sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Polícia Civil interdita farmácia e prende proprietário




Bragança Paulista - Sexta-Feira, 11 de Fevereiro de 2011
Notícias - Polícia
11/02/2011
Polícia Civil interdita farmácia e prende proprietário
Da redação
Fotos: Fabiano Costa / BJD

Fotos: José Archimedes B. Costa / BJD
Anderson Pires, da 2a Delegacia de Crimes Contra Saúde Pública e Lauro Mario Mello de Almeida, da Seccional de Bragança, durante a entrevista.
A Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Crimes Contra a Saúde Pública, de São Paulo lacrou e prendeu, nesta quinta-feira, 10, o proprietário de uma farmácia no Bairro do Cruzeiro por venda de medicamentos vencidos e controlados sem autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Outras farmácias foram vistoriadas e receberam as notificações relativas às irregularidades encontradas.O farmacêutico, Ivan Sérgio da Costa foi preso e autuado em flagrante sob a acusação de tráfico de entorpecentes. Segundo Lauro Mario Mello de Almeida, delegado assistente da Seccional de Bragança Paulista, a fiscalização da ANVISA na farmácia Farma Viva, localizada no cruzamento das ruas Inverno e João Franco foi resultado de um pedido do Ministério Público (MP) que provocou a abertura de Inquérito Policial com objetivo de coibir o crime. “Para que pudéssemos apurar as denúncias, foi solicitado auxílio da 2ª Delegacia de Crimes Contra a Saúde, que em parceria com a ANVISA, pôde identificar que os medicamentos eram irregulares”. Ao todo, três estabelecimentos foram visitados. Na Farma Viva, estabelecimento alvo de denúncias, a Polícia Civil encontrou, além dos medicamentos cuja venda é controlada, outros com prazo de validade vencido sendo comercializados normalmente. “Ivan responderá por crime contra as relações de consumo por permitir a venda de produtos vencidos e também por tráfico de entorpecentes, já que praticou o comércio de medicamentos controlados sem a permissão da ANVISA”, explicou o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Crimes Contra a Saúde Pública, de São Paulo. Uma segunda farmácia, cujo nome não foi citado durante a entrevista concedida no final da manhã desta quinta-feira, 10 na Delegacia Seccional, foi visitada e interditada, mas de acordo com o delegado Anderson Pires não foi encontrada nenhuma irregularidade. “Esse estabelecimento também foi interditado, pois não tinha autorização da Vigilância Sanitária do Município (VISA) para funcionamento. Foi uma interdição administrativa, sem nenhuma consequência criminal, portanto sem interesse da Polícia Civil”, disse Giampaoli. Já Maria Amália Gouvêa Oliveira, secretária municipal de Saúde, informou, via telefone, que foram interditadas a Drogaria Santa Cruz, no bairro Santa Libânia e a Reis Farma, no Parque dos Estados, também por não possuírem autorização de funcionamento da ANVISA.Um terceiro estabelecimento visitado foi a Farmácia da Rodoviária, de propriedade do ex-vereador Wanderley Luiz do Prado que em outubro de 2009 foi preso em flagrante sob acusação de comercializar remédios falsificados. O ex-vereador e a farmacêutica, Vanessa Ramos respondem ao processo em liberdade. Conforme as informações, a farmácia também foi autuada pela VISA Municipal por questões administrativas, mas continua em funcionamento. Sobre a acusação de falsificação de medicamentos, o delegado Giampaoli reforçou que não há dúvidas da falsificação dos lotes de medicamentos apreendidos na farmácia do ex-vereador. “A empresa que fabrica o produto Viagra confirmou que os lotes encontrados na Farmácia da Rodoviária não eram cadastrados e não haviam sido fabricados, portanto eram falsificados”. O delegado disse também que em breve a justiça deve sentenciar os acusados. Sobre a vistoria feita na farmácia do ex-vereador, Maria Amália explicou que foram apreendidos fitoterápicos sem autorização da ANVISA e ração humana com validade vencida. O que resultou numa notificação da AANVISA e poderá ser multado.