quarta-feira, 30 de março de 2011

Praça Santos Andrade é palco de movimento contra a liberaçãoa da maconha

[24-03-2011] Jovens e lideranças religiosas do Movimento Contra a Liberação da Maconha se reuniram nas escadarias da Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, na manhã de hoje (23/03). O objetivo foi criticar as organizações que defendem a legalização e a descriminalização da maconha no Brasil. O vereador Pastor Valdemir Soares, um dos idealizadores do movimento no estado do Paraná e coordenador da Campanha Curitiba te Quero Sem Drogas, afirma que os argumentos para a legalização da maconha são infundados, "hoje temos inúmeros exemplos do poder destruidor da maconha, muitas famílias estão sendo desfeitas por intermédio da droga”. Vestidos com camisetas pretas, com a inscrição “Maconha não”, os manifestantes cantaram músicas famosas em versão gospel. Na ação foram distribuídos materiais reflexivos sobre os efeitos negativos das drogas.

terça-feira, 1 de março de 2011

Políticas de redução de danos, Despenalização e Descriminalização


As políticas de redução de danos consistem numa estratégia que trata o consumo de drogas como uma questão de saúde pública, na qual o dependente é visto como pessoa que precisa ser auxiliada ao invés de criminoso que deve ser castigado. O objetivo inicial dos países que desenvolveram a política de redução de danos foi regulamentar a distribuição de seringas, agulhas e cachimbos aos usuários de drogas, com a finalidade de reduzir o número de casos de doenças como AIDS e hepatite, cujo risco de contaminação é alto quando há o compartilhamento de seringas. Posteriormente esta política passou a incluir programas de apoio e tratamento de pessoas dependentes.

A despenalização é definida por Cervini como “o ato de diminuir a pena de um ilícito sem descriminalizá-lo, quer dizer sem tirar do fato o caráter de ilícito penal”. Ou seja, a proibição legal do uso e porte de entorpecentes continua vigente no direito penal, mas o ilícito deixa de ser sancionado com a privação de liberdade. O problema colocado pela despenalização do consumo, mantendo sua criminalização, é que ela ainda outorga à autoridade policial um alto poder discricionário. Em países onde a corrupção da força policial é endêmica, a criminalização pode ser utilizada para chantagear o usuário de drogas, prática comum em países da América Latina.

A descriminalização retira o status de lei criminal daqueles atos aos quais se aplica. Isso significa que certos atos deixam de ser considerados crimes. Em relação às drogas, geralmente se refere à demanda; atos de aquisição, posse e consumo. De acordo com a descriminalização, ainda é ilegal usar, possuir, adquirir ou, em alguns casos, importar drogas, mas esses atos deixam de ser crime. Entretanto, ainda podem ser aplicadas sanções administrativas; essas podem ser uma multa, suspensão da licença de dirigir ou do porte de armas, ou apenas uma advertência. Ao contrário, a legalização é o processo de trazer para o controle da lei uma atividade específica que foi previamente ilegal e proibida ou estritamente regulada.

Palestras que alienam professores

Correio Educação
Seg, 28 de Fevereiro de 2011

Palestras que alienam professores
José Antônio dos SantosProfessor de Filosofia e mestre em Educação Palestras que diretores contratam para motivar professores têm sido como anestésico. Mais alienam e adiam problemas por não discutirem soluções educacionais. Comem o mingau pela beirada, pois palestrantes desconhecem o projeto pedagógico das escolas. Elas entorpecem a mente; geram pequenez da atividade educativa. Docentes apáticos, alienados e passivos gostam delas, pois adiam a dor do momento de assumir de frente e com coragem a mudança da prática escolar. Leia a receita pronta do Içami Tiba, abaixo: “Cada início de ano letivo, cada mês, cada semana, cada dia, cada aula é uma oportunidade que o professor tem para estimular o aluno a abrir as portas que o aprisionam na ignorância. Um dos poderes negligenciados pelo professor é o de que ele é um dos mais importantes integrantes na formação do papel de aluno. Um bom professor desenvolve bons alunos. Um mau desencaminha os bons e lesa os mais fracos, faz do desanimado um excluído.”Que romântico senhor, Içami Tiba. Eu lhe agradeço muito por nos atribuir qualidades de heróis. O senhor aceitaria participar desse heroísmo, deixando de ganhar de R$ 15 mil a R$ 60 mil, ou mais, por suas palestras, para encarar uma turma daquelas bem sem base cognitiva, sem sonhos, tanto nas escolas públicas, quanto em particulares; filhos da classe trabalhadora e média? Por sinal, que tal o senhor motivar seus filhos a serem ‘importantes integrantes da formação de alunos’? Ou, acha que eles também ‘negligenciam esse poder’, senhor? Eminência parda, né?!!“Se cada professor se preparasse para dar a sua aula como os músicos que me precederam na palestra o fizeram, a receptividade dos alunos seria muito diferente daquela a que ele está acostumado. Talvez os alunos no início sejam espelhos do entusiasmo do professor para, mais tarde, tomarem um caminho próprio, o da indiferença, da perda da esperança em aprender traduzida como falta de vontade de estudar.”Por quantos dias o senhor acha que a “música” duraria? Sabe que hoje em dia a maioria dos alunos não distingue os que lhes querem bem dos que ‘não estão nem aí pra eles’? O senhor consegue entender que tratam todos com a mesma indiferença e banalizam as relações tanto com professores dedicados, quanto com os não-dedicados? Sabe até que dia os alunos ficam “na boa” com os professores, senhor? Até o dia que recebem a primeira nota baixa. Senhor, acho que suas palavras são fantásticas. Mas, se eu estivesse nessa sua palestra, eu me sentiria agredido. “O professor, além do conteúdo da aula, passa o entusiasmo através da sua Performance. Se o conteúdo nutre a competência, a Performance anima a alma, eleva a autoestima de cada aluno e o transforma em animador.”Eu o convido, Tiba, a dedicar sua Performance em uma escola pública com alunos de periferia, sem base cognitiva e sem sonhos; com um salarinho bem ridículo e sem nenhum incentivo pedagógico de órgãos superiores do Estado. O senhor aceita? Tem mais: Aceita viver na condição de ouvir o governador de Estado prometendo plano de carreira e incentivo à formação continuada apenas em véspera de eleições? “A motivação do professor deve permanecer além da aula, pelo curso, para a vida. Enquanto houver algo a ser ensinado ou alguém tiver algo a aprender não serão os estímulos contra a corrente que a extinguirão.” Que coisa angelical e imaculada! Eu sairia de uma palestra com esse palavrório. Isso é agressão! Insulto à minha inteligência que é abaixo da média. Imagine aos outros!“A Performance tem que ser proporcional aos desafios. Cada início é a grande oportunidade de animar o aluno a estudar e também de fortalecer a motivação de que o futuro dos seus alunos está agora em suas mãos.”Senhor, menos! Esse entusiasmo se justifica pelo que o senhor ganha por palestras, mas é cruel para um problema tão vital como a educação.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/2011/02/01/feliz-aula-nova.jhtm.