarines are custom-made, ocean-going submersible vessels. The design and manufacturing techniques used to make them are constantly improving. Manned by a crew of four, they have enough cargo space for up to ten tons of cocaine and fuel tanks large enough for journeys of 3,200 km, and are even equipped with satellite navigation systems.
Mangrove-fringed coves and thousands of miles of waterways are perfect settings for clandestine shipyards. A Colombian navy commander told the Executive Director that the logistical capacity of criminals transporting heavy pieces of equipment was remarkable. The pieces are assembled under the cover of the jungle in camps outfitted with sleeping quarters for workers. The submarines can cost about $2 million and take more than a year to build.
Naval and interdiction operations against drug cartels, drug trafficking organizations involved in terrorism and emerging criminal groups have become more sophisticated.
The Colombian navy has increased cooperation with coastguards and law enforcement authorities in neighbouring countries, thus strengthening capacity for and the efficiency of interdiction activities. This has resulted in a higher number of drug seizures (164 tons were seized in 2010, compared to 44 tons seized in 2000).
"By their actions, Colombia's naval and coastguard officers are helping to keep drugs off our streets and to prevent them from harming consumers", said Mr. Fedotov.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O poder público não se preparou para a epidemia das drogas

Foto: GERSON WALBER/CORREIO DO ESTADO
Deputado federal Luiz Henrique Mandetta fala sobre a questão das drogas
MILENA CRESTANI 25/09/2011 16h00
Quando trabalhava como secretário de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta se deparou com usuários de droga pedindo para receber tratamento para deixar o vício. No entanto, em várias situações, não teve como atendê-los, pois não há locais para internação permanente de dependentes químicos em Mato Grosso do Sul. A alternativa foi encaminhá-los para o Hospital Regional, onde podem permanecer por no máximo 15 dias, e depois para acompanhamento pela Caps. Como deputado federal, passou a integrar a Comissão Especial de Combate às Drogas e tenta mudar essa realidade, que acontece em todo o País.

No entanto, a tarefa não é nada fácil. A comissão definiu cinco eixos prioritários – os quais são detalhados na entrevista abaixo – incluindo mudanças na legislação, políticas educacionais e até melhorias na rede para tratamento de dependentes químico.

Durante a entrevista concedida ao Correio do Estado, o deputado federal fala dos diversos prejuízos causados pelo crack e alerta que a droga invadiu as classes sociais mais baixas, o que evidencia a necessidade tratamento gratuito para os dependentes. Não há mais municípios hoje que não contam com cracolândia. Para tentar minimizar os problemas, uma das alternativas é formalizar parceria de combate ao tráfico com os países vizinhos produtores da cocaína e até a criação da Améripol, para desenvolver ações de inteligência na luta contra as drogas.



Como surgiu a proposta para implantação da Comissão Especial de Combate às Drogas?

Cada deputado quando começa o mandato ocupa duas comissões. Eu escolhi a de Seguridade Social, que trata de saúde e políticas sociais, e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, por causa da situação precária das nossas fronteiras. Quando começamos, apresentei proposições relacionadas à problemática das drogas, assim como outros deputados trataram do mesmo assunto em outras comissões. Neste caso, a Câmara une todas essas propostas para que sejam analisadas por uma comissão especial, que foi quando criamos a para o enfrentamento das drogas. A comissão trabalha com cinco eixos: legislação, prevenção, atenção, repressão e sistema carcerário.



Na prática, quais são as propostas que a comissão já está discutindo?

No eixo da legislação temos questões como a internação compulsória – que ainda é tabu – propostas para mudar a lei com objetivo de agravar o crime de tráfico de drogas e para aumentar a pena do adulto que utilizar o menor de idade para o tráfico. Na parte de prevenção, a comissão incluiu políticas dentro das escolas, como colocar a discussão sobre as drogas na grade curricular e até mesmo dispor de um capítulo nos livros didáticos distribuidos pelo Ministério da Educação (MEC) de acordo com cada série e para os universitários. Há ainda propostas para campanhas publicitárias e capacitação de agentes de saúde para tratar do tema. No eixo de atenção, tratamos do fato de o SUS (Sistema Único de Saúde) não contemplar a internação prolongada do dependente químico. Hoje você só tem a rede Caps (Centro de Atendimento Psicossocial), onde o índice de adesão é muito baixo e a recidiva altíssima. Temos apenas o trabalho das comunidades terapêuticas, ligadas a igrejas e ONGs, que não são credenciadas ao SUS. Elas têm resistência do pessoal que coordena a saúde mental no Ministério da Saúde, pois eles entendem que a internação prolongada está na contramão da reforma manicomial. Inclusive, há uma portaria da Anvisa que torna esse trabalho extremamente complexo, pois as comunidades não têm condições de cumprir todas as regras. A gente refez a portaria, implantando a internação para a fase aguda, de abstinência, e depois a prolongada, que pode durar de 4 a 6 meses. Estamos finalizando a redação, mas o valor de cada leito pode chegar a de R$ 850 por mês.



Em Mato Grosso do Sul, temos algumas unidades que atendem aos dependentes, como a Recomeçando, em Jaraguari. Elas não fornecem essa internação como deveria?

Com essas mudanças, o Estado terá condições de adaptar algumas unidades à rede SUS. A unidade de Jaraguari, assim como muitas outras, tem convênio por meio da assistência social. Além da parte de saúde, há necessidade de investimentos em ressocialização, para inserir a pessoa no mercado de trabalho, por exemplo. É um trabalho amplo.

Quais são os trabalhos da comissão na região de fronteira?

Temos isso no eixo de repressão. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, são poucos agentes da Polícia Federal na fronteira e eles não ganham adicional para atuar nessa região. O Plano de Segurança das Fronteiras, lançado em junho, compreende uma série de investimentos em equipamentos, como o Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) e também a Central de Inteligência para que as polícias federal, civil, rodoviária federal, Exército, Marinha e Aeronáutica possam ter ações interligadas. A Operação Ágata já é um resultado. O outro eixo trata do sistema prisional, que está em colapso e do alto número de presos por tráfico de drogas.

Há discussões para tentar um tipo de acordo com os países vizinhos para minimizar os problemas com o tráfico de drogas?

Como o crime ocorre além das fronteiras, uma das minhas sugestões é tentar ampliar essas discussões, principalmente com Bolívia, Peru e Colômbia, que produzem 98% da cocaína do mundo. As leis destes países e do Brasil são muito diferentes entre si. Por isso, do dia 3 a 7 de outubro, a comissão designou sete integrantes para ir ao parlamento destes países com objetivo de conhecer a legislação para ver o que podemos acrescentar ou alterar com objetivo de facilitar e ter uma lei que fale a mesma língua. Isso é diplomacia parlamentar. Vamos usar pela primeira vez esse conceito para falar sobre as drogas e, como também estou na delegação, pretendo abordar a questão da identificação dos automóveis com a Bolívia.



Que tipo de providências podem ser adotadas com outros países?

Vou assumir uma cadeira de deputado para o Mercosul, o chamado Parlasul e quero implantar também a Comissão Especial de Combate às Drogas, pois o crime é transnacional. Por exemplo, a folha de coca não vira pó se não tiver indústria petroquímica. Os países que tem indústria petroquímica são Brasil e Argentina. Então, podemos concluir que está indo solvente para lá para voltar pó para cá. Precisamos de ações articuladas. Existe já na Europa a Europol, que trata de questões de inteligência das polícias e estratégicas de enfrentamento às drogas. Na América do Sul temos a ideia de fazer a Ameripol, que seria a inteligência da polícia das Américas, para unir forças da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, e a Bolívia, que é aspirante ao Mercosul. Como o trabalho está bastante ligado ao problema do crack, queremos a integração ainda com Peru e Colômbia.



A partir da constatação de que a grande maioria dos atos infracionais tem como pano de fundo o uso de drogas, discutiu-se a possibilidade de os adolescentes que se encontram nas Uneis passarem automaticamente, já no período de sua internação, pelo tratamento da dependência?

Temos essa vertente. Quando aborda-se apenas a penalização, você arruma um depósito e deixa o menor lá. Precisamos ampliar as ações de prevenção, com, escolas técnicas e geração de oportunidades para a ressocialização.



No entanto, para garantir todas essas ações são necessários investimentos altos dos Governos federal e estadual, que ainda são omissos em algumas questões. Como isso será articulado?

Tivemos uma reunião em Mato Grosso do Sul com a participação de secretários de vários estados que fazem fronteira com Bolívia, Peru e Colômbia. Nosso Estado tem o que mostrar, comparado aos demais. Temos o DOF (Departamento de Operçaões de Fronteira) e uma boa performance em investigação, mas ainda é pouco perto do tamanho do problema. Os governos estaduais terão de se envolver mais.

E em relação ao investimentos no setor da saúde para tratamento dos dependentes?

Não há nada no Brasil inteiro. Um blecaute total. O poder público nunca se preparou para essa epidemia de drogas. Até um passado relativamente recente, a questão das drogas era diferente. Tínhamos a cocaína, que atingia principalmente jovens das classes A e B, que tinham condições de comprar e gastar dinheiro a ponto de tornarem-se viciados naquela droga. As famílias gastavam com tratamento em clínicas particulares. Já a maconha, muito mais presente nas classe C, D e E, embora faça muito mal, não tem esse componente de vício absoluto como as formas atuais de cocaína. O crack é a cocaína com solventes cada vez mais baratos e sem chegar ao refino. Com a droga sendo inalada, como acontece com o crack, o usuário dá um pico alto de alucinação, mas o tempo de permanência é mais baixo e logo ele precisa da primeira, segunda e até quinta pedra. Acaba consumindo uma quantidade maior.

As dificuldades aumentaram porque o crack vem atingindo todas as classes sociais?

Essa droga não teve tanta aceitação nas classes A e B, mas entrou nas demais. Hoje você encontra cortador de cana usando crack. No começo, a droga é excitante, ele trabalha mais, tira a fome, mas depois de dois meses a produção cai. O crack entrou até nas aldeias indígenas. Hoje não há mais municípios sem cracolândia. Aquilo não está só em Campo Grande ou e São Paulo, está também nos municípios pequenos.

O senhor é favorável a internação compulsória, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro?

Esse assunto é bastante complexo. A legislação garante o livre arbítrio para que a pessoa decida pelo tratamento, a não ser que a doença coloque em risco terceiros, como no caso de doenças infecciosas. Não é a situação do viciado em drogas, que está destruindo seu próprio organismo. Entretanto, o dependente que está sob efeito de substância psicoativa não tem condições de decidir se quer ou não se tratar e entra o conceito do Estado como protetor da vida, no qual está sendo elaborada a tese para a internação compulsória. Há proposta para que a pessoa seja internada na fase agúda do problema até ter condições de optar pelo tratamento.

Entretanto, pela situação que enfrentamos hoje, mesmo que a pessoa queira não terá onde buscar esse tratamento?

A meta da reforma manicomial era fechar os hospitais psiquiátricos até por conta da melhoria do tratamento ambulatorial na psiquiatria. Mas, com o surgimento desse tipo de droga, há um apelo até mesmo da sociedade para providências. Estamos sofrendo com o fato de não ter havido prevenção. Para abrir leitos na quantidade necessária seria necessário um megaesforço nacional e por isso a internação tem que ser muito bem discutida. Não podemos deixar que os políticos, principalmente quando o país receberá Olimpíada e Copa do Mundo, usem desse artifício para deixar os cartões postais limpos. É fácil falar: "não queremos cracolândia", pegar uns dez ônibus e levar as pessoas para uma fazenda. Acredito que vamos chegar a um meio termo.

O senhor já se deparou com situações de pessoas que não conseguiram tratamento para largar as drogas?

Há pessoas que chegaram para mim e falaram: "quero me tratar" e eu, como secretário de saúde, infelizmente, não tinha onde interná-lo. Aqui em Campo Grande, a pessoa fica de 10 a 15 dias no Hospital Regional e depois vai para a Rede Caps, onde a recidiva é altíssima. Depois que ele recebe alta, vai encontrar a mesma turma, mesmos amigos, está fora da escola e sem emprego. Os vínculos continuam os mesmos. Ele acaba passando no Caps de vez em

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Terra entrevista diretor do filme 'Quebrando o Tabu'

O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmite ao vivo, nesta segunda-feira (26), às 15h, entrevista com Fernando Grostein Andrade. O jovem diretor irá falar do documentário Quebrando o Tabu, que o Terra TV Vídeo Store exibe gratuitamente ao longo desta semana. O filme tem o ex-presidente FHC como âncora de um debate sobre drogas, em especial a maconha.
Clique aqui e envie sua pergunta
Assista ao filme 'Quebrando o Tabu' com exclusividade na internet
Quebrando o Tabu é o segundo longa de Fernando Grostein Andrade. Mostra que a guerra às drogas (War on Drugs) lançada há 40 anos pelos Estados Unidos não só não deu certo como fez aumentar o consumo e a violência associada ao tráfico. E discute saídas, que incluem a regulamentação da maconha, para enfrentar melhor a convivência com as drogas em um mundo que dificilmente ficará livre delas.
Para assistir ao documentário, basta acessar www.terra.com.br/videostore entre os dias 26 de setembro e 3 de outubro (até 6h59 - horário de Brasília).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

La delincuencia organizada se ha globalizado convirtiéndose en una amenaza para la seguridad

Informe de la UNODC: "la delincuencia organizada se ha globalizado convirtiéndose en una amenaza para la seguridad"
En un nuevo informe de la UNODC se expone cómo, mediante la violencia y los sobornos, los mercados internacionales de la delincuencia han pasado a ser grandes centros de poder
17 de junio 2010 - "La delincuencia organizada se ha globalizado convirtiéndose en una de las primeras potencias económicas y armadas del mundo", dijo Antonio Maria Costa, Director Ejecutivo de la Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito (UNODC) durante la presentación de un nuevo informe de la UNODC titulado " La globalización del delito: evaluación de la amenaza que plantea la delincuencia organizada transnacional". El informe, presentado hoy ante el Consejo de Relaciones Exteriores en Nueva York, se centra en los principales flujos del tráfico de drogas (cocaína y heroína), de armas de fuego, productos falsificados, recursos naturales robados, y de la trata de personas con fines de sexo o trabajo forzoso, así como el contrabando de migrantes. También abarca la piratería marítima y los delitos informáticos.

La preparación del Informe se inició a raíz de las preocupaciones expresadas por los países de las Naciones Unidas, el Consejo de Seguridad, el Grupo de los G8, y otras organizaciones internacionales respecto de la amenaza que supone la delincuencia organizada transnacional y la necesidad de luchar contra ella. La elaboración del informe no fue fácil ya que los datos sobre esa cuestión han sido, hasta el momento, escasos, limitados y dispares. "Pese a la intrínseca dificultad que entrañan las investigaciones sobre la delincuencia, la UNODC ha podido documentar el enorme poder y el alcance global de las mafias internacionales", dijo el Sr. Costa.

El informe muestra hasta qué punto los flujos ilícitos afectan al mundo entero. "Actualmente, el mercado de la delincuencia abarca todo el planeta: los productos ilícitos provienen de un continente, se trafican a través de otro, y se comercializan en un tercero", dijo el Sr. Costa. "La delincuencia transnacional se ha convertido en una amenaza para la paz y el desarrollo, incluso para la soberanía de las naciones", advirtió el Jefe de la UNODC. "Los delincuentes no solo utilizan armas y violencia, sino también dinero y sobornos para comprar elecciones, políticos y poder - incluso militares", dijo el Sr. Costa. La amenaza a la gobernanza y a la estabilidad se analizan en un capítulo titulado "Regiones especialmente conflictivas".

El informe de la UNODC sobre la globalización de la delincuencia incluye una serie de mapas y gráficos muy reveladores que ilustran las corrientes ilícitas y sus mercados. "El comercio ilícito afecta por igual a todas las naciones tanto a las del Grupo de los G8 y al Brasil, la Federación de Rusia, la India y China, así como potencias regionales. Dado que las mayores economías del mundo son también los mayores mercados para el comercio ilícito, pido a sus líderes que ayuden a las Naciones Unidas a combatir la delincuencia organizada con mayor eficacia. Actualmente existe una actitud pasiva frente a un problema que está perjudicando a todos, especialmente a los indefensos países pobres", dijo el Sr. Costa.

Las conclusiones principales del Informe son las siguientes:

• Se estima que el número de víctimas de la trata de seres humanos con fines de explotación sexual, solo en Europa, asciende a 140.000 y genera unos ingresos anuales brutos para sus explotadores de 3 mil millones de dólares de los EE.UU. "Existen en todo el mundo millones de esclavos modernos comercializados a un precio no superior, en términos reales, al de hace siglos", dijo el Sr. Costa.

• Las dos corrientes más importantes para el tráfico de migrantes son de África a Europa y de América Latina a los Estados Unidos. Aproximadamente entre 2,5 y 3 millones de migrantes ilegales procedentes de América Latina se introducen clandestinamente en los Estados Unidos lo que genera para sus traficantes, la suma de 6.600 millones de dólares de los EE.UU.

• Europa es el mercado de heroína de mayor valor regional (20 mil millones de dólares de los EE.UU.) y en la actualidad Rusia por sí solo, es el país de mayor consumo de heroína del mundo (70 toneladas). "Los estupefacientes matan entre 30.000 y 40.000 jóvenes rusos al año, número que duplica el de los soldados del Ejército Rojo muertos durante la invasión del Afganistán en el decenio de 1980", dijo el Sr. Costa.

• El mercado de la cocaína de América del Norte se está reduciendo, debido a una menor demanda y una mayor aplicación de la ley. Esto ha dado lugar a una pugna por su dominio entre mafias de traficantes, en particular en México, y a nuevas rutas de drogas. "A lo largo de toda la costa atlántica de América Latina la cocaína se trafica a Europa a través de África", dijo el Sr. Costa. "Ante ese ataque, algunas de las naciones del África occidental lo tienen muy difícil".

• Los países que cultivan la mayor parte de las drogas ilícitas del mundo, como el Afganistán (opio) y Colombia (coca), son el blanco de la atención y las críticas. Sin embargo, la mayoría de las ganancias del narcotráfico se devengan en los países (ricos) de destino. Por ejemplo, de un mercado mundial de posiblemente unos 55 mil millones dólares de los EE.UU. de la heroína afgana, los agricultores afganos, los comerciantes y los insurgentes perciben tan solo un 5% (2,3 mil millones de dólares de los EE.UU). De los 72 mil millones de dólares de los EE.UU. del mercado de la cocaína en América del Norte y Europa, los distribuidores de nivel medio en los países consumidores perciben un 70% de las ganancias, y no en la región andina.

• El mercado mundial de armas de fuego ilícitas se estima entre 170 y 320 millones de dólares de los EE.UU. al año, es decir, entre el 10 y el 20% del mercado lícito. Aunque el contrabando de armas suele ser de carácter puntual (es decir, relacionados con conflictos específicos), su volumen ha sido tal como para matar a tanta gente como algunas pandemias.

• La explotación ilegal de los recursos naturales y el tráfico de vida silvestre en África y el Asia sudoriental están perturbando los ecosistemas frágiles e impulsa la extinción de algunas especies. La UNODC estima que los productos ilícitos de la madera importada desde Asia a la Unión Europea y China ascendieron en 2009 a un valor de unos 2,5 mil millones dólares de los EE.UU.

• En el último decenio, el número de productos falsificados interceptados en las fronteras de Europa se ha multiplicado por 10 y su valor asciende anualmente a más de 10 mil millones de dólares de los EE.UU. Prácticamente la mitad de los medicamentos analizados en África y el Asia sudoriental han resultado ser falsificaciones y de mala calidad, lo que, en lugar de reducir la incidencia de enfermedades, la aumenta.

• El número de ataques de piratería en el Cuerno de África se ha duplicado en el último año (de 111 en 2008 a 217 en 2009), y siguen aumentando. Piratas de uno de los países más pobres del mundo (Somalia) están tomando como rehenes para rescate buques de algunos de los países más ricos, pese a las patrullas de las armadas más poderosas del mundo. De los más de 100 millones dólares de los EE.UU. de ingresos anuales producto de rescates, los piratas perciben solo una cuarta parte, el resto corresponde a la delincuencia organizada.

• El hurto de identidad afecta a más de 1,5 millones de personas al año lo que supone una pérdida económica estimada en 1.000 millones de dólares de los EE.UU., mientras que la delincuencia informática está poniendo en peligro la seguridad de las naciones: se ha burlado la seguridad de redes eléctricas, tráfico aéreo e instalaciones nucleares.

Estos son sólo algunos ejemplos de la abundancia de las nuevas pruebas incluidas en el informe de la UNODC en el que también se proponen algunas medidas para hacer frente a las amenazas que plantea la globalización del delito.

En primer lugar, el Sr. Costa instó a que se "perturbaran las fuerzas del mercado" subyacentes a esas operaciones ilícitas. "La disolución de los grupos delictivos en sí no es la solución, ya que los detenidos son sustituidos inmediatamente," dijo. Advirtió que "las fuerzas del orden contra las mafias no detendrán las actividades ilícitas si no se interviene en los mercados que las sustentan, incluida la caterva de delincuentes de guante blanco, es decir abogados, contables, agentes inmobiliarios y banqueros que hacen de tapadera y blanquean sus ganancias. Su codicia impulsa el mercado negro, tanto como las organizaciones delictivas".

En el informe se hace hincapié en que, dado que la delincuencia ha adquirido dimensiones mundiales, las respuestas nacionales son insuficientes: simplemente trasladan el problema de un país a otro. Se precisan respuestas globales sobre la base de la Convención contra la Delincuencia Organizada Transnacional (Convención de Palermo) aprobada en 2000. "La delincuencia se ha internacionalizado con mayor celeridad que la aplicación de la ley y la gobernanza mundial", dijo el Sr. Costa. "La Convención de Palermo se creó precisamente para generar una respuesta internacional a esas amenazas transnacionales, pero frecuentemente se ignora", dijo. "Los gobiernos que quieren hacer frente con determinación a la globalización de la delincuencia deberían alentar a las naciones que van a la zaga en lo que a la aplicación de la Convención respecta", dijo el Jefe de la UNODC.

También señaló la diferencia entre un país que no está dispuesto a luchar contra la delincuencia organizada, y otro que carece de los medios para ello e instó a un desarrollo y asistencia técnica mayores para reducir la vulnerabilidad de las naciones pobres. "Cuando los Estados no prestan servicios públicos y seguridad, los delincuentes llenan ese vacío", dijo el Sr. Costa. "El logro de los Objetivos de Desarrollo del Milenio sería un antídoto eficaz contra la delincuencia, que por su naturaleza es un obstáculo para el desarrollo", agregó. También instó a que se prestara mayor atención a la justicia penal en las operaciones de mantenimiento y consolidación de la paz: "dado que la delincuencia crea inestabilidad, la paz es la mejor contención de la delincuencia", dijo.

"Dado que el móvil de los criminales es el dinero: vayamos a por su dinero", dijo el Sr. Costa. "Debemos aumentar el riesgo y reducir los incentivos que permiten que la mano sangrienta de la delincuencia organizada manipule la mano invisible de la competencia", dijo el Sr. Costa. Hizo un llamamiento a una aplicación de la Convención de las Naciones Unidas contra la Corrupción más enérgica de medidas contra el blanqueo de capitales más eficaz y al desencadenamiento de una ofensiva contra el secreto bancario.

Dr. Mac Coy: O grande ôba-ôba em torno da liberação terapêutica da marijuana tem pouca relação com a medicina


A maior contribuição da marijuana para a medicina, entretanto, já foi dada: foi graças à cannabis que hoje conhecemos os receptores cannabinóides (CB1 e CB2). Esta descoberta revelou, à medicina, um novo campo de ação, onde novas substâncias sintéticas, capazes de interagir com estes receptores mas sem os efeitos nocivos e indesejáveis do THC, possam ser úteis no tratamento de várias doenças, como as de origem congnitivas, na dor, problemas gastrointestinais e doenças neurológicas. É neste campo que se concentram, hoje, a maior parte dos cientistas que estudam os compostos cannabinóides (leia, como exemplo, o excelente artigo de Piomelli, D. et al. (The endo-cannabinoid system as a target for therapeutic drugs. Trends Pharmacol. Sci. 2000, 21, 218–224). O grande ôba-ôba em torno da liberação terapêutica da marijuana tem pouca relação com a medicina: na verdade, os grupos que defendem esta liberação acreditam em uma descriminação gradual da droga, sendo o hospital apenas o primeiro estágio. A ciência - sem preconceitos - tem mostrado que, além do uso recreacional, a maconha não tem nenhuma outra propriedade que não possa ser substituída e ultrapassada por uma droga sintética não-narcótica. O Professor de Psiquiatria da Harvard Medical School, Lester Grinspoon, resume estas observações: "the psychological effects of cannabis are helpful for patients in dealing with their condition, even without objectively measurable improvement (...) marijuana would fulfil its medical potential in the best way when it is legally available to every adult individual”. Ou seja, isto é mais uma questão de direitos humanos do que de medicina ou ciência.

Brasil: Tratamento de toxicodependentes em Portugal pode servir de modelo para política brasileira

Correio do Minho

A política do Governo português de combate à droga e tratamento de toxicodependentes poderá servir de modelo ao Brasil, disse à Lusa o presidente da ONG Viva Rio, à margem do encontro sobre Segurança Pública e Política de Drogas.
Defensor da descriminalização da droga no Brasil, o sociólogo Rubem César Fernandes afirmou que a política portuguesa nesta área pode ser adaptada à realidade brasileira a fim de descriminalizar o consumo.
“A ideia é descriminalizar, dizer que não é crime consumir droga ou cultivar. O foco deve ser: o consumo não é crime. O que fizeram em Portugal inclusive diminuiu o consumo. Portugal é uma sociedade conservadora e já fez isso há 11 anos”, argumentou Rubem Fernandes.
O encontro reúne, esta semana, dezenas de polícias e especialistas em segurança pública de diferentes países para debater a atividade policial e política de combate à droga.
Segundo o sociólogo, o sistema penal e de segurança tornou-se o principal instrumento para a lidar com as drogas, o que considera ser uma “perversão do sistema internacional”, pois o peso recai todo sobre a polícia.
“Se a própria polícia fala que a guerra às drogas não funciona há 30 anos, ela deve passar o assunto do consumidor e dos dependentes para a área da saúde e assistência social”, salientou.
Rubem Fernandes destacou ainda que, no caso de Portugal, o líder desse processo de mudança no país foi um padre dirigente da pastoral de saúde.
“Até a Igreja portuguesa entrou nessa linha, numa postura que eu espero que a Igreja brasileira também possa adotar”, realçou.
Segundo disse à Lusa João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) de Portugal, a política portuguesa de drogas assenta no “pressuposto humanista” ao assumir que o toxicodependente é um doente e não um criminoso.
“A grande preocupação é oferecer todas as hipóteses de se tratar e se libertar da sua dependência. Todas as atividades de tráfico são criminalizadas, o produtor de drogas e o cultivo também é proibido”, disse.
O tratamento é espontâneo e não forçado e tem várias formas de acesso.
“Temos as chamadas comissões para dissuasão de toxicodependência, que são os órgãos administrativos onde são conduzidas as pessoas intercetadas pela polícia a consumir drogas, e que fazem a avaliação das necessidades daquela pessoa, se é um dependente que é recomendável tratar ou se é um consumidor ocasional”, explicou João Goulão.
O balanço de quase 11 anos desta política em Portugal é positivo, considerou o presidente do IDT.
Segundo o responsável, o Brasil poderia basear-se neste modelo e Portugal já tem realizado intercâmbios para replicar a sua experiência.
“A nossa experiência suscita enorme interesse por parte das entidades brasileiras. Acredito que não há experiências diretamente exportáveis, elas devem ser adaptadas a realidades concretas, mas alguns aspetos da nossa experiência podem ser utilizados”, disse João Goulão.
O presidente do IDT considerou que, no caso brasileiro, ainda falta maior articulação com as autoridades de saúde para tratar pacientes, acompanhá-los e devolvê-los à sociedade.
“Penso que há alguma insuficiência. Há um défice de articulação com o Ministério da Saúde. É preciso criar uma estrutura de saúde suficientemente sólida. Não basta prender e dizer para parar de usar”, concluiu João Goulão.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dr. Mac Coy: Vida Longa e Prospera....

25% dos pacientes com câncer de testículo usam maconha

De acordo com o urologista do Icesp, Daniel Abe, o uso de drogas aumenta o risco do desenvolvimento de tumores
Um levantamento feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que 25% dos pacientes com câncer de testículo atendidos no setor de urologia da unidade assumem o consumo regular de maconha.
O uso da droga foi associado ao surgimento do câncer de testículo, provocando diversos efeitos adversos sobre os sistemas endocrinológico e reprodutivo. Dos pacientes atendidos mensalmente com câncer no testículo na clínica de uro-oncologia do (Icesp), 70% têm sinais de doença avançada no momento do diagnóstico.
De acordo com o urologista do Icesp, Daniel Abe, o uso de drogas aumenta o risco do desenvolvimento de tumores. "Evitar o uso da droga é fundamental para diminuir consideravelmente as chances de desenvolvimento do tumor. Além disso, é fundamental que os homens realizem o autoexame para o diagnóstico precoce da doença", disse.
O câncer de testículo é curável, principalmente se diagnosticado precocemente. A doença atinge predominantemente homens com idades entre 15 e 34 anos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Controle de drogas e a prevenção da criminalidade no Quirguistão

19 setembro de 2011 - Enquanto assistia a sessão sexagésimo sexto da Assembléia Geral da ONU, Diretor Executivo do UNODC Yury Fedotov hoje se reuniu com Roza Otunbayeva, Presidente da República do Quirguizistão, para discutir a parceria do país com o UNODC. O debate centrou-se na estratégia, atividades para combater os desafios contemporâneos e ameaças e de que forma a reforçar o Estado de Direito a paz e estabilidade no Quirguistão. Falando sobre vários assuntos abrangidos pelo mandato do UNODC, o director executivo se refere ao auxílio judiciário mútuo, gestão das fronteiras, tratamento da toxicodependência e tráfico de seres humanos e também para o Estado de Controle de Drogas do Serviço de Quirguistão , da qual o UNODC é um dos principais apoiadores.
Apoio do Instituto para o corpo, que foi recentemente reformado, é destinado a ajudar Quirguistão para capacitar e aumentar a sua eficácia na luta contra o tráfico de drogas. Localizado próximo ao Afeganistão, o Quirguistão tem um papel fundamental a desempenhar na luta contra o movimento de opiáceos afegãos para a Europa, a Federação Russa e China. "O UNODC acredita firmemente que a formação deste organismo é fundamental no combate aos males interconectadas do tráfico de drogas eo crime organizado", disse Fedotov. "Meu escritório é o orgulho de ser capaz de trabalhar com o Governo no apoio ao povo do Quirguistão e na região para reduzir a ameaça das drogas ilícitas."
A discussão também cobriu o trabalho de justiça criminal do UNODC no Quirguistão. Com o apoio de um projeto financiado pela União Europeia, o UNODC está ajudando na implementação de um programa abrangente de reforma prisional no Quirguistão com o objectivo de melhorar a qualidade de presídios naquele país e ajudar o Governo a implementar reformas relativas ao Estado de Direito e justiça criminal.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Drug use in the EU remains at high levels

Every year 6.400 to 8.500 individuals die in the EU because of drug overdose and for the first time in years the number of fatalities is going up.

2 100 individuals die in the EU of HIV/AIDS attributable to drug use and 3 000 people become infected with HIV because of drug abuse.

The most extensive range of figures is available in the EMCCDA's Annual Report on the state of the drugs problem in Europe. The most recent data from the European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA) suggest that the use of heroin, cannabis and synthetic drugs has stabilised or is declining but that cocaine use is rising in several EU countries.
At least 75.5 million Europeans reported to have used cannabis at least once in their lifetime, while cocaine and amphetamines have been tried by 14 and 12 million people respectively.
Opiates such as heroin are used by an estimated 1.2 to 1.5 million Europeans, but its use has generally stabilised in the general population. Nevertheless, it still causes for most of the health damage and mortality among problem drug users.
About 670 000 opioid users received substitution treatment in 2008 (latest figures).
Most illicit drug users are between 20 and 30 years old, but substances such as cannabis are also increasingly used by adolescents in the 14 to 18 age group.
In many cases, illicit drugs are used in combination with licit substances such as alcohol and tobacco, also referred to as poly-drug use.

Growing threat of "designer drugs" in the EU as report reveals youth attitude towards drugs

Growing threat of 'designer drugs' in the EU as report reveals youth attitude towards drugsWorld Drug Day 2011: Global health starts with drug-free communitiesTraitement de la toxicomanie et prévention du VIH au Kenya
16 September 2011 - Drugs and drug-related problems are major concerns for European Union citizens and pose a threat to the safety and health of European society. In particular is the spread in the use of unregulated synthetic substances among young people.
While previous focus has been on 'traditional' drugs like heroin and cocaine, a recent UNODC report shows that amphetamine-type stimulants (ATS) such as "ecstasy" and methamphetamine now rank as the world's second most widely abused drug type after cannabis. The report - the 2011 Global ATS Assessment - notes that the expansion of illicit trade in such substances and the high profits generated by that trade pose an increasing threat to security and health worldwide.
Europe, notably West and Central Europe, continues to be an important market for amphetamines, both in manufacture and use. While in most countries the main ATS of concern continue to be amphetamine and ecstasy group substances, there is evidence that methamphetamine markets may be expanding. In addition, the appearance of new "designer drugs" on the market such as mephedrone constitutes a worrying new trend.
Substances such as mephedrone or methylenedioxypyrovalerone (MDPV) are sold as "bath salts" or "plant food" and act as substitutes for illicit stimulant drugs such as cocaine. Such substances are sold over the Internet and some have caused deaths.
Methamphetamine may also be expanding into Europe with several countries reporting an increase in its use and production. Illicit laboratories have been raided by police in many European countries. There are also signs that the drug may be replacing amphetamines in some parts of Europe.
Meanwhile, a European Commission survey shows that majority of young Europeans support the continued ban of illegal drugs. The survey, entitled Flash Eurobarometer: Youth attitudes on drugs measures trends in attitudes of young people towards drugs, building on earlier surveys carried out in 2002, 2004 and 2008.
The results, released in June 2011, showed a broad consensus among young people (age 15-24) in the European Union that heroin, cocaine and ecstasy should continue to be banned - almost all respondents agreed with this: 96 per cent for heroin, 94 per cent for cocaine and 92 per cent for ecstasy.
Regarding cannabis, 59 per cent of the interviewees said its sale and consumption should continue to be banned in the EU compared to 34 per cent who wanted the introduction of a system that regulated the sale and use of cannabis.
The situation is more complex when it comes to unregulated substances. Roughly a third (34 per cent) of respondents supported a general ban on "substances that imitate the effects of illicit drugs" while 15 per cent were in favour of some kind of regulation. About one in two (47 per cent) thought it would be better to ban only those substances that posed a risk to health.
Overall drug legalization is supported by just 13 per cent of young EU citizens aged 15-24, with a range of between 5 and 22 per cent in individual EU member states. The proportion has not changed since 2008.
Related Information:
UNODC: Synthetic Drugs And Precursors
Flash Eurobarometer: Analytical report on youth attitudes on drugs

sábado, 17 de setembro de 2011

Festa a favor da maconha na PUC de São Paulo vira protesto

São Paulo - Com o campus Perdizes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) fechado desde a tarde de quinta-feira (15) para evitar a realização de um ato em apoio à descriminalização da maconha, estudantes organizaram um ato por liberdade na tarde desta sexta-feira (16). As aulas foram suspensas pelo reitor da universidade após a convocação, pela rede social Facebook, de um evento denominado como 1º Festival da Cultura Canábica.

A festa foi convertida em protesto, em frente ao prédio da universidade, na zona oeste da capital paulista. O Centro Acadêmico Clarice Lispector, dos alunos de Letras da universidade, publicou nota de repúdio à decisão "antidemocrática" do reitor de fechar o campus. A entidade estudantil deixa claro que não faz parte da organização do evento, mas critica a "tirania" de Dirceu de Mello ao adotar uma decisão sem permitir uma discussão do tema.

Mello entende que as festas na Rua Monte Alegre ganharam "proporções inadmissíveis" por conta do barulho, da duração e do "não dissimulado uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes, afora outras condutas reprováveis". Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ele informou que foi aberto um inquérito na Polícia Civil de São Paulo com a finalidade de processar os organizadores do evento por apologia às drogas

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

http://www.unodc.org/drugs/index.html

Djavan sobre maconha: "É muito bom. Fumo eventualmente"

iG: Este ano é marcado pelas passeatas favoráveis à maconha, incluindo um filme que reacendeu o debate. Você é a favor da legalização da maconha?
DJAVAN: Não adianta buscar parâmetros na Holanda, em outros países. Cada nação tem sua realidade. Não basta mudar uma nova legislação, mas é questão de educação. Comprar maconha e fumar em qualquer lugar é questão de liberdade. Seria bom que acontecesse, mas é preciso que haja restruturação em toda a sociedade.

iG: Você fuma, gosta de maconha?
DJAVAN: Total (dá uma gargalhada)! É muito bom. Nunca tive envolvimento com drogas, nunca cheirei cocaína. Mas, agora, a maconha sim, já fumei várias vezes. Fumo eventualmente. Mas não tenho o hábito de comprar e fumar sempre.

iG: O que pensa sobre a associação da maconha com a violência urbana?
DJAVAN: A violência que decorre da maconha não é pelo consumo, mas pela venda. O poder que o tráfico tem vem da venda, é este poder que gera a violência. O consumo também tem que ter responsabilidades. A sociedade precisa estar respaldada com leis condizentes com a liberdade proposta por esta ideia de legalidade.

iG: Não estamos então preparados para a legalização nos moldes atuais?
DJAVAN: Antes da legalização, tem que fortalecer a educação, tem que mudar as leis, para que a sociedade esteja preparada para isso. Não saberia te dizer se basta liberar, se isso resolve a violência.

iG: A seu ver, quando a droga deixou de ter a conotação poética dos anos 70 e passou a ser problema médico?
DJAVAN: Quando a droga, no caso especifico da maconha, passou a representar um poder inominável, a coisa começou a mudar. Antes era mais romântica. Maconha sempre foi vendida e despertou algum lucro. Mas surgiram os cartéis, criaram uma indústria superequipada, afeita a produzir e lucrar cada vez mais. Hoje é uma estrutura industrial, como outra qualquer. Aí a coisa tomou o rumo da violência e confusão em todas as sociedades do mundo.

iG: Já experimentou outras drogas?
DJAVAN: Não, nada. Só álcool. Como te falei, vinho é o que bebo. Nem cerveja, detesto. Não tomo refrigerante, uísque, nada.

Junta Internacional de Entorpecentes (JIFE)

A Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) - ou International Narcotics Control Board (INCB) - é um órgão de fiscalização independente para a implementação das Convenções Internacionais das Nações Unidas de controle de drogas. Foi estabelecida em 1968 de acordo com a Convenção de Drogas de 1961.
Composição
A JIFE é independente tanto dos governos como das Nações Unidas. Seus 13 integrantes são eleitos pelo Conselho Social e Econômico e prestam serviços de acordo com suas capacidades profissionais, não como representantes de governos. Três integrantes com experiência médica, farmacológica ou farmacêutica são eleitos de uma lista de especialistas nomeada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e 10 integrantes são eleitos de uma lista de técnicos nomeados pelos governos.
A JIFE colabora com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) e com outras organizações internacionais que se preocupam com a questão do controle de drogas, inclusive a Comissão de Narcóticos, a Organização Mundial da Saúde (OMS), A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e a Organização Mundial de Alfândegas (OMA).
Funções
As funções da JIFE estão de acordo com os seguintes tratados: A Convenção Única sobre Drogas Narcóticas de 1961 e sua apuração pelo Protocolo de 1972, a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971, e a Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de Drogas Narcóticas s Substâncias Psicotrópicas, de 1988.

De modo geral, a JIFE:

• Monitora a implementação dos tratados internacionais de controle de drogas e, de acordo com a situação, sugere cooperação técnica e apoio financeiro;
• Trabalha em cooperação com os governos para assegurar que a oferta de drogas esteja disponível para uso médico e científico e que drogas de fontes lícitas não sejam desviadas a canais ilícitos;
• Identifica fraquezas nos sistemas de controle nacionais e internacionais;
• Avalia precursores químicos utilizados na produção ilícita de drogas para determinar se devem ser postos no controle internacional;
• Administra um sistema de estimativas de narcóticos e uma avaliação voluntária de substâncias psicotrópicas e monitoramento de atividades ilícitas por um sistema internacional de envio de relatórios estabelecido nas convenções;
• Monitora e promove medidas tomadas pelos governos para prevenir o desvio de químicos usados na produção ilegal de drogas.
Em caso de aparente violação dos tratados, a JIFE pede explicações e propõe medidas aos governos medidas remediadoras.
A JIFE também pode chamar a atenção da Comissão de Narcóticos e do Conselho Econômico e Social.

Relatórios

Os tratados internacionais de controle de drogas requerem que a JIFE prepare um Relatório Anual sobre seu trabalho. O Relatório Anual contem análises da situação do controle de drogas e chama atenção para brechas e fraquezas no sistema nacional de controle, para o cumprimento dos tratados e recomenda melhorias nos níveis nacionais e internacionais. Os Relatórios estão baseados em informação providenciada pelos governos e organizações internacionais à JIFE. O Relatório Anual é complementado por relatórios detalhados sobre drogas, substâncias narcóticas e psicotrópicas e precursores químicos - que podem ser usados na produção ilegal de drogas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Folha de coca tem ´rea de plantio estabilizado e garante oferta de cocaína

14 de setembro de 2011
Folha de coca tem área plantio estabilizado e garante oferta de cocaína

O escritório vienense das Nações Unidas, responsável pela política internacional sobre o fenômeno das drogas proibidas segundo estabelecido pela velha convenção de 1961 (Unodc), acaba de informar, com base em levantamentos realizados em 2010, que está estabilizada a “área de cultivo” de folha de coca na Bolívia.
Na Bolívia está a terceira maior área de folhas de coca. E o impuro cloridrato de cocaína produzido na Bolívia destina-se, em cerca de 80%, ao mercado consumidor brasileiro. Quanto ao Brasil, já que a Bolívia não possui indústria química, cabe o fornecimento dos insumos (precursores químicos) que são empregados na elaboração do cloridrato de cocaína (pó, no jargão popular).
Os dados da UNODC a partir de 2006 (a área de cultivo era de 25.400 hectares), apontavam um crescimento que teria se estabilizado em 2010. Segundo o escritório da UNODOC, a Bolívia contava até 2010 no seu território, com 31mil hectares de folhas de coca.
Para especialistas independentes que conhecem bem as deficiências e a péssima fama de que goza a UNODC, um órgão chapa-branca que faz levantamentos baseados em informações dos seus inexpressivos escritórios espalhados pelo planeta e dos próprios Estados-membros da ONU, o crescimento observado na Bolívia (terceiro maior produtos) e no Peru (segundo maior produtor) foi uma decorrência do Plan Colombia. Com o despejo desordenado de herbicidas em áreas colombianas, houve migração de cultivos para o Peru e a Bolívia.
Na Bolívia, feita a comparação com o dado de 2009, o crescimento foi de 0,3%, consoante o UNODC. Ou seja, chegou-se aos 31 mil hectares calculados os 0,3% de crescimento. Importante notar que o escritório da ONU fala em área de cultivo. A expressão “área de cultivo” é enganosa, pois o arbusto de coca se espalha, sem necessidade de plantio.
De se frisar, ainda, que no governo Evo Morales aumentou-se a área de plantio doméstico. O chamado “cato” passou para 12 nil hectares. O uso doméstico é milenar na Bolívia e entre os índios a folha de coca é considerada sagrada.
No Peru, a área de coca atinge 61 mil hectares e na Colômbia chega a 57 mil, depois do fracasso do Plan Colômbia. Outra área de produção está no Equador.

PANO RÁPIDO. Para especialistas independentes, nos últimos 20 anos, na região andina, a área de cultivo sempre varia em torno de 200 mil hectares. Fotos aéreas e de satélite comprovam que há 20 anos existe uma estabilização na área andina. Isso quer dizer que a produção de cloridrato de cocaína não é afetada. Ou melhor, as políticas de “guerra às drogas”, desde a atrasada e ainda vigente Convenção de 1961 (Convenção Única de Nova York sobre drogas ilícitas), não funcionam.

Wálter Fanganiello Maierovitch

Analizan expertos políticas para combatir las drogas

13 de Septiembre del 2011,
Reportero: Judith Hernández ,
Once Noticias.

La guerra contra el narcotráfico ha agravado los problemas estructurales que existen en América Latina.

“Podemos preguntarnos si son las drogas la causa de la pobreza, de la inseguridad, de la violencia que afectan a comunidades y a países enteros o si es que el paradigma bélico, que aún se sostiene, opera profundizando la contradicción entre política de drogas y ciudadanía democrática”, dijo Graciela Touzé, organizadora de la III Conferencia Latinoamericana sobre Políticas de Drogas.

En Ecuador, aseguran, la ley de sustancias estupefacientes y psicotrópicas, no funcionó, pues 40 % de la población carcelaria de ese país, está recluida por violar esa ley; sin embargo, los detenidos no son los grandes capos.
“Son el 85 % de las mujeres privadas de la libertad en el Ecuador. Ustedes no necesitan que se los diga, no se trata de mujeres que dirigen los cárteles, son mujeres que están detenidas y presas, con sentencia o no, por transportar pequeñas cantidades de sustancias estupefacientes y psicotrópicas”, señaló María Paula Romo Rodríguez, diputada de la Asamblea Nacional de Ecuador.
En el caso de Colombia, país productor de 70 % de la cocaína que se consume en el mundo, los especialistas, consideraron que los avances no son significativos a pesar de la gran cantidad de recursos que se han invertido en la lucha.
“Si Estados Unidos triplica la asistencia militar al Plan Colombia, es decir que pase de enviarle a Colombia 480, 500 millones de dólares al año y le entrega 1.5 billones de dólares al año, la cantidad de cocaína que llega a Estados Unidos se reduciría más o menos 12.8 %, esto son 52 mil kilogramos, 52 toneladas de cocaína”, aseguró Daniel Mejía Londoño, investigador de la Universidad de Los Andes en Colombia.
Es por ello que el objetivo de esta conferencia es propiciar un debate social informado para impulsar políticas no punitivas que atiendan los diversos problemas asociados con las drogas.
En este sentido, el comisionado nacional contra las Adicciones (Conadic), Carlos Tena Tamayo, se pronunció en contra de la legalización de las drogas.
“Que se permita el cultivo, la comercialización, la distribución pues claro que no, porque a mayor oferta hay mayor demanda y lo que a mí me toca es proteger a la sociedad, proteger a los ciudadanos desde el punto de vista de salud pública y poder darles la oportunidad de que los riesgos a los que están expuestos sean menores”, indicó Carlos Tena Tamayo, comisionado nacional contra las adicciones.
Aseguró que para reducir la demanda se requiere ofrecer un tratamiento efectivo a las personas adictas, quienes consumen, dijo, hasta 80 % de la droga disponible.
El representante de la Organización Mundial de la Salud (OMS) en México, Philippe Lamy, destacó que el consumo de drogas también está relacionado con padecimientos como VIH y Hepatitis y aseguró que atender estos padecimientos representa un gran costo económico

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Drug Policy in Portugal: The Benefits of Decriminalizing Drug Use

Artur Domoslawski
In 2000, the Portuguese government responded to widespread public concern over drugs by rejecting a "war on drugs" approach and instead decriminalized drug possession and use. It further rebuffed convention by placing the responsibility for decreasing drug demand as well as managing dependence under the Ministry of Health, rather than the Ministry of Justice. With this, the official response toward drug-dependent persons shifted from viewing them as criminals, to treating them as patients.

Drug Policy in Portugal: The Benefits of Decriminalizing Drug Use is the second in a series of reports by the Open Society Foundations' Global Drug Policy Program that documents positive examples of drug policy reform around the world (the first being From the Mountaintops: What the World Can Learn from Drug Policy Change in Switzerland). Drug Policy in Portugal describes the process, context, ideas, and values that enabled Portugal to make the transition to a public health response to drug use and possession. Now, with a decade of experience, Portugal provides a valuable case study of how decriminalization coupled with evidence-based strategies can reduce drug consumption, dependence, recidivism, and HIV infection, and create safer communities for all.

This report, by award-winning journalist Artur Domoslawski, is available for download in English below.

UNODC: Estimulantes do tipo anfetamínico são o segundo tipo de droga mais utilizado do mundo depois da cannabis



13 de setembro de 2011. Um novo relatório divulgado hoje pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) classifica os estimulantes do tipo anfetamínico (ATS), como o ecstasy e as metanfetaminas, como o segundo tipo de droga mais amplamente utilizada no mundo depois da cannabis. Oferecendo uma análise mais abrangente e atual da situação, a Relatório Global de Estimulantes do Tipo Anfetamínico (ATS) de 2011 ( Global Assessment ATS de 2011) aponta que a expansão do comércio da droga e os elevados lucros do crime representam uma ameaça crescente à segurança e à saúde em todo o mundo.
Enquanto a heroína e a cocaína têm atraído maior parte das atenções nos últimos anos, os números sobre as apreensões de ATS e a descoberta de laboratórios clandestinos revelam uma área de preocupação crescente. Considerando que as apreensões de heroína, cocaína e cannabis permaneceram praticamente estáveis no período de 2005 a 2009, as apreensões ATS (à exceção do ecstasy que se manteve constante) mostraram um claro aumento no mesmo período. Acessíveis e fáceis de fabricar, os ATS são drogas de escolha atraente para milhões de usuários de drogas em todas as regiões do mundo e oferecem aos criminosos uma entrada a mercados ainda não explorados. Ao contrário das drogas à base de plantas, como opiáceos e cocaína, drogas sintéticas podem ser fabricadas em qualquer lugar com baixo investimento inicial por parte dos criminosos.
De acordo com o Relatório, o número de comprimidos apreendidos de metanfetamina no Sudeste Asiático cresceu significativamente nos últimos anos: de 32 milhões em 2008, para 93 milhões em 2009 e 133 milhões em 2010.
"O mercado de ATS evoluiu de uma indústria caseira, caracterizada por operações de produção de pequena escala, para um tipo de mercado mais parecido com o da cocaína ou da heroína, um mercado com maior nível de integração e grupos do crime organizado envolvidos ao longo de toda a cadeia de produção e abastecimento", disse o Diretor Executivo do UNODC Yury Fedotov. "Estamos vendo a fabricação se expandir para novos mercados e rotas de tráfico, se expandindo para áreas que não eram antes afetadas pelos ATS."
O Relatório Global de Estimulantes do Tipo Anfetamínico (ATS) de 2011 ( Global Assessment ATS de 2011) aponta para um aumento nos países do sudeste asiático que estão relatando a fabricação de ATS, ao mesmo tempo em que o tráfico inter-regional também vem sendo registrado em países sem histórico prévio da droga. Entre 2008 e 2009, o número de laboratórios de ATS demantelados no Oriente e no Sudeste da Ásia subiu de 288 para 458.
As metanfetaminas também podem estar se expandindo na Europa com vários países relatando um aumento no seu uso e produção. Há alguns sinais de que a droga pode estar substituindo as anfetaminas em certas partes do continente.
A África Ocidental - que se pensava ser pouco afetada pela fabricação e o tráfico ilícito de ATS - agora foi arrastada para o comércio. Ainda recentemente, em junho de 2011, um laboratório de metanfetaminas foi descoberto na Nigéria, enquanto ATS apreendidos em diversos países do Leste Asiático parecem ter origen na África Ocidental.
Confirmando a propagação global dos ATS, a fabricação também está sendo cada vez mais relatada na América Central e do Sul, com laboratórios sendo desmantelados no Brasil, Guatemala e Nicarágua.
Além de anfetaminas e ecstasy, os mercados existentes de ATS estão assistindo ao surgimento de novas drogas estimulantes - as chamadas substâncias análogas - que estão fora do controle internacional. Emergindo em 2010, substâncias como a mefedrona ou a methylenedioxypyrovalerone (MDPV) são vendidas como "sais de banho" ou "alimento de plantas" e agem como substitutos para drogas estimulantes ilícitas como a cocaína. Altamente perigosas, mas ainda consideradas legais em muitos países, estas drogas continuam amplamente disponíveis na internet.
O uso de ATS por meio intravenoso é outra preocupação emergente com a generalização de problemas de saúde, principalmente considerando a sua ligação com a propagação do HIV e da AIDS. Indicadores apontam para um aumento nesta frente mais notavelmente no Leste e no Sudeste Asiático, bem como em partes da Europa Ocidental e Oriental.